That '90s Metal |
That '90s Metal - O Metal Nos Anos 90
Por Trevas
A postagem de hoje surgiu de uma série de postagens de um amigo, a enciclopédia do Metal e grande tricolor Eugênio Castro (O Papa!!). Provocado pela máxima que todo banger já ouviu algumas vezes na vida, a de que "o metal morreu nos anos 1990", Eugênio passou a fazer postagens diárias de grandes discos da infame década.
A acusação recorrente é de que o Rock Alternativo, mais especificamente o Grunge (um termo que unia uma panca de bandas que nada tinham em comum em termos de sonoridade) teriam "matado o bom gosto" e empurrado o hard/Heavy de volta para as profundezas do underground, de onde sobreviveu com a ajuda de aparelhos. Pura bobagem.
À altura do final dos anos 1980, o Heavy Metal, já estava em estado vegetativo. O estilo vivia uma relação viciada com a industria musical, aparecendo na cultura de massa representado pela figura de Poodle do Glam Metal. cada vez mais as produções do infame gênero se resumiam a bandas de talento e gosto duvidoso encubadas pelas grandes gravadoras como galinhas dos ovos de ouro. A produção, um rock cada vez mais corporativo, com os produtores assumindo papel criativo maior que os músicos. Era realmente hora de mudar. O surgimento de uma cena mais "do-it-yourself", proposta quase punk em essência, fez com que o metal saísse dos holofotes. Mas nas sombras o estilo sempre se fez mais feroz e criativo. Longe das pressões mercadológicas das majors, grandes bandas precisaram se reinventar e novas bandas se sentiram livres para experimentar. O Metal se diversificou, a cena extrema floresceu como nunca, e as sementes plantadas naquela década vingaram frutos nos anos 2000, com centenas de subgêneros fortes e bem representados na cena.
A acusação recorrente é de que o Rock Alternativo, mais especificamente o Grunge (um termo que unia uma panca de bandas que nada tinham em comum em termos de sonoridade) teriam "matado o bom gosto" e empurrado o hard/Heavy de volta para as profundezas do underground, de onde sobreviveu com a ajuda de aparelhos. Pura bobagem.
À altura do final dos anos 1980, o Heavy Metal, já estava em estado vegetativo. O estilo vivia uma relação viciada com a industria musical, aparecendo na cultura de massa representado pela figura de Poodle do Glam Metal. cada vez mais as produções do infame gênero se resumiam a bandas de talento e gosto duvidoso encubadas pelas grandes gravadoras como galinhas dos ovos de ouro. A produção, um rock cada vez mais corporativo, com os produtores assumindo papel criativo maior que os músicos. Era realmente hora de mudar. O surgimento de uma cena mais "do-it-yourself", proposta quase punk em essência, fez com que o metal saísse dos holofotes. Mas nas sombras o estilo sempre se fez mais feroz e criativo. Longe das pressões mercadológicas das majors, grandes bandas precisaram se reinventar e novas bandas se sentiram livres para experimentar. O Metal se diversificou, a cena extrema floresceu como nunca, e as sementes plantadas naquela década vingaram frutos nos anos 2000, com centenas de subgêneros fortes e bem representados na cena.
Separei aqui 50 trabalhos marcantes daquela década, listados em ordem cronológica, e poderia ter citado mais 100 se fosse pesquisar mais a fundo.
Antes disso, segue uma playlist com uma música de cada disco (na verdade com algumas substituições já que o Spotify tem algumas lacunas), uma ideia é você colocar para rolar a Playlist enquanto lê o texto.
Espero que curtam, e aguardo contribuições, comentários e ofensas morais!
Espero que curtam, e aguardo contribuições, comentários e ofensas morais!
Abraço
Trevas
Painkiller – Judas Priest (1990) – O Priest andava desacreditado, após
uma dupla errática de álbuns (os Twin Turbos: Turbo e Ram It Down) e precisou
buscar inspiração na cena Thrasher então efervescente para lapidar um dos
maiores discos de Heavy Metal não só da década que estava para começar, mas de
todos os tempos. KK e Tipton nunca estiveram tão afiados em seus solos e Rob
traria em seus agudos lancinantes uma benção e uma maldição: a partir dali uma
nova geração passou a achar que a banda se resumia àquele som, uma injustiça
com uma banda com tantas facetas diferentes no passado.
Trouble – Trouble (1990) – Um dos pioneiros do Doom Metal é retirado de uma pausa de anos nas atividades por Rick Rubin. O resultado? Doses cavalares e muito bem-vindas de psicodelia ao som da banda em um de seus melhores discos.
Act III – Death Angel (1990) – O ápice criativo da primeira encarnação
dos menudos da Bay Area! Um disco de Thrash bem diferente para os padrões da época.
Rust In Peace – Megadeth (1990) – Para a grande maioria dos fãs, o
Megadeth nunca soou ou soaria melhor do que em Rust In Peace. Holy Wars
certamente é uma das músicas mais emblemáticas do Metal em todos os tempos.
The Privilege Of Power – Riot (1990) – Um disco ambicioso e à frente de
seu tempo da mais NWOBHM das bandas estadunidenses.
Seasons In The Abyss – Slayer (1990) – Abrir um
disco com um coquetel molotov musicado do porte de War Ensemble é realmente
para poucos. Para muitos, o último grande disco do Slayer.
Danzig II - Lucifuge – Danzig (1990) – Os quatro primeiros discos do
gnomo parrudo são obrigatórios para quem curte altas doses de escuridão em seu
Metal. Fico com o segundo pois é o que tem mais faixas prontamente
reconhecíveis.
Coma Of Souls – Kreator (1990) – O Thrash estadunidense começava a
querer soar mais controlado e refinado conforme as bandas assinavam com Majors.
Na Alemanha, o Kreator continuava sua saga de ódio musicado.
Metallica – Metallica (1991) – Um disco do Metallica numa lista do
Trevas que não seja de coisas ruins? Verdade, é estranho. Mas é impossível não
reconhecer a importância do disco homônimo dos caras. Um divisor de águas para
o quarteto que levaria os fãs mais troozões a torcer o nariz, mas elevaria o
nome da banda para muito além da cena banger. A partir dali o Metallica faria
parte do Mainstream e se tornaria a banda financeiramente mais bem-sucedida da
história do Metal.
No More Tears – Ozzy Osbourne (1991) – Projetado para ser o disco de
despedida do madman, No More Tears inesperadamente se tornou seu maior sucesso
comercial, em muito culpa da criatividade de alguns colaboradores, Zakk Wylde e
Lemmy Kilmister. De longe seu melhor disco após os dois primeiros, sua turnê
rendeu um ao vivo para lá de clássico, Live & Loud.
1916 – Motörhead (1991) – Örgasmatron e Rock And Roll não são dos
melhores discos da trupe do tio Crocotó. Mas Lemmy resolve compensar com sobras
em seu primeiro lançamento dos anos 1990, um dos mais inspirados de uma longa
discografia.
Chapter VI – Candlemass (1992) – Um Candlemass sem Messiah e soando mais
tradicional e menos Sabbathico. Ainda assim, extremamente épico e misterioso.
Um disco diferente, e para lá de subestimado.
Dehumanizer – Black Sabbath (1992) – Nem Dio nem Iommi viviam momentos
de glória em 1991, quando resolveram enfim juntar forças no disco mais pesado e
moderno da história do BS. As letras do gnomo pela primeira vez versariam sobre
críticas sociais e realidade nua e crua, gerando clássicos absurdos como
Computer God (antecipando a escravização da humanidade pela conveniência
cibernética) e TV Crimes (um libelo anti-pastores gananciosos). Uma pena que a
porrada comeu solta nas gravações e turnê, abrindo caminho para o canto da
sereia de um retorno com um Madman relutante em cumprir a promessa de
aposentadoria. Nunca mais nem Dio nem Black Sabbath seriam tão relevantes em
suas carreiras.
Psalm 69 – Ministry (1992) – Tio Al chutava a cara de Bush pai com um
punhado de canções ácidas que redefiniriam o Metal Industrial para toda uma geração.
Absolutamente niilista!
Vulgar Display Of Power – Pantera (1992) – A banda holótipo do Macho
Metal estadunidense já havia feito um estrago com o Cowboys From Hell. Mas
aperfeiçoou ainda mais a fórmula num disco que não desperdiça nenhum dos seus
minutos sequer. O bizarro é lembrar que uma porrada dessas foi parar no topo da
Billdoard.
Blues For The Red Sun – Kyuss (1992) – A década de 90 foi também o
período de diversificação da cena. O peso ganhou caras diferentes, e o Kyuss e
seu Stoner Metal representavam uma dessas novas faces.
Body Count – Body Count (1992) – Mais um claro exemplo da diversificação
que o Heavy Metal começava a sofrer veio sobre essa pedrada politicamente
incorreta capitaneada pelo mestre do Gangsta Rap Ice T e sua trupe. O
verdadeiro Black metal!
Rhymes Of Lunacy – Memento Mori (1993) – Messiah se junta a músicos que trabalhavam
com Mercyful Fate/King Diamond com uma proposta de Doom Metal bem própria.
War Of Words – Fight (1993) – Rob Halford chocou o mundo ao abandonar o
Judas Priest justamente após Painkiller ter feito a banda renascer. E tanto ele
e a banda sofreram em um tortuoso caminho enquanto estiveram separados, mas o
que não impediu Rob de nos presentear com essa pérola de metal moderno, com
improvável auxílio do Satchell do Steel Panther (então atendendo pelo próprio
nome, Russ Parish).
Chaos AD – Sepultura (1993) – Beneath e Arise, dois arrasa-quarteirões,
já haviam levantado as orelhas dos bangers ao redor do globo, chamando a
atenção para aquele estranho e visceral grupo brasileiro. Mas foi Chaos AD que
mostrou que o Sepultura não se contentaria a ser igual às bandas de seu tempo.
Enfiando brasilidade e experimentalismo na fórmula dos discos anteriores, os
mineiros acham um som único e ajudaram a redefinir o Heavy Metal para uma nova
geração.
Holy Mountain – Sleep (1993) – Doses cavalares de canabis e Black
Sabbath fazem do errático Matt Pyke uma espécie de Muad’dib do Planeta Stoner.
Holy Mountain é o momento mais glorioso dos esfumaçados músicos do Sleep.
Bloddy Kisses – Type O Negative (1993) – O sex appeal do gorila eslavo
Peter Steele e a superexposição de algumas das músicas de Bloody Kisses fazem a
gente cair na tentação de odiar o Type O Negative e esquecer o quão inventivo e
bem humorado o Gothic Metal do quarteto foi para à época.
Time – Mercyful Fate (1994) – In The Shadows já havia sido um retorno
bem acima da média para os dinamarqueses, mas em Time ele conseguiram levar a
fórmula grudenta do disco anterior para algo ainda mais sombrio. O último
grande disco deles, aliás.
Inside Out – Fates Warning (1994) – O infame Prog Metal se tornava
popular e cada vez mais exibicionista, e a banda pioneira do gênero, sempre uma
Outsider, escolhe trilhar um caminho mais sofisticado e direto, praticamente um
flerte com o AOR, só que com mais substância e peso.
Burn My Eyes – Machine Head (1994) – Davidian abre um disco repleto de
pedradas que redefiniriam o Thrash Metal para uma nova década. Só que o
“salvador” do Thrash trilharia um tortuoso caminho depois da bela estreia,
errando muito até se tornar uma das maiores bandas dos EUA nos anos 2000.
Pride & Glory – Pride & Glory (1994) – Uma pérola perdida e
única que trazia Zakk Wylde pré-ursão fazendo um Heavy Metal único carregado de
Southern Rock, grandes guitarras e uma performance vocal bem bacana. Hoje é
tratado como a semente do Black Label Society.
The Angel And The Dark River – My Dying Bride (1995) – Dramático soturno
e pesado em temática e som, o My Dying Bride talvez seja o menos bem sucedido
da Santa Trindade do Doom britânico, mas nem por isso deixou de lançar
clássicos absolutos do estilo.
Draconian Times – Paradise Lost (1995) – Já outro membro da Santa
Trindade supracitada viveu um ano anormal, batendo Madonna nas paradas
britânicas e flertando com o Mainstream. Draconian Times é meu disco favorito
em todos os tempos, e qualquer coisa que eu fale aqui apenas diluiria o que
esse disco me faz sentir até hoje.
Black In Mind – Rage (1995) – O Rage tem uma discografia tão extensa e
diversificada que poucas vezes ouço falarem desse que considero um dos seus
discos mais pesados e inspirados. The Crawling Chaos por si só valeria o disco,
mas ela está em ótima companhia.
Land Of The Free – Gamma Ray (1995) – O primeiro disco sem Ralph nos
vocais por coincidência é de longe o mais criativo e forte disco do combo Power
Metal liderado por Kay Hansen. Nem a xaropesca participação do crentelho
Michael Kiske consegue estragar a festa.
Strangers In Us All – Rainbow (1995) – Blackmore estava em litígio com o
Purple, mas ninguém esperava que o bardo estivesse trabalhando nas sombras para
trazer o Rainbow de volta à vida. Com uma boa formação, grandes músicas e o
vocalista escocês Doogie White em chamas, esse breve retorno se mostrou muito
acima de qualquer expectativa.
The X Factor – Iron Maiden (1995) – Haveria vida no Maiden sem Bruce
Dickinson? Todos estavam ansiosos pela resposta. E grande parte se assustou com
a abertura do disco com um sombrio coro de monges coroando os soturnos dez
minutos de Sign Of The Cross. A produção estranha e o tom dark, aliados ao
timbre único e muito diferente de Blaze, acabaram por fazer The X Factor ter
uma fama muito pior que seu conteúdo. Edge Of Darkness, Sign Of The Cross, Man
On The Edge e Lord Of The Flies são facilmente muito melhores que tudo que a
banda fizera em No Prayer e Fear Of The Dark. Mas o disco não tinha Bruce e
isso bastava para vermos narizes torcidos. Hoje é mais fácil para os fãs
reconhecerem os méritos desse “ponto fora da curva” na discografia Maideniana.
Imaginations From The Other Side – Blind Guardian (1995) – Os alemães
começavam a perder sua ferocidade Speed/Thrasher em prol de um som mais
rebuscado e melódico conforme melhoravam como músicos. Imaginations capturaria
o momento exato do equilíbrio entre esses dois mundos. Tudo aqui se encaixa,
produção, performances e ótimas composições. Infelizmente a banda faria apenas
mais um grande disco antes de chafurdar em chatices grandiloquentes.
The Time Of The Oath – Helloween (1996) – A chegada de Andi Deris
revitalizaria o som dos mestres do Power Metal, trazendo mais sangue nos olhos
e gerando discos mais pesados e menos alegrinhos. Poderia escolher Better Than
Raw ou Master Of The Rings desse recomeço, todos bons discos, mas The Time Of
The Oath foi o trabalho que consolidou a força de um novo Helloween ao redor do
globo.
Irreligious – Moonspell (1996) – O Gothic Metal emergia das sombras, e
quem poderia esperar que um de seus maiores expoentes viria de Portugal? Pois
é, os lusos pareciam ter angariado monstruosa experiência em um curto espaço de
tempo, aparando os exageros do promissor Wolfheart em prol de uma sonoridade
única e concisa em um clássico do gênero.
Irrational Anthems – Skyclad (1996) – Chega a ser impressionante
perceber o quanto que a banda pioneira do Folk Metal produziu em tão pouco
tempo. Mais impressionante ainda é o padrão sempre alto de qualidade. E
Irrational mostrava o Skyclad em seu auge, seja como músicos, seja nas letras
ácidas e inteligentes do bardo Martin Walkyer. Esqueçam a aura alegrinha que o
gênero tomou mais tarde, o Folk dos britânicos tem muito mais de NWOBHM com uma
alma Punk.
Elegy – Amorphis (1996) – Death metalMelódico já era uma novidade,
misturado com Folk, Progressivo e elementos psicodélicos, então... O Amorphis
representava a vanguarda em uma era em que os subgêneros do Metal iniciavam uma
saudável promiscuidade que se faria ainda mais forte na década seguinte.
Planet E. – Heavens Gate (1996) – Os alemães vinham daquela cena
melódica que produzia atrocidades a torto e a direito nos anos 1990, mas já
dava para notar de cara se tratar de um grupo que se sobressaia no meio da
manada do gnu. Planet E. é Power Metal, mas feito com inteligência e esmero.
Uma pena que a banda não sobreviveu ao comportamento pouco profissional de seu
grande vocalista, que vivia às turras com o vício em cocaína.
Nighttime Birds – The Gathering (1997) -
A voz angelical de Anneke van Giersbergen já havia assombrado o mundo em
Mandylion, mas Nighttime Birds levaria o som dos holandeses ainda mais longe,
mostrando que a despeito do background Doom havia espaço para muito mais no som
da banda, que se tornaria ainda mais idiossincrático nos anos vindouros.
Whoracle – In Flames (1997) – Hoje um dos gigantes do Metal Moderno
europeu, o In Flames produziu um punhado de pérolas dentro do Melodic Death
Metal sueco. Whoracle talvez seja o melhor momento dessa fase dos caras.
Flow – Conception (1997) – Os noruegueses Tore Ostby e Roy Khan já
haviam impressionado o mundo com os três discos anteriores, que mostravam uma
banda madura e à frente de sua era. Mas foram longe demais para sua gravadora e
para ouvidos mais sensíveis com a modernidade de Flow. A Noise, sem saber o que
fazer com o disco, os dispensou, mas Flow acabou se tornando uma pérola perdida
numa era dominada pela repetição acéfala de clichês de Power Melódico.
Sehnsucht - Rammstein (1997). Os alemães conquistaram o mundo de vez
cantando em sua língua pátria pequenos contos de assassinato, incesto e
bizarrices afins. O Rammstein pode não ser o inventor do Metal Industrial, mas
certamente reinventou o gênero ao ponto de se tornar uma das bandas mais
copiadas dos anos 2000.
Enthrone Darkness Triumphant – Dimmu Borgir (1997) – Black Metal
sinfônico em estado de graça num dos discos mais poderosos e influentes do gênero.
Unleash The Beast – Saxon (1997) – O saxon já havia ameaçado uma
recuperação da perda de credibilidade pela americanização de seu som nos três
discos anteriores Mas nenhum deles chegava perto da fúria de Unleash The Beast,
que marcaria uma nova fase de glórias para os britânicos, numa sequência impressionante
de acertos que perdura até hoje.
The Fourth Judgement – Jag Panzer (1997) - O disco de retorno de uma das melhores bandas
de Heavy tradicional dos EUA trouxe um Joey Taffola em chamas e os vocais
monstruosos de Harry Conklin em um punhado excelente de faixas com uma produção
moderna e certeira.
Powertrip – Monster Magnet (1998) – Hot Shit, babe! Dave Wyndorf já havia conquistado um espaço na MTV com a direção mais contida do disco anterior. Mas Powertrip iria mais longe ainda, mostrando ao mundo como soaria o Kiss depois de tomar ácido e ler muito Bukowski e quadrinhos.
Obsolete – Fear Factory (1998) – A saga distópica de erradicação da humanidade
pelas máquinas ganha uma trilha sonora apocalíptica à altura nas mãos de outra
banda de Industrial única.
The Chemical Wedding – Bruce Dickinson (1998) – após alguns anos
pensando fora da caixinha (o que rendeu a belezura Balls TO Picasso, o fiasco
Skunkworks e o não mais que mediano Tattooed Millionaire), Bruce retornou ao
Metal com o ótimo Accident Of Birth, em 1997. Mas seria no ano seguinte que
produziria seu disco solo definitivo, uma pedrada inspirada pela obra sombria
de William Blake.
Dreaming Neon Black – Nervermore (1999) - Warrel Dane expressa em uma
obra sombria e pesada feito um tijolo seu luto por uma namorada que desaparece
do mundo após se envolver com uma estranha seita religiosa. Um disco único de
uma banda única, só não é o trabalho definitivo do Nevermore pois pouco depois
lançariam Dead Heart In A Dead World.
The Gathering – Testament (1999) – Após um período de discos algo
erráticos, que levou até mesmo Chuck Billy a pensar em trocar sua banda pelo
Sepultura (sim, ele fez teste para o lugar do Max) o Testament ressurge das
cinzas com um supertime que incluía Dave Lombardo para produzir uma mistura
avassaladora de Thrash com Death. O marco zero de uma fase ainda melhor e mais
bem-sucedida do que a dos anos 1980!
Curti a lista. Nem tudo, eu colocaria como clássico da década de 90. Por exemplo: amo Candlemass, mas não colocaria o Chapter 6, apesar de eu ser fã da banda. Senti falta do "Badmotorfonger" do Soundgarden, do "Dirt" do Alice in Chains, do "Demanufacture" do Fear Factory, do "Angels Cry", do Angra, "Guererro del arco iris", do Rata Blanca, "Black, Force Domain", do Krisium", do "Blood on Ice" do Bathory, "E.V.O.L.U.T.I.O.N.", Do Viper etc. Enfim. Há muitos, muitos clássicos feitos na década de 90. Se formos listar, dá mais de 100 mole, mole. Mas a lista é bem boa mesmo. Como eu suspeitei, a grande maioria do que penso esta nela. Abrc, Trevas!
ResponderExcluirFala, camarada!
ExcluirNem chamaria exatamente de "clássicos", mas sim discos marcantes daquela época, por motivos variados. Não coloquei nada do Alice In Chains e Soundgarden (que adoro) justamente por que a discussão havia começado com a dicotomia "som dos anos 90" com a estética do velho metal. O Rata Blanca escrevo embaixo. Angra acho um saco, mas de fato foi um disco importante. Do Fear Factory prefiro o Obsolete, e como postei só um por banda...
Enfim, acho que se fizéssemos uma mesa redonda sobre o tema, bateríamos os 200 discos, pode apostar!
Grande Abraço
Trevas