quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Omega Blast – Omega Blast (Cd-2017)

Omega Blast  (Cd-2017)

Exército de Um Homem Só
Por Trevas

Originária de Petrópolis, região Serrana do Estado do Rio de janeiro, a Omega Blast é aquele tipo de banda muito mais comum no cenário do Black Metal nórdico: a famigerada One Man Band. O Braddock/Rambo no caso é Guilherme de Siervi, também conhecido por seus trabalhos guitarrísticos junto às bandas Syren e Skyrion. O primeiro rebento, homônimo, por enquanto só está disponível em mídias digitais. Então, ponhamos o Spotify para funcionar e vamos conferir Omega Blast, o disco.

Guilherme de Siervi, Braddock Heavy Metal
Are You Afraid abre o disco de forma avassaladora, e o que ouvimos aqui é uma versão ultra pesada e moderna dos conceitos europeu e americano de Power Metal. E se a proficiência de Guilherme nas guitarras já é conhecida por aqueles afeitos aos trabalhos do Skyrion, sua performance vocal se faz uma grata surpresa. Num enfoque que em muito me lembra o (ótimo) trabalho do finlandês Marco Hietala à frente de seu veteraníssimo combo Heavy Metal Tarot. O peso e urgência continuam na forte Putrid Faded World, que a despeito da carga melódica de seu refrão, bem poderia estar em Crucible, disco mais pesado da carreira solo do mestre Halford.


Primeira música de trabalho, Fire at Will (ver vídeo) é simplesmente uma das melhores coisas feitas no estilo nesse muito bem recheado 2017. Ótimas guitarras e um refrão daqueles para ficar eternamente grudado nessa geleia de abacaxi que você tem no lugar do cérebro.


Shadows On Your Grave (ver vídeo), vem com uma boa dose de dramaticidade na interpretação vocal, numa profusão de riffs cortantes e ótimos solos. O implacável ritmo enfim diminui um pouco na bela The Signs Between The Lines, que traz um dueto de Guilherme com Mariana Figueiredo (Chronicode, ex-Melyra), uma das mais promissoras vozes femininas de nosso país.


A velocidade retorna na furiosa, direta e Halfordiana faixa título, a mais pesada da bolachinha digital. E logo em seguida Guilherme faz sua melhor performance vocal na excelente Death In Life, uma “quase Power Balada” ornada por ótimos solos de guitarra e refrão inspirado.


The Bringer Of Evil devolve o peso ao trabalho, com participações de Guilherme Sevens (voz, Painside) e Alex Macedo (guitarra solo, Syren), mas a despeito dos convidados, a faixa não empolga tanto. A complexa e moderna Welcome, com guitarras que evocam até um pouco de Black Metal se sai bem melhor, com seu refrão excelente, um dos destaques do disco, que termina seus vigorosos 43 minutos com Inner Hate e suas referências (ainda que) homeopáticas ao Symphonic Metal.


Veredito Final

Omega Blast, o disco, é pesado e muito bem elaborado. Um trabalho que traz uma mescla para lá de interessante de diversos subgêneros dentro do Heavy Metal, mas com cara própria e revestido de uma bem-vinda modernidade. Uma promissora estreia!


NOTA: 8,34

Somente em mídias digitais
Pontos positivos: peso e modernidade aliados a boas composições
Pontos negativos: nada a destacar
Para fãs de: Tarot, Vicious Rumors, Halford
Classifique como: Power Metal, Heavy Metal



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