O
Poder Intergaláctico Dos Unicórnios De Aço Ou Sei Lá O Que...
Por Trevas
Que o Power Metal é a
vertente do Heavy Metal que mais exagera todos os clichês do estilo, beirando o
brega e o ridículo com frequência, até os fãs sabem. E coisas absurdas e bregas
costumam funcionar melhor justamente quando elaboradas para não se levar muito
à sério. E essa é a posta do quinteto Anglo-suíço Gloryhammer. Capitaneado pelo vocalista de outra banda galhofa, Christopher Bowes, dos piratas do Alestorm,
o Gloryhammer lança seu terceiro
disco, com um nome tão absurdo quanto a história conceitual, que envolve reinos
escoceses em outras dimensões, planetas de unicórnios e martelos gigantes
celestiais. Cada membro da banda é um personagem dessa estranha história, Bowes (que se limita a assinar os
teclados), por exemplo aqui é Zargothrax,
Dark Emperor of Dundee. Cara, nem tente entender. Para mim soa como uma
imensa zoação com as histórias retardadas de bandas horrendas como Rhapsody. Mas por que diabos eu estou
resenhando isso? Bom, vi um pouco deles em ação no Graspop 2019, e são
realmente muito bons ao vivo (apesar das armaduras e do martelo gigante...ou seria justamente por isso?). Então,
vamos lá...
Village People do espaço? |
Into the Terrorvortex of Kor-Virliath
é a introdução que nos mostra bem o caráter cinemático do disco. The Siege of Dunkeld (In Hoots We Trust)
segue e outras duas coisas ficam claras: os refrães são grudentos ao extremo! E
a voz do suíço Thomas Winkler (ou seria Angus McFife XIII, Crown Prince of Fife?)
é melhor que 90% do que se escuta no estilo. O instrumental, impecavelmente produzido,
é tipicamente Power Metal sinfônico, com um equilíbrio
legal que não deixa o disco soar como as xaropagens de Nightwish e afins...
Os refrães absurdos seguem em profusão: impossível não sair cantando Masters of the Galaxy de primeira. E The Land of Unicorns nos faz lembrar que o
principal compositor aqui é o cara do divertido Alestorm. Ou seja, tirando a roupagem espacial, é uma música de
pirata que bem poderia ser gravada pelo Running
Wild.
Claro que só vale a pena
embarcar na viagem dos caras armado de algum senso de humor. Só assim para
sobreviver a letras bizarras como Legendary
Enchanted Jetpack ou Power of the
Laser Dragon Fire. Mas mesmo o mais sisudo dos fãs há de admitir que o
inegável apelo de canções como Gloryhammer
e Hootsforce. E eis que da mais pura
galhofa surge um dos discos mais legais desse gênero ingrato que escutei nos
últimos anos (NOTA: 8,71)
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Gravadora: Napalm Records (importado)
Prós: cada refrão mais grudento que o
outro, não esquece do Metal em meio à sinfonia
Contras: demanda algum senso de humor,
vide os títulos
Classifique como: Power Metal, Metal
Sinfônico
Para Fãs de: Alestorm, Hammerfall, Helloween, Dream
Evil
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