The Darkness, 5FDP, Def Leppard, Voodoo Hill |
The Darkness - Last Of Our Kind |
The Darkness
– Last Of Our Kind (Cd – 2015)
Finalmente
honrando a fama
Lutando bravamente para se manter no mainstream,
onde fora jogada desde seu surpreendente debut em 2003, The Darkness começa Last Of
Our Kind com sua provável melhor música desde sempre, a deliciosa Barbarian (ver o excelente vídeo). Open Fire segue com uma intro que não
assustaria num disco do The Cult e
um refrão daqueles, pelo qual bandas de Hair Metal dos anos 1980 seriam capazes
de matar a própria mãe. A produção excelente e com muito punch deixa até mesmo
os polarizadores falsetes do ótimo Justin
Hawkins bem na cara, além de que eles não sejam a tônica das músicas aqui. Mas
sim, eles se fazem presentes em alguns momentos – como na ótima faixa título e
em Mudslide. Um disco enxuto, com pouco mais de quarenta
minutos, Last Of Our Kind tem em sua
maior qualidade mesclar suas boas composições oitentistas (tente Sarah O’Sarah e Mighty Wings) com uma sonoridade moderna. Não sei se Last Of Our Kind vai ser capaz de
justificar o status de banda Mainstream dos caras, mas sei que é um disco para
ser escutado de uma tacada só, sem pular músicas, bem divertido.
NOTA: 82
Classifique como: Hard Rock
Para fãs de: bandas de Hair Metal em geral
Justin e sua trupe, há época da gravação do disco |
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5FDP - Got Your Six |
Five Finger
Death Punch – Got Your Six (Cd – 2015)
Comida (de
Macho) requentada
Um dos Representantes máximos do metal de arena moderno,
a banda estadunidense tinha uma missão árdua em superar a surpreendente reação
que as duas partes de Wrong Side Of
Heaven And The Righteous Side Of Hell receberam da imprensa especializada. Dessa vez o 5FDP escolheu por deixar o som ainda mais direto, apostando no que faz melhor,
um Heavy Metal com letras bem Macho-man com riffs contagiantes executados cirurgicamente
por guitarras de oito cordas. Algo como um Disturbed
mais encorpado. Nada muito elaborado, mas muito bem executado. O primeiro
single, Jekyll And Hyde dá bem a
pista do todo do material encontrado aqui. Mas o problema é que a banda começa
a se repetir bastante, e mesmo boas faixas algo radiofônicas como My Nemesis, Digging My Own Grave e Wash It All Away começam a dar aquela
impressão de comida requentada. Ah, e as faixas mais pesadas como No Sudden Movement e Boots And Blood, apesar de competentes, também estão bem atrás de
petardos dos discos anteriores. Enfim, um disco apenas correto, o que é pouco
para uma banda que almeja atingir o topo do mundo metálico (e que tem apoio de
uma grande gravadora para isso).
NOTA: 70
Classifique como: Modern Heavy Metal
Para fãs de: bandas de: Disturbed, Adrenaline
Mob
Tio, podemos passar o Reveillon na sua casa? 5FDP 2015 |
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Def Leppard |
Def Leppard
– Def Leppard (Cd – 2015)
Muito
Marketing, pouca música
Logo na introdução da faixa de abertura Let’s Go, Joe Elliot nos pergunta repetidamente: “Do You really, really Wanna Do This Now?” Deveria ter prestado mais
atenção na pergunta. Aceitei o desafio e o que veio aos meus ouvidos, a
despeito de todo o Hype que envolveu o lançamento desse novo disco, foi uma versão
pasteurizada do Def Leppard em sua
fase áurea. Nem todo o marketing do mundo conseguiria salvar músicas como Energized, Last Dance e We Belong,
que passariam muito bem como trabalhos de qualquer boy band da moda. Ah, claro
que tudo é muito bem feito e se você realmente tentar, há de achar umas quatro
ou cinco faixas que não fariam vergonha em meio aos melhores discos dos
britânicos. Entre elas colocaria Dangerous,
All Time High, Battle Of My Own, Wings Of An
Angel e Sea Of Love. Deixando
bem claro que nenhuma delas pode ser considerada postulante a novo clássico dos
caras. De resto nada substancialmente acima do padrão de qualidade que a banda
vem seguindo desde Adrenalize.
Enfim, muito pouco para uma banda que já há tempo nos deve um disco realmente
bom.
NOTA: 63
Classifique como: Hard Rock/AOR
Para fãs de: Hard bem, mas beeeem açucarado
Tio, podemos passar o Reveillon na sua sauna? Def Leppard 2015 |
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Voodoo Hill - Waterfall |
Voodoo Hill
– Waterfall (Cd – 2015)
Batendo
na trave
Voodoo Hill
é o projeto do guitarrista italiano Dario
Mollo (Crossbones, The Cage) em conjunto com Glenn Hughes e Waterfall é o terceiro lançamento da dupla em longos quinze anos. A
sonoridade, assim como nos dois discos anteriores, fica num equilíbrio entre o
Hard Rock, AOR e pitadas de Classic Rock. Para muitos, o projeto traz um certo
alívio por não ter as doses de funk que Mr. Hughes costuma imprimir em seus trabalhos solo. Vocalmente, o
approach opta pelo meio termo entre o período mais hard de Glenn e seu trabalho no Black
Country Communion. Dario é um
bom guitarrista que tem como trunfo o bom gosto nos timbres e composições, não
pecando pelo exagero como outros guitarristas talentosos costumam fazer. A
produção beira a perfeição e é uma pena que Waterfall sofra com a inconstância do material. A faixa de
abertura, All That Remains é bonita
e marca uma tendência da banda, as faixas mid tempo costumam se sair muito
melhor que as mais diretas e roqueiras. Que bom que as temos em bom número,
como a ótima faixa título e Underneath
and Down Below (onde Dario evoca
inspiração Blackmoriana). Das mais diretas, destaco Evil Thing, Rattle Shake
Bone e Eldorado. Não fosse o
restante do disco de uma mediocridade algo preguiçosa, estaríamos de frente para
um dos grandes lançamentos do estilo nesse ano de 2015.
NOTA: 76
Classifique como: Hard Rock
Para fãs de: Rainbow fase Joe Lynn Turner, Glenn
Hughes em sua fase mais Hard Rock.
Dario e Glenn: não, eu não quero saber onde esses caras cortam os cabelos! |
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