E a Cobra Fumou!
Texto
por Trevas. Foto do Armahda, em péssima qualidade, também.
Fotos detonantes do Sabaton por Daniel Croce (Notsolame Pictures) – Valeu, Croce!!!!
Dois anos depois da excelente primeira passagem dos suecos pelo Rio de Janeiro (ver resenha aqui), temos a oportunidade de perceber claramente o quanto a banda está crescendo de popularidade em todo o mundo: se em 2014 o show foi no bacana, mas acanhado, Teatro Rival, agora o Sabaton carrega um bom público ao Circo Voador, com direito a show de abertura.
Armahda
Muitas vezes ficamos
com a nítida impressão de que a banda de abertura caiu de para quedas no
evento, o que faz com que a receptividade por parte do público seja menos do
que respeitosa. Esse não é o caso. Os paulistas da Armahda fazem um power metal com temática totalmente alinhada com a
atração principal e seu bom show foi muito bem recebido pelo público, que
gritou efusivamente o nome da banda ao final do mesmo.
Sorry, Armahda, vocês mereciam foto melhor...(foto por Trevas) |
Trazendo
uma sonoridade que lembra em muito os melhores momentos do Blind Guardian e
entoando letras que fazem referência a momentos históricos do nosso país, a Armahda deixou o palco do circo com a
sensação de ter angariado mais um punhado de fãs. Os músicos são muito bons e
as músicas são daquelas que conquistam nossos ouvidos de imediato. O talentoso
vocalista Maurício Guimarães talvez devesse se concentrar
mais em tons mais baixos, pois é ali onde reside o real poderio de sua voz, e
não nos agudos forçados, que graças a Odin
já não se fazem tão obrigatórios assim no estilo. Enfim, um bom show de uma
banda que necessita de mais quilometragem nos palcos para atingir por completo seu
potencial. Mas que tem tudo para ser um dos grandes nomes de nossa cena. (NOTA:7,5)
Sabaton
Ghost Division,
como de costume, inicia o repertório dos suecos, que tem como uma de suas
principais características fazer um show fisicamente intenso. Então não deixa
de ser curioso reparar que o Pit-Bicha do metal, Joakin Brodén trocou seu
físico atlético por uma silhueta mais roliça, uma bobagem que cobrou um pouco o
preço ao longo do show.
Brodén e sua nova aquisição, um avantajado pânceps |
Logo após somos apresentados a dois sons do novo disco sem seguida, Sparta e Blood Of Bannockburn, deixando
claro que: 1. Os sons ficam melhores sem a magra produção da bolachinha; 2. O
público sabia cantar as duas perfeitamente. O novo guitarrista, Tommy Johansson, é apresentado e a apresentação segue com a matadora
sequência de Swedish Pagans, Carolus Rex e 40:1.
O batalhão sueco em ação |
Como na outra apresentação, a felicidade pela resposta calorosa do
público está estampada nos rostos de todos da banda, em especial nos dos dois
membros fundadores, Brodén e seu fiel
escudeiro e baixista, Pär Sundström, que a todo momento se
entreolham balançando negativamente a cabeça, como que não acreditando no que
estão vendo e ouvindo.
Brodén inventando de bancar o Chimbinha |
Mas o show teve também seus defeitos. O som, por exemplo, nunca chegou a
estar perfeito, e Brodén também
pareceu ter problemas para manter o fôlego em sua tradicional performance agitada,
demonstrando evidente cansaço. O repertório também esteve enxuto demais, com a
apresentação, de parcos 75 minutos, começando a parecer insuficiente conforme a
discografia se estende. Mas qualquer defeito fica para trás quando a simbiose
público/banda atinge o patamar visto na trinca apresentada no bis, com uma matadora
Night Witches seguida pela apoteótica Smoking Snakes, suas
partes em português cantadas a plenos pulmões por todos os presentes. E Primo
Victoria, essa já nasceu pensando nos coros dos fãs. Fim de papo, resta o
cansaço e simpatia por parte de uma banda feliz, absolutamente retribuídos por
um público igualmente cansado e feliz. Outro grande show. Que venha o próximo.
(NOTA:8,5)
Batalha vencida, como sempre! |
Croce, nosso fotógrafo espião, entregando o Set List! |
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