domingo, 27 de maio de 2018

Angelus Apatrida – Cabaret De La Guillotine (Cd-2018)

Angelus Apatrida - Cabaret de la Guillotine


Moisés Cipriano - The Metal Club
Guilhotina Afiada ! Os espanhóis voltaram.
Por Moisés Cipriano

Antes de iniciar essa resenha, vale passar um panorama do meu gosto por thrash metal. Gosto de Thrash Metal trabalhado, bem tocado. Não gosto de tosqueira. Gosto de Testament, Megadeth, Slayer e Sepultura. Não odeio Metallica. Aliás, gosto bastante. Ride The Lightning é o melhor para mim. Gosto do últimos do Kreator, alguma coisa de Sodom, alguma coisa do Tankard e tb do Overkill, dentre outros. Isto dito, gostaria de expressar de forma clara que considero Angelus Apatrida, junto com Suicidal Angels, as duas melhores bandas de thrash da atualidade. No caso do Angelus, tive o prazer de vê-los ao vivo ano passado tocando em casa no festival Leyendas del Rock. Simplesmente o melhor show de thrash do festival superando Tankard, em segundo lugar, Megadeth e Overkill.
Para quem ainda não conhece a banda, o Angelus Apatrida foi criado em 2000 e havía lançado até então 5 albuns. Seu terceiro album, Clockwork, já com a Centuria Media, proporcionou uma tour com os suecos do Arch Enemy e a posição #44 no ranking oficial espanhol.  Já o abum subsequente, The Call, chegou chegando na #14 do mesmo ranking. E Hidden Evolution alcançou #2. 

Alguém falou Evolução?

A banda é atualmente formada por Guillermo Izquierdo (lead vocals, guitars), David G. Alvarez (guitars, backing vocals), Jose Izquierdo (bass, backing vocals) e Victor Valera (drums, backing vocals). Após uma longa tour de 3 anos divulgando Hidden Evolution na Europa, America Latina e Asia, no dia 04 de Maio de 2018, o grupo lançou o belíssimo Cabaret De La Guillotine, seu sexto album de estúdio. Le Cabaret de la Guillotine era somente um restaurante perto de onde ocorriam execuções lá na França. A guilotina espanhola nesse caso é para combater as noticias e injustiças do dias de hoje. Violento? Confiram.


Os Thrashers espanhóis em 2018 

Sharpen the Guillotine abre o album de forma veloz, avassaladora. Não dá nem tempo de respirar. Boa música de abertura.



Betrayed traz  aqueles riffs clássicos de thrash que me faz gostar do estilo. Essa música lembra bastante as melhores músicas dos americanos do Megadeth. Ponto para a banda.

Ministry of God traz uma metralhadora de riffs de thrash. A letra fala da criação da Terra por Deus, mas numa versão mais dark, digamos. É possivelmente a melhor faixa do álbum.

The Hum (que significa “zumbido”) segura a pancadaria.

Downfall of the Nation foi o segundo single e também ganhou videoclipe. A música é bem direta, pesada, com refrão bem legal e solos certeiros. Sucesso. Mais um dos destaques. 



One of Us melhora a cada audição e segue despejando riffs californianos no ouvinte. Não aguenta? Bebe leite.

The Die is Cast é a segunda música que traz a pegada megadethiana. Chega a ser radiofonica. Isso é ruim? Não. A faixa é excelente. Mais uma candidata a melhor do álbum. Mas como é possível?

Witching Hour traz mais riffs cavalares e, nota-se, pela primeira vez, aquela baixão pulsante, também característico do estilo. A música abre caminho para a balada do álbum.
Farewell é a balada do álbum. Que tal uma carona no Testament e Metallica antigos? Tá valendo. A faixa é o terceiro single do álbum e possui um videoclipe muito bom. 


Martyrs of Chicago é a única faixa que pode fazer os fãs torcerem o nariz. A canção inicia pesada e veloz, passa à levada thrash que já estamos acostumados, porém contém um refrão modernoso. Sería uma pitada de metalcore? Ixxxii preparem-se para a crítica dos oitentistas de plantão.

Veredito da Cripta

CABARET é mais ume excelente album dos espanhóis. O album é bem trabalhado, é bem gravado, traz os riffs clássicos que deveriam estar presente em todos os albuns de thrash e solos entremeados. O vocal do Guillermo é bem variado também. Vale a pena conferir.

NOTA: 9,06
(a nota média no site The Metal Club no momento desta resenha era 9,20)

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Gravadora: Century Media Records
Pontos positivos: Thrash Metal bem tocado, pesado e com belos riffs.
Pontos negativos: ainda não achei. Nem todas as faixas são destaques, claro, mas todas mantém o nivel.
Para fãs de: Thrash Metal que curtem Metallica, Megadeth e Testament.
Classifique como: Thrash Metal




2 comentários:

  1. Bela resenha Moisés ! Gostei da sinceridade em relação ao que gosta de Thrash Metal.
    Não seria então Martyrs of Chicago o ponto negativo do álbum ?
    Não entendi sua nota 9,06 ?

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    Respostas
    1. Fala, Augusto!
      Curtiu o disco? E por que diachos você não entendeu a nota do Moisés? A propósito, minha nota foi razoavelmente mais baixa, ele é muito bonzinho!
      Abraço
      Trevas

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