Menudos
Em Fúria
Por Trevas
Os outrora Menudos da Bay Area não descansam! Desde
o retorno da banda, contam-se 18 anos, com uma avalanche de shows, discos de
estúdio e trabalhos ao vivo. E sem nunca errar o alvo. Humanicide, o nono trabalho a contar da primeira encarnação do
quinteto, repete a parceria com o produtor Jason
Suecof, trazendo de volta o “lobo-em-pele-de-cordeiro”
na bela arte gráfica. A repetição não se faz presente somente na arte e
produção, não. Pela primeira vez o Death
Angel consegue manter sua formação
intacta por três discos seguidos. Vejamos se o entrosamento da equipe se
reflete no campo de jogo.
E os Menudos envelheceram, muito bem, obrigado |
De duas coisas os estadunidenses não podem ser acuados. A primeira é
de amansar seu som - a faixa título é um
petardo de descomunal ferocidade. A segunda é de se deitar nos louros do
saudosismo exagerado que costuma contaminar a cena Thrasher: como sempre o Death
Angel mantém um pé fincado nas
raízes e outro na modernidade. A agressividade quase Death da excelente Divine
Agressor tem em seu instrumental
passagens que podem tanto fazer a felicidade dos Zé-Coletinhos quanto de fãs de
titãs da atualidade como Mastodon e Gojira.
E se o dedilhado de Agressor
te fez pensar que o som enfim acalmaria, és um tolo. Outra pedrada vem, dessa
vez com maiores arroubos melódicos, mas ainda assim ornada em violência e
velocidade. Sempre considerei Mark Osegueda um frontman raro na cena Thrasher.
Com voz que vai além da costumeira onda gritada comum ao gênero, bem poderia se
enquadrar em algo mais calcado no Sleaze.
E assim prova a grudenta I Came For
Blood, com seu baixo destacado, e que não ficaria nem um pouco estranha se
convertida para um Hard sujismundo.
Falando sobre o restante da matilha, é realmente impressionante a
capacidade de Rob Cavestany e Ted Aguilar de verter
riffs viciantes e virulentos, mas a cozinha rolo compressor formada por Damien Sisson (baixo) e Will Carroll consegue ainda assim ser o
grande destaque no disco. Chega a dar taquicardia a pancadaria! Por sorte, Immortal Behated diminui um pouquinho a octanagem, uma faixa que bem poderia
estar em um hipotético elo perdido musical situado entre o Rust In Peace e Youthanasia do Megadeth.
Alive And Screaming mantém a
toada, enquanto The Pack reflete sua letra e vigor tipicamente
Punks em Gang Vocals que tem tudo
para funcionar muito bem ao vivo, obrigado.
The Ghost Of Me talvez seja uma das
faixas mais Slayer que a banda já
fez, e é seguida da melódica e moderna Revelation
Song, mais “leve” e que representa um
certo alívio sonoro que bem poderia estar posicionado mais para o meio da
bolachinha. O encerramento do repertório oficial se dá com a ácida Of Rats
And Men, mas a edição nacional traz ainda a boa (e diferente) bônus The Day I Walked Away. Humanicide é definitivamente um dos
discos mais poderosos dos californianos, audição obrigatória para qualquer fã
de Thrash, de qualquer era. (NOTA: 9,02)
Visite o The Metal Club |
Gravadora: Shinigami Records (nacional)
Prós: ferocidade ao máximo, não dá
descanso aos ouvidos
Contras: os ouvidos podem sangrar
Classifique como: Thrash Metal
Para Fãs de: Overkill, Megadeth
Petardo! Rola direto e sempre para meus vizinhos escutarem por aqui!...
ResponderExcluirkrill
Excluirfazendo os vizinhos felizes
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