Soilworkaholics |
Muito disso por conta da faixa título, que abre o trabalho com seus majestosos 16 minutos de duração. Em uma estrutura digna de bandas clássicas de Rock Progressivo, essa música vagueia por momentos extremamente melódicos e calmos, com direito à pianos e saxofones, até trechos do mais típico metal extremo. Sim, a coisa ameaça por vezes desandar, e se isso não acontece, em muito se deve à capacidade colossal de Strid para criar melodias agradáveis. Ah, e sua versatilidade cresce a cada trabalho. Não diria se tratar de uma faixa que nasce clássica, mas com certeza é bem inventiva e única dentro da carreira dos caras. O que não é pouco, já que são muitos anos de estrada.
E as surpresas não param por aí. A deliciosa The Nothingness And The Devil adiciona ao catálogo do Soilwork um petardo que poderia muito bem servir à bandas de Metal Tradicional. Seria algo tipo Dio goes Melodeath! Exceto que os caras acham espaço para um solo à lá Pink Floyd.
Feverish desperta em seu início um tema de teclado que bem poderia servir ao Night Flight, mas aí somos jogados a um Blast Beat e aos vocais urrados de Strid, até culminar em uma ponte e refrão que definitivamente tem um pé no AOR, só que após doses cavalares de esteroides. Outra pérola!
Desperado joga na mistura um tema que remete a Westerns em meio a uma estrutura que já se aproxima mais à do Soilwork habitual. Muito boa. Por último, temos Death Diviner, uma belezura midtempo e com slide guitars, quase sem nenhum vocal sujo, uma espécie de elo perdido entre o Night Flight Orchestra e o Soilwork.
Muito mais que um simples catadão
de singles, A Whisp Of The Atlantic continua
a saga recente do Soilwork, de criar
discos inesquecíveis e variados em série. Matador! (NOTA:
8,78)
Gravadora: Nuclear Blast Records (importado)
Prós: a banda experimenta bastante, mas
mantém sua identidade
Contras: a faixa título pode soar
exagerada demais a alguns
Classifique como: Melodic Death Metal,
Prog Metal
Para Fãs de: In Flames, Opeth
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