Lucifer I (Cd - 2015) |
Reerguido Das Cinzas
Por
Trevas
Ano passado uma nova
banda - The Oath - capitaneada por
duas pequenas loiras, surpreendeu o mundo do rock pesado duas vezes. A primeira
vez, ao lançar a bolachinha homônima, listada em muitas revistas e sites
especializados como um dos melhores discos do ano. A segunda ao, pouco depois
do lançamento do primeiro rebento, anunciar o fim de suas atividades. O motivo:
diferenças pessoais irreconciliáveis entre a guitarrista sueca Linnéa Olsson e a vocalista alemã Johanna Sadonis.
Olsson e Sadonis = The Oath |
E veja só, Johanna Sadonis
também foi pega de surpresa pelo desmantelamento de sua banda. Já então cheia
de planos para um novo disco, foi um alento para ela saber que a cozinha de sua
antiga banda estava a seu lado para uma nova empreitada. Mas faltava uma peça
importante: um guitarrista. Eis que um encontro casual com Lee Dorrian, que por anos ostentou o microfone junto ao Cathedral, resolveu miraculosamente a
questão: “Por que você não chama Gaz,
ele é um ótimo guitarrista”! Sim, o “Gaz”
em questão é o mestre por traz dos riffs do Cathedral, Gaz Jennings.
Johanna se mostrou incrédula com a
sugestão, mas não mais incrédula do que com o aceite do lendário guitarrista. Gaz se juntaria ao novo projeto,
intitulado Lucifer, ao menos em
estúdio.
Lucifer e a esfinge |
Tendo como engenheiro de som Ingo
Krauss (que também trabalhou recentemente com o Kadavar), todas as músicas foram compostas pela dupla Sadonis/Jennings e evocam um rock
pesado à lá anos 1970, com pitadas marcantes de psicodelia e muito ocultismo
nas letras. Bom, quanto ao ocultismo, a capa e títulos como Abracadabra, Purple Pyramid, Sabbath
e Izrael (ver clipe) logo entregam o
jogo.
No geral, temos a junção de riffs sabáticos típicos de Gaz com a doce e algo misteriosa voz de
Sadonis, que muitas vezes parece uma
versão mais crua e vintage da Anneke
dos primórdios (The Gathering circa Mandylion). A
cozinha é bastante competente, e ainda temos alguns teclados adornando o
resultado final.
Sadonis em destaque na capa da Decibel |
A
produção é direta e com aquela aura esfumaçada de outrora, e todas as músicas
são muito boas, fazendo os 43 minutos passarem voando. Um disco daqueles que você
acaba por escutar por muitas vezes seguidas! Ah e o nome da bolacha parte da
promessa de Johanna: haverá uma
parte II. Aguardemos a segunda vinda de Lucifer,
então!
NOTA: 93
Prós:
Peso
e doçura mesclados com uma aura mística.
Contras:
Um
pouco curto demais.
Classifique
como: Retro Rock, Stoner, Ocult Rock
Para
Fãs de: Death Penalty, Purson, Jess and The Ancient Ones
Ficha
Técnica
Banda:
Lucifer
Origem:
ALE
Disco
(ano): Lucifer I (2015)
Mídia:
CD
Lançamento:
Rise Above Records (importado)
Faixas
(duração): CD - 8 (43’)
Produção:
Lucifer
Arte
de Capa: Johanna Sadonis
Formação:
Johanna
Sadonis – voz e teclados;
Dino
Gollnick – Baixo;
Gaz
Jennings – Guitarra;
Andrew
Prestidge – Bateria.
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