Angelus Apatrida - Cabaret de la Guillotine |
Moisés Cipriano - The Metal Club |
Guilhotina Afiada ! Os espanhóis voltaram.
Por Moisés Cipriano
Antes de
iniciar essa resenha, vale passar um panorama do meu gosto por thrash metal. Gosto
de Thrash Metal trabalhado, bem tocado. Não gosto de tosqueira. Gosto de
Testament, Megadeth, Slayer e Sepultura. Não odeio Metallica. Aliás, gosto
bastante. Ride The Lightning é o melhor para mim. Gosto do últimos do Kreator,
alguma coisa de Sodom, alguma coisa do Tankard e tb do Overkill, dentre outros.
Isto dito, gostaria de expressar de forma clara que considero Angelus Apatrida,
junto com Suicidal Angels, as duas melhores bandas de thrash da atualidade. No
caso do Angelus, tive o prazer de vê-los ao vivo ano passado tocando em casa no
festival Leyendas del Rock. Simplesmente o melhor show de thrash do festival superando
Tankard, em segundo lugar, Megadeth e Overkill.
Para quem ainda
não conhece a banda, o Angelus Apatrida foi criado em 2000 e havía lançado até
então 5 albuns. Seu terceiro album, Clockwork, já com a Centuria Media,
proporcionou uma tour com os suecos do Arch Enemy e a posição #44 no ranking
oficial espanhol. Já o abum subsequente,
The Call, chegou chegando na #14 do mesmo ranking. E Hidden Evolution alcançou
#2.
Alguém falou Evolução?
A banda é atualmente formada por Guillermo
Izquierdo (lead vocals, guitars), David G. Alvarez (guitars, backing vocals),
Jose Izquierdo (bass, backing vocals) e Victor Valera (drums, backing vocals).
Após uma longa tour de 3 anos divulgando Hidden Evolution na Europa, America
Latina e Asia, no dia 04 de Maio de 2018, o grupo lançou o belíssimo Cabaret De
La Guillotine, seu sexto album de estúdio. Le Cabaret de la Guillotine era
somente um restaurante perto de onde ocorriam execuções lá na França. A
guilotina espanhola nesse caso é para combater as noticias e injustiças do dias
de hoje. Violento? Confiram.
Os Thrashers espanhóis em 2018 |
Sharpen
the Guillotine abre o album de forma veloz, avassaladora. Não dá nem tempo de
respirar. Boa música de abertura.
Betrayed traz aqueles riffs clássicos de thrash que me faz
gostar do estilo. Essa música lembra bastante as melhores músicas dos
americanos do Megadeth. Ponto para a banda.
Ministry of God traz uma
metralhadora de riffs de thrash. A letra fala da criação da Terra por Deus, mas
numa versão mais dark, digamos. É possivelmente a melhor faixa do álbum.
The Hum (que significa “zumbido”)
segura a pancadaria.
Downfall of the Nation foi o segundo single e
também ganhou videoclipe. A música é bem direta, pesada, com refrão bem legal e
solos certeiros. Sucesso. Mais um dos destaques.
One of Us melhora a cada audição
e segue despejando riffs californianos no ouvinte. Não aguenta? Bebe leite.
The Die is Cast é a segunda
música que traz a pegada megadethiana. Chega a ser radiofonica. Isso é ruim?
Não. A faixa é excelente. Mais uma candidata a melhor do álbum. Mas como é
possível?
Witching Hour traz mais riffs
cavalares e, nota-se, pela primeira vez, aquela baixão pulsante, também
característico do estilo. A música abre caminho para a balada do álbum.
Farewell é a balada do álbum. Que tal uma carona
no Testament e Metallica antigos? Tá valendo. A faixa é o terceiro single do álbum e possui um videoclipe muito bom.
Martyrs
of Chicago é a única faixa que pode fazer os fãs torcerem o nariz. A canção
inicia pesada e veloz, passa à levada thrash que já estamos acostumados, porém
contém um refrão modernoso. Sería uma pitada de metalcore? Ixxxii preparem-se
para a crítica dos oitentistas de plantão.
Veredito da Cripta
CABARET é mais ume excelente
album dos espanhóis. O album é bem trabalhado, é bem gravado, traz os riffs
clássicos que deveriam estar presente em todos os albuns de thrash e solos
entremeados. O vocal do Guillermo é bem variado também. Vale a pena conferir.
NOTA: 9,06
(a nota média no site The Metal Club no momento desta resenha era 9,20)
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Gravadora: Century Media Records
Pontos positivos: Thrash Metal
bem tocado, pesado e com belos riffs.
Pontos negativos: ainda não
achei. Nem todas as faixas são destaques, claro, mas todas mantém o nivel.
Para fãs de: Thrash Metal que
curtem Metallica, Megadeth e Testament.
Classifique como: Thrash Metal
Bela resenha Moisés ! Gostei da sinceridade em relação ao que gosta de Thrash Metal.
ResponderExcluirNão seria então Martyrs of Chicago o ponto negativo do álbum ?
Não entendi sua nota 9,06 ?
Fala, Augusto!
ExcluirCurtiu o disco? E por que diachos você não entendeu a nota do Moisés? A propósito, minha nota foi razoavelmente mais baixa, ele é muito bonzinho!
Abraço
Trevas