terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Axel Rudi Pell – Sign Of The Times (CD-2020)


 

O Habitual Feijão Com Arroz & Chucrute
Por Trevas


A banda homônima do guitarrista teutônico chega aos 31 anos de estrada com a impressionante marca de 18 álbuns de estúdio (mais um de covers e uma penca de compilações e trabalhos ao vivo). Com uma formação estável (Bobby Rondinelli é o “novato” aqui e já está em seu terceiro disco com os caras), e novamente com o capitão do time assumindo a produção, vamos ao que o novo disco tem a oferecer.

A tradicional foto tosca dos encartes da banda

Após a obrigatória (dentro da fórmula para lá de testada do quinteto) introdução, Gunfire aparece: diretona e interessante, como costumam ser as primeiras faixas dos discos da banda. Johnny Gioeli é um dos grandes vocalistas do Hard/Heavy e claramente não desaprendeu o ofício.

Bad Reputation transita por aquele Hard/Heavy oitentista, que tantos amam. Nada brilhante, mas dá para bater o pezinho junto, sem nenhuma vergonha. A faixa título é mais um daqueles números épicos e algo misteriosos que sempre aparecem nos discos do guitarrista. Boa, mas não essencial. Aliás, esse é o problema aqui.


Quem conhece a carreira do Axel Rudi Pell sabe bem que ele nunca tentou ser um músico inovador, a fórmula de seus discos é batida e para lá de testada. E aqui não é diferente, temos os épicos midtempo, as faixas diretas e empolgantes e as baladas. De diferente, uma pegada mais classic rock (que vem sendo privilegiada após a adição de Bobby) e um menor exagero no tamanho das faixas. Ah e um pouquinho de Reggae na introdução de Living In A Dream. Sim, é pouca coisa para chamar efetivamente de novidade. Mas para quem aceita esse fato e curte a proposta, sem se importar com a repetição, a trupe raramente desaponta.

O que desaponta é o trabalho de bateria de Rondinelli ao longo do disco, de uma retidão e preguiça que por vezes lembra aqueles trabalhos dos anos 1990 em que as bandas usavam toscamente a bateria eletrônica (Running Wild me veio à mente aqui). A produção também está abaixo do patamar usual dos alemães. Ao optar por um som mais voltado para o classic rock, com a cozinha em destaque, Axel perdeu a mão e deixou a mixagem algo embaralhada e cansativa. Afora esses detalhes, é apenas mais um trabalho dentro de uma discografia bem homogênea, sem nada que o destaque dos irmãos mais velhos. Mas sem nada que desabone também. Axel Rudi Pell, enfim...(NOTA: 7,08)

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Gravadora: Shinigami Records (nacional)

Prós: mais um disco usual do quinteto alemão, sem novidades

Contras: mais um disco usual do quinteto alemão, sem novidades

Classifique como: Heavy Metal

Para Fãs de: Rainbow, Heaven & Earth


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