Death Angel - The Evil Divide |
Mariposa Thrasher
Por Trevas
Os californianos do Death Angel eram considerados uma das bandas mais promissoras da segunda
leva do movimento thrasher estadunidense. Formado por garotos bem novos e de
ascendência filipina, o quinteto chamou bastante atenção por seu enfoque algo
técnico para a época, além de um senso melódico que faltava a muitos de seus
pares. Logo veio um ótimo contrato com uma Major e a promessa de imenso sucesso
comercial e de fazer parte da mítica turnê Clash
of the Titans. Tudo
abreviado por um acidente de carro quase fatal envolvendo o baterista Andy Galeon. Nesse momento o parentesco entre os membros afetou um pouco
o julgamento e a banda acabou por optar por encerrar a carreira ao invés de
substituir o músico e seguir em frente.
Death Angel, quando os garotos ainda comiam Froot Loops |
Em
2001, para nossa sorte, os caras resolveram retomar a carreira. Incialmente
para alguns shows em festivais, depois lançando uma sequência de discos tão
inspirados que fica difícil acreditar que o Death Angel não tenha
angariado uma reputação do que a que atualmente desfruta. O ápice fora
justamente o disco The Dream Calls For Blood (ler resenha da Cripta), álbum de 2013 que marcou a
primeira e única vez que o DA chegou
aos 100 mais da Billboard. Dado o
sucesso comercial e de crítica de Dream,
nada mais natural que o anúncio de um novo disco tenha causado uma certa
apreensão nos fãs dos caras.
Death Angel 2016 - trocando o Froot Loops por maldade no coração |
O disco
Moth, a faixa cuja letra cáustica inspirou a arte
gráfica e nome do disco, abre o disco de forma apoteótica – certamente um novo
clássico para os californianos.
Cause For Alarm aumenta ainda mais a velocidade,
contando com a participação do produtor e parceiro Jason Suecof em suas virulentas guitarras. A produção, aliás,
apostou numa pegada mais crua que no disco anterior, mas com clareza de cada
instrumento e punch absurdo. É possível sentir a pulsação e cada batida do
ótimo Will Carroll em sua bateria,
por exemplo.
E se sutiliza não foi
o forte até aqui, Lost vem lembra
aos incautos ouvintes que o Death Angel
é também uma das bandas mais versáteis de sua era, com uma pegada que beira o Metalcore engrandecida (ou o material
mais comercial do Megadeth) pela
categoria habitual de Mark Osegueda nos vocais. Aliás, Mark é pouco lembrado, mas o considero
um dos melhores vocalistas de Thrash
da história.
As cortantes e muito bem trabalhadas guitarras do membro fundador Rob Cavestany e de Ted Aguilar fazem a boa Father of Lies subir um degrau
na escala de grandeza. Hell to Pay,
com belos momentos do baixo de Damien
Sisson, mescla eficientemente a
velocidade estonteante do Thash com
elementos de Groove Metal (que aliás, dita o espírito de It Can’t
be This).
Infelizmente a partir daí o disco cai um pouco na mesmice, ainda que de
maneira bastante feroz. Hatred United/United In Hate traz na
participação do brasuca Andreas Kisser seu maior trunfo. Breakaway é uma patada colossal na
orelha, enquanto The Electric Cell sofre com a falta de refrão e riffs mais marcantes, apesar da
destreza dos músicos em solos e convenções intrincadas. Let the Pieces Fall tem algo de Testament
recente em sua estrutura e se não chega a competir com a grandeza do início da
bolachinha, também não faz feio. Curiosamente, o trabalho se encerra com um
cover que está anunciado como faixa bônus, mas na verdade se faz presente em
todas as edições do disco lançadas ao redor do globo. Trata-se de Wasteland, clássico dos Goth Rockers do The Mission, executada de forma respeitosa,
com um resultado excelente, ainda que improvável.
Saldo Final
O
Death Angel continua com sua incansável rotina de lançar grandes discos
desde seu retorno à ativa. The Evil Divide é um dos trabalhos mais vigorosos dos estadunidenses, e não
fosse por uma ligeira queda de qualidade em sua metade final, poderia figurar
fácil entre um dos melhores discos do ano. Muito bom.
NOTA: 8,20
Pontos positivos: Thrash
extremamente vigoroso, e ainda assim, muito técnico
Pontos negativos: cai um
pouco de produção em sua segunda metade
Para fãs de: Testament,
Megadeth, Metal Church
Classifique como: Thrash Metal
Meu deus, que milagre banda de macho aqui nesse blog
ResponderExcluircoisa rara ein
abrá
Danilo
Então, Danilo, agora o senhor pode chamar seu macho para ler o blog.
ExcluirDisponha
T
Gostei deveras desta bolacha. E críticos "suck"!!!
ResponderExcluirKrill.
Fala Krill!
ExcluirEu também gostei, ué...
E sim, críticos suck. krillticos também.
Abracetas
T