Caveiras, Ossos, Piratas e Power Metal Italiano
Por
Moisés Cipriano
Moisés, convidado e mestre do The Metal Club |
Desde o seu retorno, em 2008, o Great Master lançou
4 excelentes álbuns, sendo o ultimo “Skull and Bones - Tales from Over the Seas”
em 14 de novembro de 2019. Para “Skull and Bones”, a banda conta com um novo
tecladista Giorgio Peccenini, um novo baixista Massimo David e um novo
vocalista Stefano "Stex" Sbrignadello. A outra guitarra está a cargo
de Manuel Menin. O batera é Max Penzo. O único membro original é o guitarrista Jahn
Carlini. O guitarrista criou a banda com uma pegada mais heavy, inspirada por
Manilla Road e Heavy Load, e depois enveredou ao power.
Piratas Pirados - Navegando os Mares de Tarantella |
“Skull and
Bones” é um álbum conceitual com temática pirata e que conta histórias que precedem A Ilha do Tesouro (Robert Louis Stevenson). O álbum cita personagens
como Blackbeard, Calico Jack e personagens como Flint e Long John Silver. Em um
mar cheio de pirataria, o power metal do Great Master se sobressai. Se você
gosta do estilo, vá em frente. Se você não gosta de gritinhos, vá em frente também,
pois o novo vocalista segura mais a onda. Vamos ao que interessa:
Após introdução, temos “Shine On” que chega
arregaçando e dando uma boa idéia da sonoridade da banda. Ver lyric video
abaixo. Empolga até criança de 11 anos abduzida pela cultura pop.
“Urca de Lima”
e “Over the Seas” mantém o nível. “War” é mais um dos destaques do álbum e
possui aqueles corais grandiosos com “Freedom Call” e tudo. Gritou “Freedom
Call”, está aprovado.
“A Hanged Man”
possui um clima mid-tempo e mais arrastado talvez pela história que conta.
“The Black Spot”,
para quem conhece o livro A Ilha do Tesouro de 1883, é o elemento ou pedaço de
papel, que possuía um lado preto, e o outro com uma mensagem de vida para o escolhido.
Determinava se esse seria um líder ou se morreria. Pois é, o cabra aqui teve
que estudar para fazer a resenha... Sim, sim, a música é boa.
O álbum segue com “Long John Silver”. A canção possui uma introdução lenta e
segue com um riff de cavalaria poderoso. O resto é consequência. Aprovadíssima.
O tal do Long John Silver é o antagonista da história e é um pirata-saci, sem
deméritos.
“Towards the Sunset” inicia com um
riff bem a la Running Wild e agrada. Mais uma pra conta. A penúltima canção é “Skeleton Island” que
possui um riff heavy, com uma pitada speed que remete novamente ao Running
Wild, porém com os corais e alegria de uma banda de power metal.
A faixa-título “Skull
and Bones” fecha o álbum de forma alegre com uma melodia bem folk a la Alestorm
e que estimula a brindar uma caneca de cerveja juntos aos amigos.
A oferta de bandas hoje em dia é
enorme. O Great Master despertou minha atenção com o álbum interior. Conheço e
gosto também do segundo álbum que relata sobre a Republica de Veneza e seus
principais personagens. Trata-se de um power metal com todos os seus elementos
característicos, porém sem exageros. O quarto álbum Skull and Bones é
equilibrado com canções variadas, dentro dos limites do power metal, é claro. (NOTA: 8,81)
Gravadora: Underground Symphony
(Importado)
Pontos positivos: Belas melodias,
corais, épico e temática pirata.
Pontos negativos: Muito bom,
porém inferior ao antecessor Lion & Queen de 2016.
Para fãs de: Helloween, Running
Wild e de Power Metal da década de 90.
Classifique como: Power Metal
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