domingo, 19 de janeiro de 2020

Blaze Bayley + Absolva - Iron Maiden XXV Celebration Tour (Kubrick, Rio de janeiro/RJ – 16/01/20)



Blaze, Kubrick e a Donzela
Texto, fotos, vídeos e groupie: Freddy Krill

Sabe AQUELES dias em que você só quer ter amigos, cerveja e um (ou mais) show(s) para se distrair das situações ruins? Então... Comigo foi assim. 16/01/2020 começou com situações ruins. Seguiu com amigos + cervejas. Terminou com shows + cervejas.
Ainda que não fosse novidade (o show estava confirmado desde dezembro último), esta passagem do Blaze Bayley por terras tupiniquins caiu como uma luva. Cantando só as músicas de sua/dele fase “Donzélica” (mesmo que o dono do blog tenha torcido a cara para o fato – Hahahahahahaha!), era mesmo tudo de que eu precisava.

Muito (TUDO!) já se falou sobre sua passagem pelo Iron Maiden. Há que se respeitar o cara. Não vou aqui chover no molhado. Mentira, vou sim... De obscuro vocalista de uma ainda mais obscura banda, passando pelo mega estrelato para ser chutado sem muitas cerimônias, caindo numa carreira solo que é um caso à parte: até hoje não ouvi NENHUM disco dele (solo) que não fosse, minimamente, BOM! (minha opinião, folks!), o que não quer dizer que tenha sido perfeito ao longo dos anos. Aquela turnê “acústica” foi de sofrível pra baixo... Somado a isso houve dramas pessoais (uma falência, um divórcio e mais a morte de sua segunda esposa) que deveriam botar o cara no chão, certo? NADA!!! Ele põe a cara a tapa e, hoje é, sem sombra de dúvidas, o maior artista de expressão no meio do heavy metal a ser totalmente INDEPENDENTE. De gravadoras, mídia e tudo o mais... Lembro do Circo Voador (2009), em que se sentou na beira do palco depois do show e ficou autografando o que passassem às suas mãos (ali se incluiu meu ingresso), com muita paciência e bom humor.

Nosso enVIADO especial e Fester Adams...ou seria Blaze?
Mas voltemos a 16/01/2020. A abertura ficou a cargo do Absolva, de que falaremos daqui a pouco. Chegando ao Espaço Kubrick (ex-Teatro Odisseia, para quem não souber ainda), entrei rápido e fácil, com a casa vazia. Dois passos e... Blaze Bayley no merch recebendo as pessoas, algo que sempre faz em suas apresentações. Muito educado, polido mas não comunicativo (afinal, se conversar com todos que forem falar com ele, vira um Velho Testamento comentado, com pitadas d’Os Lusíadas – porque o que não falta é gente mala para pentelhar!). Falei rapidamente (foi só MEIO VT!) e uma foto para registro inicial.

Absolva

Após pouco mais de 40 minutos de espera, veio o Absolva para o palco. Formado em Manchester (Inglaterra) em 2012, fazem Heavy Metal tradicional e possuem quatro álbuns: Flames Of Justice (2012), Anthems To The Dead (2014), Never A Good Day To Die (2015) e Defiance (2017), além do ao vivo Beyond Live (2013).
A formação traz Chris Appleton (V/G), Luke Appleton (G/BV), Karl Schramm (B/BV) e Martin McNee (D). Como todo bom show de abertura, foi rápido, seco e direto, embora os quatro se mostrassem felizes da oportunidade de se apresentar no Brasil, o que Chris Appleton deixava claro a cada intervalo. O set foi calcado no seu mais recente CD, tendo mostrado uma nova música (“Legion”) que constará de seu próximo álbum (Side By Side) a ser lançado em 17/04/2020. Para mim, porém, o momento de maior destaque de sua apresentação foi o cover de “Watching Over Me” do Iced Earth (Luke é seu baixista desde 2012 e cantou esta música). Em função do dia que tive, foi a melhor maneira de superar duras perdas. Leia a letra desta música (quem não a conhecer) e saberá o que estou dizendo...
Bye bye, peguei o set, ganhei a palheta do Luke e fomos pro aguardo do Blaze...


Blaze Bayley

Menos de 40 minutos de espera e vieram todos eles para o palco. Sem maiores delongas, começaram com “Lord of the Flies” e, logo no início, pareceu que havia problemas no som, pois Blaze parou antes mesmo de entrar com seus vocais, apenas para atiçar a galera (“Rio de Janeiro”??? “Not Petrópolis? Brasília? Curitiba? São Paulo” – aqui as vaias foram estrepitosas – como sempre [minhas, INCLUSIVE!]). 



Mas o show continuou, para um Kubrick com plateia muito boa! (vi shows lá abarrotados: UFO & Gangrena Gasosa – e outros vazios de dar dó: Krisiun & Grave Digger) então a presença era verdadeiramente boa e magnetizada pelo baixinho agora MUITO pançudo que, apesar disso, desfilou clássicos de seus álbuns com o Iron Maiden: “Sign of the Cross”, “Judgement of Heaven”, “Fortunes of War”, “When Two Worlds Collide”, “Virus”, “Lightning Strikes Twice”, “The Clansman”, “The Angel and the Gambler”, “Man on the Edge”, “Futureal” e uma improvável “Como Estais, Amigos?” fizeram o set (Faltas? CLARO!, para um Maidenmaníaco empedernido como eu: “The Aftermath”, “Blood on the World’s Hands”, “The Edge of Darkness” e, porque não, “Don’t Look to the Eyes of a Stranger?”)…, fechado com o cover de “Doctor Doctor” (UFO), B-Side do single “Lord of the Flies” (1995). Antes, porém, Blaze deixou claro que “assim que o show terminasse, não iria para seu hotel chique, mas ficaria no merch atendendo a todos porque, com ele, o “meet and greet” era GRÁTIS”... Um tapa na cara de muitas bandas, não necessariamente grandes (e, por vezes, gigantes!), que cobram para receber seus fãs... Pacientemente atendeu a todos, autografou material, tirou fotos. Só não respondeu a nada que se falou com ele, mais uma vez, porque o cabra não é doido...


E assim terminou um dia MUITO DURO para mim. Duro, mas feliz, tranquilo e em Paz. Comigo mesmo e com minhas amigas queridas, que motivaram tudo quanto fiz neste memorável 16/01/2020...
Cheers!
Freddy Krill.


Krill, claramente uma groupie feliz


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