Escapando Para A Fronteira Com Estilo
Por Trevas
Gravado no mítico Budokan dois anos atrás, o novo ao vivo dos veteranos máximos do AOR estadunidense traz como grande atrativo a reprodução integral de dois dos maiores discos da banda: Escape e Frontiers. Lançado em formatos diferentes, a edição aqui analisada é a que inclui o show em Blu-Ray e traz os dois CDs, com mesmíssimo repertório.
Por Trevas
Gravado no mítico Budokan dois anos atrás, o novo ao vivo dos veteranos máximos do AOR estadunidense traz como grande atrativo a reprodução integral de dois dos maiores discos da banda: Escape e Frontiers. Lançado em formatos diferentes, a edição aqui analisada é a que inclui o show em Blu-Ray e traz os dois CDs, com mesmíssimo repertório.
Imagem
e Som
Como habitual para os
padrões do mala inveterado e perfeccionista assumido Neal Schon, o produto
lançado é dotado de enorme esmero técnico: som perfeito e imagem cristalina. A
edição não é daquelas frenéticas que dão a impressão de videoclipe gigante, os
ângulos das tomadas são bacanas e não ficam monopolizados em um ou dois dos
músicos. O som nos CDs também é excelente.
Banda
e Repertório
As performances são
tão perfeitas quanto a qualidade técnica, mas isso é de se esperar, faz parte
da mitologia Journeyana. A formação
é o mais perto da clássica que podemos esperar: o patrão Schon, cercado dos comparsas Jonathan
Cain (teclados), Ross Valory (baixo) e Steve Smith (bateria). Na voz, a grande
diferença, o filipino Arnel Pineda já não é exatamente uma
novidade, mas agora o cinquentão espoleta (que parece ter somente uns 30 anos)
já precisa que a banda adapte o tom das músicas (um tom abaixo, acho) para que
ele sobreviva às mais de duas horas de show segurando notas estratosféricas em
sons difíceis para qualquer mortal.
Mas o estranhamento não deve superar os primeiros minutos da abertura,
com Don’t Stop Believing. Arnel canta barbaramente e continua
quicando pelo palco, para desespero do patrão. Adicionalmente, o tecladista de
aluguel (que aparece aqui e acolá nas vezes em que Cain abandona seu posto para fazer a segunda guitarra) Travis Thibodaux ainda empresta seu gogó em Lay It Down, Frontiers e After The Fall, para descanso do gnomo filipino. Sobre o
repertório, quem espera cinicamente por uma burocrática execução fotocopiada
dos discos originais, terá uma grande surpresa: as músicas são apresentadas com
muito feeling, e com adições que nunca soam gratuitas. Temos também interlúdios
instrumentais e os solos de Schon, Cain e Smith, somente esse último podendo ser chamado de dispensável. De
bis para uma noite memorável, extensas versões para La Raza Del Sol e Loving’
Touchin’ Squeezin’. De “negativo”, somente o clima tranquilo demais da
comportada plateia nipônica.
Veredito
da Cripta
Live
In Japan 2017 soa melhor do que a soma das partes (Escape + Frontiers), e não estranhe se encontrar por aí algum fã que o chame
de registro definitivo do Journey em
vídeo. Excelente.
NOTA:
10
Gravadora: Eagle Vision/Universal
(importado)
Prós: Show extenso e excelente
Contras: somente a calmaria habitual do
Budokan
Classifique como: AOR
Para Fãs de: Foreigner, Toto
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