Black
Lizzy Riders
Por Trevas
Quatro discos de
estúdio em menos de 7 anos é uma marca e tanto nos dias de hoje. O que nasceu
como um Spin Off do lendário Thin Lizzy virou um projeto viável e
incensado pelos próprios méritos. Hoje trazendo apenas Scott Gorham do Lizzy, o Black Star Riders vive muito mais dos arroubos
criativos do irlandês Ricky Warwick, que incorpora seu ídolo Phil Lynnot de maneira fidedigna e respeitosa. O novo trabalho faz dele
o único não estadunidense da banda, o que possivelmente aumenta ainda mais a
dissociação da nova marca com o velho combo irlandês. Os novos recrutas? Chad Szeliga, baterista que tocou por anos no Black Label Society; Christian Martucci, fera
das guitarras do Stone Sour. Com dez novas canções em punho e
uma bela capa, vamos ver o que o novo BSR
nos traz.
Black Star Riders no viaduto do gasômetro? |
Chega a ser curioso que uma banda que ambicione escapar da sombra do Thin Lizzy comece o novo trabalho justamente com uma faixa que traga ao
mesmo tempo a palavra Moonlight e um
solo de saxofone. Mas Tonight The Moonlight Let Me Down é
um rock dançante e bem gostoso. A produção de Jay Ruston é límpida e
cheia de punch. Em contrapartida,
deixa a sonoridade um pouco perto demais do Arena Rock estadunidense
coretinho de bandas como Alter Bridge e Foo Fighters. Os novos
recrutas aparecem muito bem, apesar de não trazer nada tão diferente assim em
termos estilísticos.
A faixa título é a típica paulada celta que se faz sempre presente nos
discos do BSR. Talvez funcionasse
melhor como a abertura do disco.
Ain’t The End Of The
World é
um rock dançante com pitadas de anos 1950 e daquelas coisinhas bonitinhas que
tio Lynnot sempre fazia. Curiosamente,
apesar do selo Thin Lizzy em tese vir pela presença de Scott Gorham, o veterano californiano praticamente não assina nada na
bolachinha, e quando assina, vem sob a forma de uma das poucas coisas que em
nada remetem ao combo irlandês: a ótima Underneath
The Afterglow. Por sinal, que traz uma letra que é uma porrada na cara
dos saudosistas: “Do You Remember? Back
In The Day When Everything Was Better? Cause I Recall And It Wasn’t Nothing
Special!”
Soldier In The Ghetto mantém o padrão alto e diversão,
que é quebrado pela pouco inspirada balada Why
Do You Love Your Guns?, com sua mensagem certeira contra a cultura armamentista
estadunidense minada por um refrão modorrento. A mesma modorrência contamina a
segunda balada da bolachinha, What Will
It Take?, que traz a boa voz de Pearl
Aday à tiracolo (filha de Meat Loaf e esposa de Scott Ian). Para nosso deleite, a partir dali
o disco não sofre outro revés de qualidade, soando absurdamente divertido
(ainda que sem grandes arroubos de criatividade), até o último instante de Poison Heart. A edição nacional, pela Shinigami
Records, ainda traz uma faixa bônus
que não faz feio nesse disco de Rock despretensioso e bem bacana. (NOTA: 8,28)
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Gravadora: Shinigami Records (nacional)
Prós: disco conciso e certeiro
Contras: ainda sinto falta de algo “wow”
nos discos dos caras
Classifique como: Hard Rock, Classic Rock
Para Fãs de: Thin Lizzy, Alter Bridge
Achei esse o menos inspirado deles. Gostaria de poder vê-los novamente, de preferência num set full, porque são ótimos ao vivo!
ResponderExcluirKrill
ExcluirAcho todos os discos legais, mas nenhum essencial. Ao vivo, chutambundas e também tenho curiosidade de ver um show inteirão.
Abraço
T