No
Coração das Trevas
Por Trevas
O oitavo trabalho dos
finlandeses traz a banda de volta a um formato mais tradicional de composição,
tendo em vista que o ambicioso (e excelente) Winter’s Gate foi um
disco conceitual constituído de apenas uma longa canção, dividida em várias
partes. Mas essa não é a única novidade aqui. Heart Like A Grave marca também a estreia em estúdio de Jani Liimatainen (um dos fundadores do Sonata Arctica, que Odin o perdoe), guitarrista que já
vinha acompanhando a banda ao vivo. Na produção, os finlandeses repetem pela
terceira vez a dobradinha com Teemu Aaalto, que também assina os Backing Vocals. O disco ganhou uma caprichada versão nacional, pela Mutilation Records, que conseguiu reproduzir a belíssima arte do encarte com perfeição.
Vamos ao conteúdo musical...
Olhem para o nada, rapazes, olhem para o nada... |
Logo descobrimos que não é por que decidiu abraçar um formato normal de
disco que o Insomnium não trouxe
surpresas para os fãs: Wail Of the
North começa com piano, evolui para
um Riff calcado em sintetizadores
para então cair num curto ataque Black/Death. E tão rápido a música atinge seu
ápice, logo desaparece em uma torrente de belos temas de guitarras, preparando
terreno para Valediction. Novamente
temos novidades, com as vozes limpas de ViIlle
Friman e Jani fazendo um ótimo contraponto com os urros de Niilo Sevänen. Some-se esse trio vocal, um senso melódico absurdo nas
guitarras e timbres, os teclados de Aleksi
Munter (que assina como músico
convidado) e temos uma curiosa mistura que parece um híbrido entre o Amorphis atual e o Amon Amarth. E soa bom
demais!
Neverlast é um petardo MeloDeath irrepreensível, o tipo de som
para fazer feliz o fã que não curtiu o formato do trabalho anterior. A escolha
de uma formação com 3 guitarras fez com que cada parte instrumental do disco
seja um deleite, com camadas e camadas de melodias inspiradas entre os riffs
furiosos. Pale Morning Star, um
espetacular número épico de quase 9 minutos, é um claro exemplo do sucesso da
nova formação.
And Bells They Toll novamente
surpreende, com fortes toques de Gothic
Metal funcionando perfeitamente junto
ao MeloDeath típico do Insomnium. A partir daí o disco perde
um pouco, mas só um pouco, a força: The
Offering, Mute Is My Sorrow
e Twilight Trails soam mais diretas,
carregando nas guitarras à lá Maiden.
Boas músicas, apenas não tão impressionantes quanto resto do material, como nos
provam a já clássica faixa título e a belíssima instrumental Karelia, que encerram com beleza e extrema
melancolia um dos melhores discos de 2019. (NOTA:
9,40)
Visite o The Metal Club |
Gravadora: Mutilation Records (nacional)
Prós: pesado e diverso
Contras: um pouco longo demais
Classifique como: Melodic Death Metal
Para Fãs de: Amon Amarth, At The Gates, Amorphis
Nenhum comentário:
Postar um comentário