Magnum - Lost On The Road To Eternity |
Tudo Como Dantes No Quartel D’Abrantes
Por
Trevas
O vigésimo disco de
estúdio dos britânicos do Magnum é
também aquele que marca a estreia de dois novos membros, o baterista Lee Morris, que ganhou destaque junto ao combo Doom Paradise Lost, no lugar do colaborador de longa
data Harry James e, num caso muito mais surpreendente, o tecladista Rick Benton (um requisitado músico de estúdio) para o lugar de Mark Stainway, tecladista que acompanhava a banda desde 1980. Promessa então
de que a banda traria novidades em seu som? Veremos.
Os bons velhinhos, Magnum 2018 |
A primeira pista de que nada haveria de diferente na bolachinha vem com
a arte cheia de auto referências de Rodney
Matthews, pule de dez em se tratando
de capas do Magnum. Outra pista
residiria no fato do guitarrista e dono da pelota Tony Clarkin assinar
pela enésima vez a produção e todas as composições. E, realmente, basta uma
primeira rodada em músicas como a boa abertura Peaches And Cream e as subsequentes Show Me Your Hands e Storm Baby para ficar
claro que a banda optou pelo mais do mesmo. Não que isso signifique exatamente
algo ruim, tendo em vista se tratar de uma banda com sonoridade única.
O problema é que se não há nada que desabone a já vasta discografia dos
caras, também há muito pouco que se destaque o suficiente para fazer desse novo
trabalho algo de especial. A produção é excelente e todos os músicos jogam para
o time e fazem bonito, mas Welcome To the
Cosmic Cabaret, por exemplo, não tem nada que justifique seus oito minutos
de duração. Without Love (ver vídeo), esbarra na breguice oitentista
em seus versos irritantes, um mal do qual a banda eventualmente sofre, o que
acaba minando um refrão bacana. You Wanna Be Someone é outra que
fica aquém da capacidade de Clarkin
como compositor, com a cara de outras quinhentas coisas que ele já escreveu.
Mas há também momentos acima da média, a orquestração e presença de Tobias Sammet na faixa título são uma tremenda bola dentro. Aliás, a
participação do mentor e voz do Avantasia
tem uma significativa importância. Fã incondicional da banda e da voz do
tremendão Bob Catley (que canta bem como sempre aqui), Tobi é responsável por ter ressuscitado o interesse no Magnum para uma geração bem mais nova. No
mais, Tell Me What You’ve Got To Say
e Glory To Ashes se salvam da
mediocridade da segunda metade do longo disco.
Veredito da Cripta
Lost On The Road To Eternity é o
disco menos interessante dos nove que o Magnum
lançou desde seu incansável retorno às atividades em 2002. Sem nada de novo a
apresentar, com um andamento que resvala na monotonia e poucas composições
capazes de se destacar num eventual repertório de shows futuros, este é um daqueles
discos recomendados somente aos aficionados pela banda. Longe de ser ruim, é
daqueles trabalhos medianos e facilmente esquecíveis, fadado a catar poeira até
na coleção do fã mais ardoroso. Hora de mudar um pouco a fórmula.
NOTA: 6,69
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Disco Bônus da Edição Nacional
A
edição nacional, da Shinigami Records, traz ainda um segundo disco,
contendo quatro músicas ao vivo gravadas em 2017. As músicas escolhidas vieram
todas do disco de inéditas anterior, o excelente Sacred Blood Divine Lies, e suas versões ao vivo são bem representativas do que o Magnum pode apresentar ao vivo hoje em
dia. Muito bacana, só fica aquela pergunta no ar: por que diachos só quatro
músicas e pouco mais de vinte minutos num disco bônus? Não dá para entender.
Gravadora:
Shinigami Records (nacional).
Pontos
positivos: produção cristalina, a grande voz de Bob Catley e a faixa título
Pontos
negativos: repertório pouco inspirado e andamento monótono
Para
fãs de: Hard Rain, Pretty Maids
Classifique como: Classic Rock, Melodic Rock
bleargh.
ResponderExcluirhahahahaha
Abs!
ML
Gwhhahahhahahahhahahhahahhahahha
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