quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

VOJD – The Outer Ocean (Cd-2018)

VOJD - The Outer Ocean
Olá, Criptomaníacos
Como no resto do Brasil varonil, o ano da Cripta parece sempre começar após o Carrrrnaval. Sim, essa é a primeira resenha para um lançamento de 2018, e é bem especial por dois motivos. O primeiro: o disco acabou de sair, dia 23 passado, então estamos bem antenados com o mercado uma vez na vida, vejam só. O segundo motivo é que se trata de uma postagem feita por um convidado especialíssimo: Moisés Cipriano, o mentor e fundador do The Metal Club, a rede social 100%voltada para o Heavy Metal, na qual a Cripta baseia as notas dos discos. Fiquemos então com as palavras de nosso convidado especial, espero que curtam!
Abraços
Trevas


Moisés Cipriano, o convidado especial 
Máquina do Tempo Sueca
Por Moisés Cipriano

Provavelmente, você nunca ouviu falar no nome dos suecos do VOJD. Mas talvez você já tenha ouvido falar em Black Trip, Joseph Tholl ou Enforcer. Pois é, o VOJD é o novo Black Trip.

O Black Trip foi formado em 2004 e gravou dois álbuns em 2013 e 2015 já com Joseph Tholl nos vocais. Joseph é o guitarrista do Enforcer que se aventura muito bem nos vocais do Black Trip. Com a saída do baterista fundador do Black Trip e também do seu baterista sucessor, Joseph, Peter Stjarnvind (guitarra de trocentas bandas), Sebastian Ramsted  (guitarra) e Johan Bergeback (Baixo) resolveram convidar Anders Bentell (batera), rebatizar a banda para VOJD e seguir fazendo o mesmo heavy metal calcado nos anos 70, agora com uma roupagem ainda mais acessível aos ouvidos dos metaleiros e rockeiros.
Que fique claro que o VOJD tem um som original. Mas você pode esperar também influências claras de Thin Lizzy, Scorpions, e em menores doses, das fases setentistas do Rush, Purple e até Pink Floyd.

Shadowline, a pá de cal do Black Trip


O debut do VOJD, chamado Outer Ocean, possui 11 faixas, foi lançado em 23 de fevereiro de 2018, é um excelente álbum e possui alguns grandes destaques.

Break Out abre o debut com um heavy metal mais direto dando a impressão que vem por ai um heavy metal mais “enforcista” dos anos 80. Um engano. E uma bela faixa de abertura.



Delusions in the Sky, que ganhou o primeiro videoclipe (ainda podemos chamar assim?), é um dos principais destaques do álbum. Aqui, pela primeira vez, você irá se perguntar se esse o álbum contém a participação do falecido frontman do Thin Lizzy.


Secular Wire e a faixa-titulo The Outer Ocean não deixam a peteca cair. The Outer Ocean que pode ser traduzida como o “oceano externo” representa bem o momento dos integrantes que buscaram criar uma nova banda, conseguiram um novo selo e resolveram tocar a banda de forma mais profissional, conforme disse Joseph Tholl em entrevistas.


O album segue com mais um dos grandes destaques – Vindicated Blues. Essa música é daquelas que agrada a todos os ouvintes. Sim, digo todos, sem exceção. Aqui, você pode ouvir aqueles riffs dos alemães dos Scorpions criados com perfeição no final dos final dos ano 70 e início da déca de de 80. Seria Blackout, Loving you Sunday Morning, Big City Nights? Além das belas melodias, o vocal de Phil Lynott é novamente lembrado nessa faixa.

As três faixas seguintes mantém o nível e não decepcionam com guitarras dobradas e bons solos. Para mim, a faixa que fica um pouco aquém no álbum é Heavy Skies, onde as referências nos remetem à fase de Paul Dianno no Maiden o que não deixa de ser uma bela comparação.

Dream Machine, é uma viagem no tempo ou aos sonhos, como o nome sugere. A música começa mais lenta teletransportando o ouvinte às as baladas dos anos 70 com aquele quê de Pink Floyd. Então, de repente, a música vira um rockão-bluesão-jazzão louco.

VOJD - nem precisava falar que os caras curtem uma velharia, né?
Walked me Under eleva novamente o astral do álbum com melodia e uma segunda voz (ou seria a mesma?) que de alguma forma remetem à fase inicial dos canadenses do Rush. Mais um grande destaque.

O fechamento se dá com To The Light. Seria essa música uma parceria com o Nazareth? Mais uma referência? Pois é. Como não se espelhar nos anos 70 do boom do heavy metal? Afinal, todas as bandas têm um pé lá.

Veredito da Cripta

Existem albuns que nos pegam de primeira, certo? E claro, há outros, que com o tempo e muita digestão, se transformam em clássicos, Pois é, esse se enquadra no primeiro grupo. Grande debut dos suecos !!! O vocal do guitarrista do Enforcer é muito bom e combina com o estilo. A dupla de guitarristas entregam o resultado esperado. E a batera e o baixo são aparentes e se integram ao som. Parabéns VOJD. Vocês mandaram muito bem.


Gravadora: High Roller Records (importado).
Para fãs de: Thin Lizzy
Classifique como: Retro Rock, Heavy Metal



2 comentários:

  1. Boa resenha Moisés ! Parabéns ! Trevas agora pede pra ele resenhar para o Cripta o Omni. rsss

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    1. Fala, camarada! Já pedi, hehehhehehehhe, e vai ter!
      Abraço
      Trevas

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