Anvil - Pounding the Pavement |
Canadenses
Em Chamas
Por Trevas
Nem a careta do Lips mudou, Anvil - 2018 |
Bitch In The Box segue a toada de músicas com senso
de humor pastelão, ao discorrer sobre a frustração do vocalista/guitarrista Lips com a moça que doa a voz a seu GPS. Uma faixa midtempo com um baita
climão de AC/DC. O trio pisa no
acelerador em Ego (ver vídeo), uma,
vejam só...crítica política ao Estados Unidos de Trump e à falta de credibilidade da imprensa atual. Bons riffs,
bons solos e aquela bateria rolo compressor habitual de Robb Reiner.
Doing What I Want (com cara de Ozzy) e Smash Your Face (com algo de Black Sabbath) podem não trazer absolutamente
nada de novo, mas são muito bem produzidas e certamente proporcionam uma dose
justa de diversão àqueles em busca de um Rock
nada cerebral. A faixa título é uma daquelas instrumentais caprichadas que a
banda volta e meia escreve, uma aula de Heavy
Metal clássico e um dos destaques do
disco.
O trabalho segue com o roque para lá de simples de Rock that Shit, apenas ok, e o divertido
simulacro de Kiss(!?) Let It Go. A banda nos põe
para refletir novamente (ao menos na maneira Anvil de pensar) com Nanook
Of The North. Baseada no
documentário homônimo de 1922, considerado um marco da antropologia, a música
expia a culpa do povo canadense pela derrocada da cultura Inuit, fruto da ação constante das petrolíferas. Um número diferente
e bem legal. A Motörheadiana Black Smoke é outro dos grandes destaques de um disco que vem se mostrando
surpreendentemente inspirado.
O Black Sabbath retorna em
World Of Tomorrow, já a
derradeira Warming Up é uma deliciosa faixa que traz
aquela curiosa mistura de Metal e Jazz/Big band que a banda fez
na excelente Swing Thing de Hope In Hell. A edição nacional vem com uma música
bônus, a apenas razoável Don’t tell Me.
Veredito
da Cripta
Pounding The Pavement é apenas mais um típico disco do Anvil, o que poderia bem ser dito com algum grau de cinismo. Mas não
é o caso, aqui digo isso como um elogio, esse é Anvil dos bons. Não vai mudar o mundo, mas vai te fazer bater o pé
no ritmo de Reiner e cantarolar as
letras abobalhadas de Lips. Bem
divertido, enfim.
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Gravadora:
Shinigami Records (nacional).
Pontos
positivos: soa como Anvil em sua melhor forma
Pontos
negativos: soa como Anvil em sua melhor forma
Para
fãs de: AC/DC, Judas Priest
Classifique como: Heavy Metal
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