segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Great Master – Skull And Bones: Tales From Over The Seas (CD - 2019)



Caveiras, Ossos, Piratas e Power Metal Italiano
Por Moisés Cipriano

Moisés,  convidado e mestre do The Metal Club
A banda GREAT MASTER é excelente e pouco conhecida aqui nas terras tupiniquins. A banda é italiana, de Veneza, foi formada em 1993 durante a ascensão do power metal, lançou duas demos e demorou a lançar álbuns. A banda acabou perdendo os tempos áureos do estilo e acabou se separando em 1999.

Desde o seu retorno, em 2008, o Great Master lançou 4 excelentes álbuns, sendo o ultimo “Skull and Bones - Tales from Over the Seas” em 14 de novembro de 2019. Para “Skull and Bones”, a banda conta com um novo tecladista Giorgio Peccenini, um novo baixista Massimo David e um novo vocalista Stefano "Stex" Sbrignadello. A outra guitarra está a cargo de Manuel Menin. O batera é Max Penzo. O único membro original é o guitarrista Jahn Carlini. O guitarrista criou a banda com uma pegada mais heavy, inspirada por Manilla Road e Heavy Load, e depois enveredou ao power

Piratas Pirados - Navegando os Mares de Tarantella
Skull and Bones” é um álbum conceitual com temática pirata e que conta histórias que precedem A Ilha do Tesouro (Robert Louis Stevenson). O álbum cita personagens como Blackbeard, Calico Jack e personagens como Flint e Long John Silver. Em um mar cheio de pirataria, o power metal do Great Master se sobressai. Se você gosta do estilo, vá em frente. Se você não gosta de gritinhos, vá em frente também, pois o novo vocalista segura mais a onda. Vamos ao que interessa:

Após introdução, temos “Shine On” que chega arregaçando e dando uma boa idéia da sonoridade da banda. Ver lyric video abaixo. Empolga até criança de 11 anos abduzida pela cultura pop.



Urca de Lima” e “Over the Seas” mantém o nível. “War” é mais um dos destaques do álbum e possui aqueles corais grandiosos com “Freedom Call” e tudo. Gritou “Freedom Call”, está aprovado.
A Hanged Man” possui um clima mid-tempo e mais arrastado talvez pela história que conta.
The Black Spot”, para quem conhece o livro A Ilha do Tesouro de 1883, é o elemento ou pedaço de papel, que possuía um lado preto, e o outro com uma mensagem de vida para o escolhido. Determinava se esse seria um líder ou se morreria. Pois é, o cabra aqui teve que estudar para fazer a resenha... Sim, sim, a música é boa.

O álbum segue com “Long John Silver”. A canção possui uma introdução lenta e segue com um riff de cavalaria poderoso. O resto é consequência. Aprovadíssima. O tal do Long John Silver é o antagonista da história e é um pirata-saci, sem deméritos.



Towards the Sunset” inicia com um riff bem a la Running Wild e agrada. Mais uma pra conta.  A penúltima canção é “Skeleton Island” que possui um riff heavy, com uma pitada speed que remete novamente ao Running Wild, porém com os corais e alegria de uma banda de power metal. 

A faixa-título “Skull and Bones” fecha o álbum de forma alegre com uma melodia bem folk a la Alestorm e que estimula a brindar uma caneca de cerveja juntos aos amigos.

A oferta de bandas hoje em dia é enorme. O Great Master despertou minha atenção com o álbum interior. Conheço e gosto também do segundo álbum que relata sobre a Republica de Veneza e seus principais personagens. Trata-se de um power metal com todos os seus elementos característicos, porém sem exageros. O quarto álbum Skull and Bones é equilibrado com canções variadas, dentro dos limites do power metal, é claro. (NOTA: 8,81) 



Gravadora: Underground Symphony (Importado)
Pontos positivos: Belas melodias, corais, épico e temática pirata.
Pontos negativos: Muito bom, porém inferior ao antecessor Lion & Queen de 2016.
Para fãs de: Helloween, Running Wild e de Power Metal da década de 90.
Classifique como: Power Metal



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