Saxon - Thunderbolt |
Raios!
Raios Múltiplos!!!!
Por Trevas
Terceiro rebento da
parceria entre os titãs da NWOBHM e
o produtor Andy Sneap (Amon Amarth, Nevermore, Accept, Judas Priest), e contando novamente com a capa do ilustrador Paul Raymond Gregory
(parceiro desde os tempos de Crusader),
Thunderbolt chega com a difícil
missão de manter o impressionante alto padrão de qualidade dos discos recentes
do Saxon.
Poster do único show no Brasil em 2018 |
Olympus Rising introduz Thunderbolt, inspirada na mitologia Grega e primeira música de trabalho
(ver vídeo), que mantém a tradição da banda em caprichar a mão em suas faixas
títulos.
The
Secret Of Flight (ver vídeo) é excelente e já segue o padrão
mais moderno de composição que vem se fazendo comum desde o início da parceria
com Sneap. Curiosamente, a
modernidade é bem menos visível na produção do que em Sacrifice e Battering Ram. Talvez por pressão da banda, dessa
vez Andy trabalhou timbres e uma mixagem
mais abafados e em muito semelhantes ao som que banda adotou nos anos 1990. Nada
que atrapalhe, mas é o disco sonoramente menos impactante da tríade.
Em compensação, as composições estão inspiradíssimas nessa primeira
metade de disco. Nosferatu (The Vampire’s Waltz) é épica
e sombria, e pode muito bem fazer parte de qualquer coletânea que a banda lance
no futuro (ver vídeo). Na bela edição em digipack
lançada no brasil, ela ainda aparece em uma mixagem menos pomposa, que funciona
igualmente bem, obrigado.
Velocidade estonteante é o que encontramos em They Played Rock And Roll, que mostra que o Saxon encontrou inspiração em outras mitologias mais modernas, como
a do Rock. Tematicamente quase uma continuação
e And The Bands Played On, o petardo é uma sincera e muito bem-vinda homenagem a Lemmy Kilmister e sua trupe de vândalos musicais, e contém até mesmo
trechos de fala do mestre.
Bom, a partir daí o disco fica bem menos espetaculoso. Predator (com uma subaproveitada participação
de Johan Hegg, o ogro gigante do Amon
Amarth), Sniper, Sons Of Odin
e Speed Merchants (a mais fraca do disco, com letra reprisando a homenagem à
fórmula 1 feita em Warriors Of The
World) são bacanas, mas exploram
fórmulas tão comuns na discografia saxônica que acabam dando a impressão de que
o nível caiu um pouco.
Mas ainda assim há espaço para faixas de grande destaque, como A Wizard’s Tale (apesar da letra para
lá de idiota) e a faixa de encerramento Roadie’s
Song, uma bela homenagem àqueles que
fazem o show por detrás do show acontecer.
Saxon 2018, chutando mas bundas que você |
Veredito
da Cripta
A primeira metade dos curtos
quarenta minutos de Thunderbolt é
tão arrasadora que chega a empalidecer (injustamente) o restante do disco. Mais
um ótimo trabalho de uma das bandas mais prolíficas e equilibradas de sua
geração.
NOTA: 9,00
Visite o The Metal Club |
Gravadora:
Shinigami Records (nacional).
Pontos
positivos: a primeira metade do disco arrebenta
Pontos
negativos: produção um pouco aquém dos últimos trabalhos
Para
fãs de: Iron Maiden, Judas Priest
Classifique como: Heavy Metal
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