Blaze, Kubrick e a Donzela
Texto, fotos, vídeos e groupie: Freddy Krill
Sabe AQUELES dias em que você
só quer ter amigos, cerveja e um (ou mais) show(s) para se distrair das
situações ruins? Então... Comigo foi assim. 16/01/2020 começou com situações
ruins. Seguiu com amigos + cervejas. Terminou com shows + cervejas.
Ainda que não fosse novidade
(o show estava confirmado desde dezembro último), esta passagem do Blaze Bayley
por terras tupiniquins caiu como uma luva. Cantando só as músicas de sua/dele
fase “Donzélica” (mesmo que o dono do blog tenha torcido a cara para o fato –
Hahahahahahaha!), era mesmo tudo de que eu precisava.
Muito (TUDO!) já se
falou sobre sua passagem pelo Iron Maiden. Há que se respeitar o cara. Não vou
aqui chover no molhado. Mentira, vou sim... De obscuro vocalista de uma ainda
mais obscura banda, passando pelo mega estrelato para ser chutado sem muitas
cerimônias, caindo numa carreira solo que é um caso à parte: até hoje não ouvi
NENHUM disco dele (solo) que não fosse, minimamente, BOM! (minha opinião,
folks!), o que não quer dizer que tenha sido perfeito ao longo dos anos. Aquela
turnê “acústica” foi de sofrível pra baixo... Somado a isso houve dramas
pessoais (uma falência, um divórcio e mais a morte de sua segunda esposa) que
deveriam botar o cara no chão, certo? NADA!!! Ele põe a cara a tapa e, hoje é,
sem sombra de dúvidas, o maior artista de expressão no meio do heavy metal a
ser totalmente INDEPENDENTE. De gravadoras, mídia e tudo o mais... Lembro do
Circo Voador (2009), em que se sentou na beira do palco depois do show e ficou
autografando o que passassem às suas mãos (ali se incluiu meu ingresso), com
muita paciência e bom humor.
Nosso enVIADO especial e Fester Adams...ou seria Blaze? |
Mas voltemos a 16/01/2020. A abertura ficou a cargo do Absolva, de que
falaremos daqui a pouco. Chegando ao Espaço Kubrick (ex-Teatro Odisseia, para
quem não souber ainda), entrei rápido e fácil, com a casa vazia. Dois passos
e... Blaze Bayley no merch recebendo as pessoas, algo que sempre faz em suas apresentações.
Muito educado, polido mas não comunicativo (afinal, se conversar com todos que
forem falar com ele, vira um Velho Testamento comentado, com pitadas d’Os
Lusíadas – porque o que não falta é gente mala para pentelhar!). Falei
rapidamente (foi só MEIO VT!) e uma foto para registro inicial.
Absolva
Após pouco mais de 40 minutos
de espera, veio o Absolva para o palco. Formado em Manchester (Inglaterra) em
2012, fazem Heavy Metal tradicional e possuem quatro álbuns: Flames Of Justice
(2012), Anthems To The Dead (2014), Never A Good Day To Die (2015) e Defiance
(2017), além do ao vivo Beyond Live (2013).
A formação traz Chris Appleton
(V/G), Luke Appleton (G/BV), Karl Schramm (B/BV) e Martin McNee (D). Como todo
bom show de abertura, foi rápido, seco e direto, embora os quatro se mostrassem
felizes da oportunidade de se apresentar no Brasil, o que Chris Appleton
deixava claro a cada intervalo. O set foi calcado no seu mais recente CD, tendo
mostrado uma nova música (“Legion”) que constará de seu próximo álbum (Side By
Side) a ser lançado em 17/04/2020. Para mim, porém, o momento de maior destaque
de sua apresentação foi o cover de “Watching Over Me” do Iced Earth (Luke é seu
baixista desde 2012 e cantou esta música). Em função do dia que tive, foi a
melhor maneira de superar duras perdas. Leia a letra desta música (quem não a
conhecer) e saberá o que estou dizendo...
Bye bye, peguei o
set, ganhei a palheta do Luke e fomos pro aguardo do Blaze...
Blaze Bayley
Menos de 40 minutos de espera e vieram todos eles para o palco. Sem
maiores delongas, começaram com “Lord of the Flies” e, logo no início, pareceu
que havia problemas no som, pois Blaze parou antes mesmo de entrar com seus
vocais, apenas para atiçar a galera (“Rio de Janeiro”??? “Not Petrópolis?
Brasília? Curitiba? São Paulo” – aqui as vaias foram estrepitosas – como sempre
[minhas, INCLUSIVE!]).
Mas o show continuou, para um Kubrick com plateia muito
boa! (vi shows lá abarrotados: UFO & Gangrena Gasosa – e outros vazios de
dar dó: Krisiun & Grave Digger) então a presença era verdadeiramente boa e
magnetizada pelo baixinho agora MUITO pançudo que, apesar disso, desfilou
clássicos de seus álbuns com o Iron Maiden: “Sign of the Cross”, “Judgement of
Heaven”, “Fortunes of War”, “When Two Worlds Collide”, “Virus”, “Lightning
Strikes Twice”, “The Clansman”, “The Angel and the Gambler”, “Man on the Edge”,
“Futureal” e uma improvável “Como Estais, Amigos?” fizeram o set (Faltas?
CLARO!, para um Maidenmaníaco empedernido como eu: “The Aftermath”, “Blood on
the World’s Hands”, “The Edge of Darkness” e, porque não, “Don’t Look to the
Eyes of a Stranger?”)…, fechado com o cover de “Doctor Doctor” (UFO), B-Side do
single “Lord of the Flies” (1995). Antes, porém, Blaze deixou claro que “assim
que o show terminasse, não iria para seu hotel chique, mas ficaria no merch
atendendo a todos porque, com ele, o “meet and greet” era GRÁTIS”... Um tapa na
cara de muitas bandas, não necessariamente grandes (e, por vezes, gigantes!), que
cobram para receber seus fãs... Pacientemente atendeu a todos, autografou
material, tirou fotos. Só não respondeu a nada que se falou com ele, mais uma
vez, porque o cabra não é doido...
E assim terminou um dia MUITO
DURO para mim. Duro, mas feliz, tranquilo e em Paz. Comigo mesmo e com minhas
amigas queridas, que motivaram tudo quanto fiz neste memorável 16/01/2020...
Cheers!
Freddy Krill.
Krill, claramente uma groupie feliz |
EnVIADO por enVIADO, sou mais eu!
ResponderExcluirDe Fato, és um enVIADO muito comPENETRADO
Excluirbjundis
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