quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Curtas: The Darkness, Five Finger Death Punch, Def Leppard, Voodoo Hill

The Darkness, 5FDP, Def Leppard, Voodoo Hill



The Darkness - Last Of Our Kind
The Darkness – Last Of Our Kind (Cd – 2015)

Finalmente honrando a fama

Lutando bravamente para se manter no mainstream, onde fora jogada desde seu surpreendente debut em 2003, The Darkness começa Last Of Our Kind com sua provável melhor música desde sempre, a deliciosa Barbarian (ver o excelente vídeo). Open Fire segue com uma intro que não assustaria num disco do The Cult e um refrão daqueles, pelo qual bandas de Hair Metal dos anos 1980 seriam capazes de matar a própria mãe. A produção excelente e com muito punch deixa até mesmo os polarizadores falsetes do ótimo Justin Hawkins bem na cara, além de que eles não sejam a tônica das músicas aqui. Mas sim, eles se fazem presentes em alguns momentos – como na ótima faixa título e em Mudslide.  Um disco enxuto, com pouco mais de quarenta minutos, Last Of Our Kind tem em sua maior qualidade mesclar suas boas composições oitentistas (tente Sarah O’Sarah e Mighty Wings) com uma sonoridade moderna. Não sei se Last Of Our Kind vai ser capaz de justificar o status de banda Mainstream dos caras, mas sei que é um disco para ser escutado de uma tacada só, sem pular músicas, bem divertido.
                                                                                                                                              
NOTA: 82

Classifique como: Hard Rock
Para fãs de: bandas de Hair Metal em geral

Justin e sua trupe, há época da gravação do disco

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5FDP - Got Your Six
Five Finger Death Punch – Got Your Six (Cd – 2015)

Comida (de Macho) requentada

Um dos Representantes máximos do metal de arena moderno, a banda estadunidense tinha uma missão árdua em superar a surpreendente reação que as duas partes de Wrong Side Of Heaven And The Righteous Side Of Hell receberam da imprensa especializada. Dessa vez o 5FDP escolheu por deixar o som ainda mais direto, apostando no que faz melhor, um Heavy Metal com letras bem Macho-man com riffs contagiantes executados cirurgicamente por guitarras de oito cordas. Algo como um Disturbed mais encorpado. Nada muito elaborado, mas muito bem executado. O primeiro single, Jekyll And Hyde dá bem a pista do todo do material encontrado aqui. Mas o problema é que a banda começa a se repetir bastante, e mesmo boas faixas algo radiofônicas como My Nemesis, Digging My Own Grave e Wash It All Away começam a dar aquela impressão de comida requentada. Ah, e as faixas mais pesadas como No Sudden Movement e Boots And Blood, apesar de competentes, também estão bem atrás de petardos dos discos anteriores. Enfim, um disco apenas correto, o que é pouco para uma banda que almeja atingir o topo do mundo metálico (e que tem apoio de uma grande gravadora para isso).

NOTA: 70

Classifique como: Modern Heavy Metal
Para fãs de: bandas de: Disturbed, Adrenaline Mob

Tio, podemos passar o Reveillon na sua casa? 5FDP 2015

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Def Leppard
Def Leppard – Def Leppard (Cd – 2015)

Muito Marketing, pouca música

Logo na introdução da faixa de abertura Let’s Go, Joe Elliot nos pergunta repetidamente: “Do You really, really Wanna Do This Now?” Deveria ter prestado mais atenção na pergunta. Aceitei o desafio e o que veio aos meus ouvidos, a despeito de todo o Hype que envolveu o lançamento desse novo disco, foi uma versão pasteurizada do Def Leppard em sua fase áurea. Nem todo o marketing do mundo conseguiria salvar músicas como Energized, Last Dance e We Belong, que passariam muito bem como trabalhos de qualquer boy band da moda. Ah, claro que tudo é muito bem feito e se você realmente tentar, há de achar umas quatro ou cinco faixas que não fariam vergonha em meio aos melhores discos dos britânicos. Entre elas colocaria Dangerous, All Time High, Battle Of My Own, Wings Of An Angel e Sea Of Love. Deixando bem claro que nenhuma delas pode ser considerada postulante a novo clássico dos caras. De resto nada substancialmente acima do padrão de qualidade que a banda vem seguindo desde Adrenalize. Enfim, muito pouco para uma banda que já há tempo nos deve um disco realmente bom.

NOTA: 63

Classifique como: Hard Rock/AOR
Para fãs de: Hard bem, mas beeeem açucarado

Tio, podemos passar o Reveillon na sua sauna? Def Leppard 2015

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Voodoo Hill - Waterfall
Voodoo Hill – Waterfall (Cd – 2015)

Batendo na trave

Voodoo Hill é o projeto do guitarrista italiano Dario Mollo (Crossbones, The Cage) em conjunto com Glenn Hughes e Waterfall é o terceiro lançamento da dupla em longos quinze anos. A sonoridade, assim como nos dois discos anteriores, fica num equilíbrio entre o Hard Rock, AOR e pitadas de Classic Rock. Para muitos, o projeto traz um certo alívio por não ter as doses de funk que Mr. Hughes costuma imprimir em seus trabalhos solo. Vocalmente, o approach opta pelo meio termo entre o período mais hard de Glenn e seu trabalho no Black Country Communion. Dario é um bom guitarrista que tem como trunfo o bom gosto nos timbres e composições, não pecando pelo exagero como outros guitarristas talentosos costumam fazer. A produção beira a perfeição e é uma pena que Waterfall sofra com a inconstância do material. A faixa de abertura, All That Remains é bonita e marca uma tendência da banda, as faixas mid tempo costumam se sair muito melhor que as mais diretas e roqueiras. Que bom que as temos em bom número, como a ótima faixa título e Underneath and Down Below (onde Dario evoca inspiração Blackmoriana). Das mais diretas, destaco Evil Thing, Rattle Shake Bone e Eldorado. Não fosse o restante do disco de uma mediocridade algo preguiçosa, estaríamos de frente para um dos grandes lançamentos do estilo nesse ano de 2015.

NOTA: 76

Classifique como: Hard Rock
Para fãs de: Rainbow fase Joe Lynn Turner, Glenn Hughes em sua fase mais Hard Rock.

Dario e Glenn: não, eu não quero saber onde esses caras cortam os cabelos!

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