domingo, 6 de novembro de 2016

Sabaton – The Last Tour + Armahda (30/10/2016 – Circo Voador – Rio de Janeiro/RJ)


E a Cobra Fumou!
Texto por Trevas. Foto do Armahda, em péssima qualidade, também.
Fotos detonantes do Sabaton por Daniel Croce (Notsolame Pictures) – Valeu, Croce!!!!


Dois anos depois da excelente primeira passagem dos suecos pelo Rio de Janeiro (ver resenha aqui), temos a oportunidade de perceber claramente o quanto a banda está crescendo de popularidade em todo o mundo: se em 2014 o show foi no bacana, mas acanhado, Teatro Rival, agora o Sabaton carrega um bom público ao Circo Voador, com direito a show de abertura.

Armahda

Muitas vezes ficamos com a nítida impressão de que a banda de abertura caiu de para quedas no evento, o que faz com que a receptividade por parte do público seja menos do que respeitosa. Esse não é o caso. Os paulistas da Armahda fazem um power metal com temática totalmente alinhada com a atração principal e seu bom show foi muito bem recebido pelo público, que gritou efusivamente o nome da banda ao final do mesmo.

Sorry, Armahda, vocês mereciam foto melhor...(foto por Trevas)
Trazendo uma sonoridade que lembra em muito os melhores momentos do Blind Guardian e entoando letras que fazem referência a momentos históricos do nosso país, a Armahda deixou o palco do circo com a sensação de ter angariado mais um punhado de fãs. Os músicos são muito bons e as músicas são daquelas que conquistam nossos ouvidos de imediato. O talentoso vocalista Maurício Guimarães talvez devesse se concentrar mais em tons mais baixos, pois é ali onde reside o real poderio de sua voz, e não nos agudos forçados, que graças a Odin já não se fazem tão obrigatórios assim no estilo. Enfim, um bom show de uma banda que necessita de mais quilometragem nos palcos para atingir por completo seu potencial. Mas que tem tudo para ser um dos grandes nomes de nossa cena. (NOTA:7,5)

Sabaton

Ghost Division, como de costume, inicia o repertório dos suecos, que tem como uma de suas principais características fazer um show fisicamente intenso. Então não deixa de ser curioso reparar que o Pit-Bicha do metal, Joakin Brodén trocou seu físico atlético por uma silhueta mais roliça, uma bobagem que cobrou um pouco o preço ao longo do show.

Brodén e sua nova aquisição, um avantajado pânceps
Logo após somos apresentados a dois sons do novo disco sem seguida, Sparta e Blood Of Bannockburn, deixando claro que: 1. Os sons ficam melhores sem a magra produção da bolachinha; 2. O público sabia cantar as duas perfeitamente. O novo guitarrista, Tommy Johansson, é apresentado e a apresentação segue com a matadora sequência de Swedish Pagans, Carolus Rex e 40:1.

O batalhão sueco em ação
Como na outra apresentação, a felicidade pela resposta calorosa do público está estampada nos rostos de todos da banda, em especial nos dos dois membros fundadores, Brodén e seu fiel escudeiro e baixista, Pär Sundström, que a todo momento se entreolham balançando negativamente a cabeça, como que não acreditando no que estão vendo e ouvindo.

Brodén inventando de bancar o Chimbinha
Mas o show teve também seus defeitos. O som, por exemplo, nunca chegou a estar perfeito, e Brodén também pareceu ter problemas para manter o fôlego em sua tradicional performance agitada, demonstrando evidente cansaço. O repertório também esteve enxuto demais, com a apresentação, de parcos 75 minutos, começando a parecer insuficiente conforme a discografia se estende. Mas qualquer defeito fica para trás quando a simbiose público/banda atinge o patamar visto na trinca apresentada no bis, com uma matadora Night Witches seguida pela apoteótica Smoking Snakes, suas partes em português cantadas a plenos pulmões por todos os presentes. E Primo Victoria, essa já nasceu pensando nos coros dos fãs. Fim de papo, resta o cansaço e simpatia por parte de uma banda feliz, absolutamente retribuídos por um público igualmente cansado e feliz. Outro grande show. Que venha o próximo. (NOTA:8,5

Batalha vencida, como sempre!
Croce, nosso fotógrafo espião, entregando o Set List!

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