segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Twisted Sister – Metal Meltdown Live! (Box Set – BluRay + DVD + Cd – 2016)

Twisted Sister - Metal Meltdown
Acorda Las Vegas!!!!
Por Trevas

Prólogo – One More For A.J. Pero!
Gravado em 30 de maio de 2015, o presente show pode ser considerado um evento único por dois motivos: 1. Foi o primeiro show da série Metal Meltdown, evento que passou a ser realizado esporadicamente no Hard Rock Casino de Las Vegas, patrocinado por uma rádio estadunidense; 2. O evento foi realizado em homenagem ao eterno baterista da banda, AJ Pero, falecido apenas dois meses antes.

O saudoso AJ mãos de marreta!
Para o lugar de A.J. Pero, os sick motherfuckers recrutaram nada mais nada menos que o megalomaníaco, prolífico e ultra talentoso Mike Portnoy (Dream Theater, Adrenaline Mob, Avenged Sevenfold, Transatlantic e mais de um milhão de projetos efêmeros). Aliás, a título de curiosidade, A.J. havia substituído Portnoy no Adrenaline Mob e foi o próprio Mike quem se ofereceu para retribuir a sucessão do amigo no Twisted Sister. Essa união improvável, por si só já seria motivo de dar uma checada nesse ao vivo.

Apresentação

O pacote, contando com um Blu Ray, um DVD e um Cd vem encartado em um Digipack com três miolos separados de acrílico para os respectivos discos. À parte das fotos e do repertório do show expostos na capa e contracapa, não há encarte, e ficamos sem ter maiores informações sobre o produto. Na verdade, um pequenino selo na embalagem externa é quem dá a dica, avisando “Live Concert+Rock Documentary+Concert Album”. De positivo, o design é bacana e o valor do pacote é bastante acessível lá fora. De estranho, um fato que vem se repetindo direto nos pacotes do tipo – o conteúdo do BD e DVD são exatamente o mesmo! A diferença residindo apenas na resolução. Não entendo essa estratégia, mas é bastante comum.

O box aberto - parte superior representa a face interna, a inferior a capa e contracapas 
Imagem e Som
Imagem e som cristalinos e edição bastante comportada, ainda que bastante funcional, que lembra muito mais a de uma transmissão de televisão ao vivo do que propriamente a gravação de um evento para um lançamento especial. A mixagem é bacana tanto no show em BD quanto em Cd, e se você escuta uma plateia tímida na mesma, já te digo que isso pouco ou nada tem a ver com quem fez a pós produção.


O Show
Olhando as 16 faixas que compõe o repertório de cerca de 70 minutos do show, duvido que algum fã do TS tivesse algo a reclamar. Talvez uma ou outra música pudesse estar ali, mas duvido que você abrisse mão de alguma das que foram escolhidas. E cara é absolutamente impressionante a energia de Dee Snider em cima do palco. Aos 60 anos de idade, e físico de garotão, o Jandirão agita como poucos e ostenta um carisma gigantesco. E não bastasse isso, ainda está em um de seus melhores momentos em termos de qualidade vocal da carreira. Excetuando um ou outro grito, pouco podemos diferenciar a performance dele aqui em relação ao mítico Live at Hammersmith, de ...1984!!!!! Ah, e se você pensa em reclamar da total ausência da tradicional maquiagem de palco dos caras, aquela que dá aquele aspecto exótico à banda – esqueça! Eles são tão feios que parecem monstrinhos de CGI.


Mas nem tudo são flores. A banda já não parece tão afiada assim, e em especial alguns dos solos ficaram bem tosquinhos. Ah, e Portnoy, como se saiu? Bom, o cara é um monstro tecnicamente, então não dá para dizer que alguma música dos travecos mais amados do rock representariam um desafio para ele. Mas acho que justamente na tentativa de soar comedido e respeitoso com o legado do mão de marreta Pero, Portnoy acabou soando apenas...meh. Não, não funcionou. Talvez tenha faltado química, ensaio. Não sei. Apenas não funcionou lá muito bem, ainda que em momento algum seja um fator comprometedor do todo.


Mesmo com essas limitações, a energia que a banda emana no palco deveria ser o suficiente para enlouquecer qualquer um.  Mas não. O Casino, longe de lotado (ainda que a edição sabiamente não mostre muito o fundo da plateia), parece habitado por alguma plateia acostumada ao Domingão do Faustão ou partidas de tênis. Quase não se vê gente agitando e poucos braços se levantam com os tradicionais chifrinhos. Vocalmente só percebemos que existe alguém assistindo a banda nos intervalos e quando Dee, macaco velho, instiga a galera.

De quebra, a edição do material ainda nos prega uma peça que quebra ainda mais a energia da apresentação. Entre uma ou outra música somos transportados para entrevistas e cenas do passado, e não há opção de assistirmos a apresentação na íntegra, sem essas interrupções desnecessárias. Esse modelo já fora utilizado antes pela banda no DVD do Wacken, então há um padrão aqui. E pasmem, há interrupção entre uma música e outra no Cd também, cáspite! Um que de fato não me agrada muito, mas fazer o que? Mas se essa ideia não agradou, outra me pareceu bem bacana – em Burn in Hell, um solo de A. J. Pero é transmitido nos telões, representando a tão merecida homenagem.

Extras

Há ainda um documentário de uma hora e meia repleto de entrevistas e cenas de bastidores. Bem bacana, até por que Dee é um fanfarrão de mão cheia, uma espécie de Renato Gaúcho do rock e solta uma bravata atrás da outra, com senso de humor ácido que não perdoa nada nem ninguém. Jay Jay é outro figuraça e ouvir ele falando também vale a pena. O documentário tem boa edição e é bem legal. Uma pena que seu conteúdo acabe por não ter tanto impacto assim, já que o bastante elogiado filme We Are Twisted Fucking Sister meio que esgota tudo o que precisaríamos saber sobre a banda. Detalhe, o material não possui legendas.

Saldo Final

Metal Meltdown é um ao vivo que alterna boas ideias com outras nem tão bacanas assim. Entre altos e baixos, ainda é um material que há de divertir bastante. Mas, infelizmente, passa longe de ser o documento definitivo em vídeo de uma das melhores bandas ao vivo da história do rock.

NOTA: 7,50

Pontos positivos: Ótima imagem e som, Dee chutando bundas
Pontos negativos: as interrupções no show e a plateia apática.
Para fãs de: Lizzy Borden, Alice Cooper
Classifique como: Hard Rock, Heavy metal 

2 comentários:

  1. Como não amar Twisted Fuckin' Sister??? Das profundas da era glam, passando pelo mítico "combate de rua" com o Manowar, atravessando de forma improvável os '90 entre idas e vindas, até chegarmos a este período, em que pareciam estar dispostos a marcar a ferro na bunda de geral aquele logo TS tão conhecido. Daí vem o puto do AJ e morre!!! Viado cardiopata de uma porra!!!!

    Acho - mas só acho - que se eles QUISESSEM continuar (o que não parece ser o caso), Portnoy era O CARA. Só que ELE precisaria querer também, porque essa mal-amada, desde que saiu/foi saído do DT entrou pro "bar-dos-cornos-do-roquenrou-que-só-sabem-falar-mal-da-mulher-que-comeram" (junto com Mr. Cavalera & Mr. Hagar - esqueci de quem?) só faz pular de banquinho em banquinho... Melhor pegar de vez aquela batera da Hello Kitty e ir animar festinhas infantis ao som de ilariê...

    De resto... TWISTED SISTER... COME OUT AN' PLAY!!!!

    Jundis.

    KRILL, Freddy.

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    1. Fala, krillzótico!!!
      Bora colocar o Portnoy com a batera de Hello Kitty no Bio Hell???
      bjundis
      T

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