domingo, 27 de dezembro de 2015

Curtas: The Vintage Caravan, Ghost, Taste, Thunder

The Vintage Caravan, Ghost, Taste, Thunder



The Vintage Caravan - Arrival
The Vintage Caravan – Arrival (Cd-2015)

Retro Rock da Terra da Bjork!

Ok, banda fazendo Retro Rock não é mais novidade alguma, certo? Mas e quando a banda em questão vem da Islândia e é formada por adolescentes, aí você tem que dar o braço a torcer: isso sim é novidade! Formada em 2006 por garotos de aproximadamente 12 anos de idade, o Vintage Caravan lançou seu terceiro disco, Arrival, em maio de 2015. E cara, que disco legal. A faixa de trabalho Crazy Horses remete a Hendrix e Pride & Glory  e o som dos garotos tem um paralelo grande com o dos estadunidenses do Radio Moscow, com doses cavalares de Mountain. Nas faixas mais épicas, há um pouco também de Lucifer’s Friend e Rainbow. A destacar, as excelentes Babylon e Winter Queen e a absurda qualidade das guitarras do imberbe Óskar Logi Ágústsson, que também assume a responsabilidade pelos apenas corretos vocais.  

NOTA: 78

Classifique como: Retro Rock
Para fãs de: Radio Moscow, Hendrix, Graveyard

Old enough to rock your socks off!

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Ghost - Meliora
Ghost – Meliora (Cd -2015)

Um Fantasminha Camarada

Frequentemente me colocam no meio da inóspita discussão sobre o papel do Ghost no metal atual. Sempre me perguntam o que acho da banda, geralmente na esperança que eu desanque impiedosamente os mascarados. Sorry, não é o caso. Adorei Opus Eponymous, com suas toneladas de referências, em especial ao meu amado Blue Öyster Cult (com pitadas generosas de Mercyful Fate). Ah, então você adora os caras? Também não. Infestissumam passou pelo meu toca discos sem chamar nem um pouco a atenção uma pá de vezes. O fato é que fui conferir esse Meliora, com sua temática inspirada em Metropolis, sem saber o que acho da banda. E confesso que escutei o disco diversas vezes com um ponto de interrogação na fuça. Spirit e Cirice (uma de minhas favoritas do ano, por acaso), com sua aura de filme Z de terror são deliciosas, tal qual From the Pinnacle To The Pit.

O Papa e sua comitiva profana
Por outro lado, Mummy Dust é tão insuportável que me dói crer que algum produtor não tenha vetado essa bagaça de entrar no disco. Tem também algumas peças sem muito sal, como Majesty e He is. Mas veja só, as faixas que fecham o trabalho, Absolution e Deus In Absentia são para lá de boas. Enfim, uma banda que consegue polarizar opiniões dentro do mesmo disco, mas que vale uma checada: forme sua opinião por conta própria e deixe de lado os preconceitos babacas da cena.

NOTA: 74

Classifique como: Heavy Rock, Occult Rock
Para fãs de: Blue Öyster Cult


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Taste - What's Going On
Taste - What's Going On: Live at the Isle of Wight 1970 (Cd -2015)

Rory Gallagher – A Origem!

Volta e meia as gravadoras nos premiam com belezuras retiradas do alto de suas prateleiras empoeiradas. No caso aqui, temos o resgate remasterizado da antológica apresentação de um power trio pouco falado, mas de muito valor: trata-se do Taste, banda irlandesa responsável por catapultar a carreira de ninguém menos que Rory Gallagher. A apresentação em questão foi retirada do mítico festival realizado na Ilha de Wight em 1970. O som é cru e o mesmo tempo impressionante, com a banda toda esmerilhando seu Blues Rock envenenado com doses cavalares de Jazz. Rory, mesmo na tenra idade de 22 anos já era um fenômeno, não à toa merecendo citações extremamente elogiosas por parte de ninguém menos que Hendrix. O show foi lançado também em DVD, LP e Blu-ray, mas não pude ainda conferir a qualidade da contraparte visual. Recomendo!!!

Nota: 86

Classifique como: Blues Rock, Classic Rock
Para fãs de: Cream, Hendrix, Rory Gallagher


Rory nos primórdios



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Thunder - Wonder Days
Thunder – Wonder Days (Cd – 215)

Trovão Velho Ribomba Alto

Uma das maiores promessas do Hard britânico, o Thunder falhou retumbantemente em espelhar seu sucesso caseiro em outras paragens. Com a exceção do Japão, o resto do mundo nunca deu a mínima para os caras, mesmo com o lançamento de discos do quilate de Back Street Symphony e Laughing On Judgement Day. Talvez o crescimento do Grunge possa ser culpado por isso, talvez as turbulências internas é que sejam os verdadeiros demônios. Deixa para lá, o importante é que os caras resolveram trazer seu Hard classudo repleto de Blues em ótima forma para o ano de 2015. A voz de Danny Bowes envelheceu muito bem, por vezes lembrando a forma atual do também rouco veterano Jimmy Barnes. Diria se tratar da provável melhor performance vocal do ano. A faixa título, com um clima pesado, remete a uma bem vinda mistura de Led e Rainbow. The Thing I Want é o paraíso do Hard clássico. The Rain põe um bocado de folk britânico no liquidificador e Black Water tem sua excelência no equilíbrio entre o Hard e o Blues.

Será que os velhinhos já conhecem o Trovão Azul?
The Prophet tem muito de Lights Out em sua estrutura e um solo Blackmoriano, já Resurrection Day é uma balada bacana e nada mais. O ritmo levanta novamente com a rifferama da correta Chasing Shadows, mas curiosamente o disco demora a recuperar a qualidade de sua primeira metade. A redenção vem com a ótima e dramática When The Music Played. Serpentine também arregaça, e a essa altura mesmo que I Love The Weekend não fosse um delicioso rockão conseguiria tirar o sorriso do rosto do ouvinte. Wonder Days é um disco para lá de bom, uma grata surpresa vinda de uma banda que parecia não ter mais muito a mostrar. Discaço.

NOTA: 86

Classifique como: Hard Rock, Blues Rock, Classic Rock
Para fãs de: Badlands, Deep Purple, UFO, Whitesnake



4 comentários:

  1. Trevas, biba máxima.

    Resolução de 2016: conhecer Mr. Gallagher.

    Thunder: vi os caboclos abrindo pro Maiden uns 500 anos atrás. Correto, nada mais. Daí sumiram e larguei de mão.

    Os moleques: referências demais me deixam a impressão de que uma banda acaba soando como todas e nenhuma.

    Ghost: continuo achando uma bosta e só. Meliora é até audível mas não "meliora" muito...

    Beijundas e abrecetas. Inte 2016.

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    1. Krillzudo, quanto tempo!
      Comeste muita rabanada? Encheste muito a boca de peru?
      Então, referências são importantes apenas para o resenhista medíocre tentar guiar através de palavras mal escolhidas o leitor tacanho, traduzindo porcamente o som em verborragia diarreica. Não necessariamente os caras tentam imitar o que cito. Vale uma xerecada.

      Ghost é bacana, mas também não vai mudar sua vida. O Metallica vem fazendo discos muito piores que os caras tem 789 anos e vc não fica bolado com eles, veja só.

      Rory tem que ser conhecido, fato.

      Thunder é bacana, não vai mudar sua vida, mas como grande fã de UFO, cheque o novo disco.

      Bjundis e bom 2016!!!
      T

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  2. Trevas, biba máxima.

    Resolução de 2016: conhecer Mr. Gallagher.

    Thunder: vi os caboclos abrindo pro Maiden uns 500 anos atrás. Correto, nada mais. Daí sumiram e larguei de mão.

    Os moleques: referências demais me deixam a impressão de que uma banda acaba soando como todas e nenhuma.

    Ghost: continuo achando uma bosta e só. Meliora é até audível mas não "meliora" muito...

    Beijundas e abrecetas. Inte 2016.

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