Curtas: Zakk Wylde + Striker + Denner/Shermann + Heart |
Curtas: Zakk Wylde + Striker + Denner/Shermann + Heart
Zakk Wylde - Book of Shadows II |
Zakk Wylde – Book of
Shadows II (cd-2016)
Gigante gentil
Já
com o nome marcado na história do rock como um dos maiores guitarristas em
todos os tempos, o prolífico Zakk Wylde anda com dificuldade em manter em
seus trabalhos com o Black Label Society um padrão de qualidade condizente com seu imenso talento.
O trabalho
semi-acústico Unblackned parece ter
dado uma renovada na criatividade do barbudão, que produziu um dos melhores
discos de sua banda em tempos (Catacombs
of the Black Vatican, ver resenha da Cripta). Talvez
a saída fosse alternar o estilo dos trabalhos solo, e é isso que Zakk faz aqui, revivendo sua faceta
mais soturna em um disco semi acústico. De início, achei bastante perigosa a
referência ao primeiro Book of Shadows.
Aquele foi um trabalho único, sombrio e muito bonito, para muitos o melhor
momento do gigante amigo fora da tutela do tio Ozzy. Aí escutei a primeira música de trabalho, Sleeping Dogs, e fiquei esperançoso: bonita para dedéu, trazendo um Zakk cantando como nos tempos do Pride & Glory e do
primeiro Book. Enfim, havia
esperanças.
Infelizmente
Sleeping Dogs é uma exceção dentro das 14 faixas aqui apresentadas. O clima
repete o do primeiro trabalho: músicas melancólicas em formato acústico, com
exceção da inserção eventual de hammond e dos solos de guitarra. Zakk toca tudo nas músicas afora baixo
e bateria. E canta, muito melhor do que vem fazendo no BLS, diga-se. A produção está perfeita, também sob a batuta de
nosso herói. O grande problema é que as composições não ajudam tanto. Não há
nada exatamente ruim aqui, mas as músicas seguem uma mesma fórmula e acabam
cansando ao longo de mais de uma hora de audição. Por sorte temos algumas que
valem por todo o trabalho, como as boas Tears
of December e Darkest Hour, e as excelentes Lost Prayer e King. Essa
última tocada ao piano com belíssima interpretação vocal de Mr. Wylde. A edição nacional, culpa da Hellion Records, traz ainda uma segunda versão de Sleeping Dogs, com Corey Taylor (Slipknot e Stone Sour) fazendo os backing vocals. Um disco bacaninha, mas que não
sobrevive a uma comparação com o primeiro Book
of Shadows.
NOTA: 7,11
Recomendado para: um dia
chuvoso de ressaca.
Passe longe se: tiver tendências
suicidas.
Para fãs de: Southern Rock, Acoustic Rock
Zakk tocando Legião |
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Striker - Stand in the Fire |
Striker – Stand in the
Fire (Cd-2016)
Canadenses em Chamas
Após o sucesso do
ótimo City of Gold (ver resenha daCripta), os canadenses do Striker
voltam com tudo com esse Stand In The
Fire. Com uma nova formação, dessa vez como quarteto, a banda contou com
guitarristas convidados na maioria dos solos, além da ajuda do conterrâneo Randy Black na bateria de uma das
faixas. Mas as mudanças em nada alteraram a capacidade dos caras. Phoenix Strikes é o cartão de visitas
perfeito, mostrando a mescla de NWOTHM
com Hard anos 1980 que a banda faz
tão bem. Out For Blood traz aquela
veia de Anthrax clássico à mistura,
além de um improvável e bacana solo de saxofone (uma referência ao que o Riot fizera em The Privilege of Power?).
Stand in the Fire é um disco bastante vigoroso e up
tempo, e talvez um ponto “falho” seja a pegada frenética e a produção algo
estridente de ponta a ponta de seus 43 minutos de duração. E cabe ressaltar que
a primeira metade do disco (mais precisamente até a ótima instrumental Escape From Shred City) o disco é
excelente, caindo um pouquinho em sua reta final. De resto, ótimos riffs e
solos, refrães grudentos e um vocalista (Dan
Cleary) nos moldes dos grandes nomes do metal tradicional. Nada que
represente uma grande novidade no mundo do metal, mas que fará felizes os fãs
daquela mistura oitentista de Hard/Heavy,
que é exatamente o público alvo desses sempre divertidos canadenses. Bem legal!
NOTA: 8,29
Recomendado para: fãs de
NWOBHM e Hard/Heavy oitentista
Passe longe se: sonoridade
estridente soe incômoda
Para fãs de: Enforcer, Iron Maiden, Anthrax
Blame Canada! This is all "abut" metal |
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Denner/Shermann - Masters of Evil |
Denner/Shermann – Masters
of Evil (Cd-2016)
Das Profundezas....da
lata de lixo!
Quando ouvi falar
sobre um novo projeto envolvendo os grandes Hank Shermann e Michael Denner, mestres das seis cordas do Mercyful Fate, fiquei
bastante feliz. Mais feliz ainda quando soube da presença do excelente Snowy Shaw na batera. Que time! Fui conferir então o EP Satan’s Tomb e quase vomitei quando entrou o vocal pela primeira vez.
Conhecia aquele cara, era o vocalista do irritante Cage, um dos grupos de metal mais chatos que já ouvi. Ao final das contas o EP até era razoável.
Mas esse Masters of Evil
é um teste de paciência, ou instrumento de tortura digno de Guantánamo. Angel’s Blood até soa interessante, talvez por apresentar Sean Peck um pouco mais contido. Mas é só começar a rolar a segunda
faixa, a ridícula Son of Satan
para me lembrar o porquê deu não esperar nada desse projeto. Sean soa como o usual, um sub clone do
já imensamente chato Ripper Owens. Sua interpretação na péssima The Wolf Feeds At Night é a matéria da
qual os pesadelos são feitos. Mas nem tudo está perdido, vejam só, Pentagram and the Cross é muito boa. Ah, mas a faixa
título novamente joga o nível lá no chão, tal qual a subsequente Servants of Dagon. Puta que
bosta!!! E não falo somente pelo vocalista totalmente over, os riffs e solos
todos parecem requentados e nada inspirados, saídos de alguma banda amadora. A
produção é mediana e mesmo o som da bateria de Shaw fica bem aquém do desejado.
O
nível baixo da bolachinha faz com que até a medíocre Escape From Hell pareça melhor do que realmente o
é. E para encerrar, The Baroness tenta soar épica e sinistra a
todo custo, mas só consegue mesmo rachar o que sobrou da bolsa escrotal do
incauto ouvinte. Um acinte! Facilmente um dos maiores micos da história recente
do Heavy Metal. Dá até medo de torcer por um retorno do Mercyful Fate.
NOTA: 4,20
Recomendado para: seu pior
inimigo.
Passe longe se: tiver bom
senso e bom gosto.
Para fãs de: Cage e gritinhos irritantes tipo
Ripper Owens
A verdadeira "Curse of the Pharaos" |
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Heart - Beautiful Broken |
Heart – Beautiful Broken
(Cd-2016)
Papa Het e o Coração
Recauchutado
1985, um Headbanger bem troozão entra numa loja
de discos atrás de uma cópia do ainda recente Ride the Lightning, petardo dos novos heróis da
cena, o então nada comercial Metallica.
No som mecânico da loja, toca uma balada melequenta que fica entre o AOR superproduzido e a ainda crescente
cena Glam Metal. Trata-se do ressurgimento do Heart com What About Love. O headbanger,
irritado, pega seu disco, paga e sai correndo da loja praguejando. Assim que
cruza a rua é atropelado, entrando em coma. 2016, o headbanger sai do coma e no primeiro estabelecimento em que entra,
escuta a voz daquela menina do Heart
em um Hard pop bem comercial...entra uma voz masculina na música, é Papa Het. O Headbanger
retorna a hospital e pede pela eutanásia. Fim. Brincadeiras à parte, essa
bobageira serve para mostrar o quão chocante é imaginar que a faixa título e
carro chefe do novo disco das irmãs Wilson,
seja justamente uma parceria com o vocalista da maior banda de Heavy Metal
americana. E caramba, funcionou bem!
Beautiful Broken,
o disco, consiste em um apanhado de faixas já lançadas pelo Heart, só que com novos arranjos e
produção. A mesma parece tentar recuperar um pouco a sonoridade do Heart em sua fase de cruza entre o AOR e o Glam, escapando do enfoque mais seco dado aos últimos dois discos.
A Zeppeliana Heaven, cuja versão
original consta na edição Deluxe de Fanatic é outro destaque, assim como City’s Burning, que apareceu pela primeira vez em Passionworks e Down On Me.
Confesso que o lado mais melecoso das meninas não me pega em absoluto, e coisas
como Sweet Darling e Language of Love
tem açúcar para matar um elefante de diabetes. De resto, Ann Wilson continua
com a voz fantástica, a produção está muito bem-feita e quem é fã pode conferir
sem medo.
NOTA: 7,36
Recomendado para: fãs de
AOR em geral
Passe longe se: você for o
headbanger da historinha
Para fãs de: Heart fase
anos 1980
As irmãs Wilson, sessentonas com tudo em cima |
Véi
ResponderExcluirQue disco ruim o dos caras do Merciful Fate, o Kind Daimond deve ta rindo demais kkkkkk
podre
Danilo
Fala
ExcluirRuim? Dá vergonha alheia, é péssimo!
Bjundis
T