Metal Church - XI |
Hora da Missa!!!
Por
Trevas
Prólogo – Uma Igreja Amaldiçoada
A banda estadunidense
Metal Church surgiu em 1980, fruto
da visão do chefe e guitarrista Kurdt
Vanderhoof. A constante mudança de formação acabou por atrasar sua estreia,
que só aconteceu mesmo em 1984. E que estreia, o disco homônimo, mesmo lançado
de forma independente, vendeu mais de 70.000 cópias.
Metal Church, o disco, com sua icônica capa |
O burburinho que a banda causou na cena atraiu a Elektra, que assinou com os caras. Reza a lenda, a contratação
contou com suposta interferência dos colegas (e fãs declarados) da então
emergente Metallica. O disco
seguinte, The Dark, foi um sucesso e
crítica e vendas e parecia indicar que a Metal
Church se tornaria uma das maiores
bandas de metal da história. Mas dali para frente tudo deu desmoronou. Kurdt abandonou o barco, David Wayne foi demitido e nada mais foi o mesmo. Para o lugar de Wayne,
foi chamado o então vocalista da Heretic,
um tal de Mike Howe. O excelente novo vocalista brilhou em três grandes discos que
falharam em reproduzir o sucesso comercial dos dois primeiros.
Reformulações e reformulações...
A
Igreja foi reformulada uma penca de vezes, sem grande sucesso. Com o vocalista
original David Wayne (R.I.P.) não obtiveram o brilho esperado e o outro vocalista
tentado (por duas vezes), Ronnie Munroe, também não foi lá muito feliz em
seus lançamentos com a banda.
XI
XI é o 11º disco do Metal Church...ehr...dã. Bom, confesso que não andava muito afeito ao som da banda em sua última encarnação, com o Ronnie Munroe nos microfones. E como muitos, fiquei surpreso com o anúncio do retorno do vocalista Mike Howe e lançamento desse novo disco.
Metal Church versão 789 |
E o que poderia soar como uma infrutífera nostalgia gratuita cai por
terra logo nas primeiras músicas: Reset
é certeira, direta e com uma forte veia oitentista, mas é absolutamente
impossível não banguear de cara com ela!
E quem tinha dúvidas se um cara recém-saído da aposentadoria poderia dar
conta do recado, é só ouvir a performance de Mike Howe em qualquer
das faixas que escolher. A voz rascante do cabrunco, que por vezes remete ao
grande Bobby Blitz (do Overkill),
combina perfeitamente com as composições de Kurdt. Particularmente tive esse primeiro contato com Killing Your Time, outra
destruição total.
A
sequência arregaçante ainda inclui a faixa de trabalho No Tomorrow e se estende
até Sky Falls In. Mas não me
entendam mal, o disco em nenhum momento fica ruim não. Mas é o momento de
alternância entre faixas excelentes (Soul
Eating Machine) com outras apenas boas (Needle and Suture).
Saldo Final
XI é figura fácil em qualquer lista de
melhores do ano que envolva Heavy Metal. Simplesmente viciante, tem
praticamente tudo que um fã do estilo pode esperar. E ainda melhor, suas vendas surpreederam e fizeram o Metal Church atingir sua melhor colocação nas paradas da Billboard desde o início da carreira (no número 57, nada mau para uma banda sem grande estratégia de marketing, hm?). Enfim, hora de voltar a ir
à missa!!!!
NOTA: 9,21
Pontos positivos: ótimas
músicas e excelente performance vocal de Howe
Pontos negativos: nada relevante
a declarar aqui
Para fãs de: Overkill,
Reverend, Megadeth
Classifique como: Heavy Metal
Demais, Trevas!
ResponderExcluirSou grande fã do Mike Howe (e do M.C., obviamente) e fiquei feliz que a volta desse vocalista clássico tenha dado nova vida à banda e merecido reconhecimento!
Abraço e parabéns!
Olá, camarada!
ExcluirSim, confesso que eu até então era um refém da fase clássica com o Wayne. Até conhecia os discos (medianos ) com o Munroe e uma ou duas músicas da fase Howe, mas nunca havia dado a devida atenção.
Discaço esse aí e Howe chutabundas. Quisera todo vocalista voltando de aposentadoria soasse assim, hehehehe
Abração
T