Mob Rules - Beast Reborn |
The
Devil You Know
Por Trevas
O combo teutônico Mob Rules está na ativa desde 1994, praticando um Power Metal Melódico mais
classudo e menos caricato que a média, mas insuficiente para fazer a banda
romper o segundo escalão da cena. Beast
Reborn, produzido pela própria banda
e masterizado pelo onipresente Jens Bogren, é o décimo trabalho de estúdio
dos caras, o segundo após um “retorno às origens” já que o sexteto tentou
modernizar seu som por um tempo, sem sucesso.
Mob Rules 2018, pegando a pose de pirata emprestada do Running Wild |
A faixa título é apenas uma curta introdução temática, seguida de Ghost Of A Chance. Uma faixa que resume
bem o que é o Mob Rules: um som que pode agradar a fãs
tanto de melódico quanto de um Metal Tradicional, mas que também passa a
impressão de requentar demais todos os clichês possíveis.
Ao contrário de boas parte dos congêneres, a banda aposta mais em sons Mid Tempo, com um tom épico e sem exageros, como em Shores Ahead, Sinister Light, Children’s Crusade, Way Back
Home e The Explorer (que rouba a ponte de Metal
Meltdown do Judas), com seus refrões que grudam sem parecer música de programa
infantil (Traveller In Time
é um pouco irritante e não entra na lista, sorry).
O que é um tremendo elogio para o subgênero. Sobre as performances, todo mundo
aqui joga para o time, tudo é bem feito e nenhum dos músicos aparece além do
que as músicas pedem. Ah, e o vocalista Klaus
Dirks é bom e não tem os maneirismos
de castratti infelizmente comuns aos cantores da cena.
Se me pedissem uma referência ao som de Beast Reborn, compararia
com os trabalhos do Avantasia, o que
fica mais claro nos temas mais épicos e longos, como War Of Currents (com muita chupação de Iron Maiden em algumas passagens) e Revenant
Of The Sea. A produção é apenas
correta, não prejudica nem impressiona. E a balada My Sobriety Mind encerra o repertório “normal” com
um belo dueto entre Dirks e Ulli Perhonen (Snow White Blood). As edições especiais ainda contam com a bacana e respeitosa
rendição para Sacred heart (Dio) e uma regravação de uma faixa antiga dos caras, Lords Of Madness.
Veredito
da Cripta
Beast Reborn é mais um disco que resume bem a
carreira do Mob Rules, bom o suficiente para merecer uma rodada descompromissada no
som de qualquer fã de um Heavy Metal menos esporrento, mas que por outro lado
carece de um “algo a mais”, de um diferencial para se tornar especial e
indispensável. Mesma sensação que tenho com o Brainstorm, por exemplo. É um mais do mesmo, mas muito bem feito, e
que garantirá uma hora bem agradável aos ouvidos dos fãs desse tipo de som.
NOTA: 8,14
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Gravadora: SPV Steamhammer (importado)
Prós: Bem feito, com boas músicas
Contras: Dá a sensação de que é tudo
familiar demais
Classifique como: Power Metal
Para Fãs de: Avantasia, Human Fortress, Brainstorm
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