Sons Of Apollo - Psychotic Symphony |
Prog
Metal à Lá Michael Bay
Por Trevas
Supergrupos costumam
ser a prova cabal de que o ditado “de boas intenções o inferno está cheio” faz
muito sentido. E o atual status do mercado fonográfico tem fomentado o
surgimento de uma miríade dessas erráticas junções de astros do rock. E esse Sons Of Apollo é um exemplo dos mais
fortes line ups que já vi num supergrupo. A banda nasceu da promessa mútua que Derek Sherinian (teclados, Dream
Theater, Black Country Communion) e Mike Portnoy (bateria, Dream Theater, Transatlantic, Avenged Sevenfold, Adrenaline Mob...) fizeram de voltar a trabalhar
juntos, e o time foi completado por músicos de escolha do próprio Portnoy. Seus favoritos em atividade,
ao que parece. E realmente só temos feras por aqui: Billy Sheehan (baixo, Mr. Big) e Jeff Scott Soto (voz, Talisman, Journey, Axel Rudi Pell, WET e mais um bilhão de projetos...) já são figurinhas para lá de
carimbadas. Completando o time, talvez a grande aposta de Portnoy, o guitarrista de uma das 789 encarnações do Guns And Roses, o virtuose Bumblefoot. Para chamar ainda mais a atenção
de todos, foi informado que o Sons Of
Apollo marcaria o retorno triunfante do baterista ao estilo que o consagrou
(e que ele ajudou a levar ao Mainstream
junto à sua ex-banda, o Dream Theater): o infame Metal Progressivo. Vamos
ver o que nos aguarda nesse debut, produzido pela dupla mentora do projeto.
Os próprios filhos do Apolo, seria aquele amigo do Rocky? |
A longa e pesada God Of the
Sun tem um início promissor, mas
logo se perde em uma miríade de convenções e solos tão desnecessários quanto
genéricos, sintetizando o ponto falho de todo o disco: boas ideias diluídas em
toneladas de exibicionismo (coroado na irritante e interminável Opus Maximus).
E o que que é pior, em nenhum momento temos a menor impressão de que o Sons, a despeito do quilate dos
talentos envolvidos, se esforça para ter uma cara própria. Não mesmo. Tudo soa
como uma colagem desesperada de qualquer coisa já feita anteriormente dentro do
combalido Prog Metal. Ou, em termos vocais, com qualquer projeto que Jeff Scott Soto já tenha
montado. Coming Home, por exemplo, parece saída de um dos esquecíveis discos
modernos do Ozzy.
Já Alive poderia ser
confundida facilmente por uma balada mediana esquecida do Talisman refeita sobre o ponto de vista do projeto. As
interessantes ideias vocais se perdendo na necessidade de mostrar uma
complexidade que a música não pede em nenhum momento.
E há até mesmo um simulacro de
Deep Purple (fase Perfect Strangers) com uma pitada de Dio fase Sacred Heart, na passável Divine Addiction. Se em termos criativos tudo soa derivativo e
desinteressante, tecnicamente o disco atinge o que se espera. A bateria
tresloucada de Portnoy casando com o
baixo eu-queria-ser-guitarrista de Sheehan.
Soto fazendo o mesmo de sempre de
forma para lá de competente. Sherinian
destilando seus solos metalizados e brincando com timbres diferentes de hammond. E Bumblefoot se esmerando em riffs de metal moderno já vistos outras
789 vezes e solos fritados e sem alma que farão as viúvas dos shredders oitentistas molharem as
calcinhas.
Veredito
da Cripta
Psychotic Symphony talvez soe como o paraíso para
alguns, em especial aos fãs daquela vertente Prog Metal “tiruliruli-tirulirulu”
que tem em seu maior expoente a quiche de chuchu chamada Dream Theater. Honestamente, me soou como o equivalente
musical de um filme do Michael Bay. E isso está longe de ser um
elogio.
NOTA:
4,97
Adicionar legenda |
Gravadora:
Hellion Records (nacional).
Pontos
positivos: alguns bons refrães e a sempre boa voz de Soto
Pontos
negativos: sem personalidade e lotado de convenções e exibicionismo gratuitos
Para
fãs de: Dream Theater
Classifique como: Prog Metal
Só escutei uma música até agora, achei bacana e tal, mas a desconfiança bate forte, mais q a curiosidade... Qdo eu escutar devidamente, se eu lembrar e valer a pena, voltarei aqui pra comentar.
ResponderExcluirNota 4,97... Rindo até a 497ª reencarnação... KKKKKKKKKKKKKKKKKK
Abs!
ML
Fala, Marcello!!
Excluir4,97 é um número cabalístico gwhahhahahahahha
Achei purgante sabor jiló estragado.
Abraço
T