Black Star Riders + Lindemann + Halestorm + Disturbed |
Black Stard Riders - The Killer Instinct |
Black Star Riders –The Killer Instinct (CD -2015)
Um Spin-Off de Responsa
Uma espécie de spin-off da versão
ressurreta do Thin Lizzy, o BSR hoje conta apenas com um músico em
sua formação que tenha passado pelo combo irlandês de Phil Lynnot. Ok, esse membro é ninguém menos que o guitarrista
americano Scott Gorham, que
efetivamente colaborou um bocado para o som do Lizzy que aprendemos a amar. Nesse segundo tento a expectativa era
de se distanciar um pouquinho da obra Lizzyana, com a ajuda de gente do calibre
de Ricky Warwick (The Almighty), Jimmy DeGrasso (Megadeth,
Ozzy, Dave Lee Roth, etc.), Damon
Johnson (Alice Cooper) e Robbie Crane (Ratt, Lynch Mob). Com
ótima produção por parte de Nick
Raskulinecz (Foo Fighters, Rush, Ghost), fica difícil não lembrar do Thin Lizzy em petardos como Bullet
Blues, Turn In Your Arms e a
faixa título. Mas há espaço realmente para músicas muito mais antenadas com o
rock mainstream estadunidense, como a xarope Finest Hour. Já em outros casos como a boa Soldierstown, dá para imaginar se não seria esse o caminho que o Lizzy teria seguido caso Phil ainda estivesse vivo. Enfim, The Killer Instinct não tira o BSR dos trilhos em relação às raízes,
mas mostra que os caras tem um grande tino para produzir discos divertidos e
bem feitos, repletos de músicas e riffs que ficam na cabeça e que podem agradar
a gerações diferentes de fãs. Muito legal.
NOTA: 80
Classifique como: Hard Rock, Classic Rock
Para
fãs de: Thin Lizzy (dã)
Black Star Riders 2015 |
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Lindemann - Skills In Pills |
Lindemann – Skills In Pills (Cd -2015)
Incorreção Política em 10 Lições
Aproveitando uma torrente
criativa e o então interminável hiato nas atividades do Rammstein, o vocalista grandalhão Till Lindemann encontrou no multi-instrumentista sueco Peter Tägtgren uma válvula de escape
para suas ideias doentias. Nomeado Lindemann
por uma certa pressão da gravadora, o novo projeto na verdade parece uma versão
mais crua e direta da banda alemã, bebendo também em muito do Pain, uma das bandas de Peter. Ou seja, o jogo aqui é Metal
Industrial. Se criativamente não há nada de muito novo aqui, o cara precisa ser
muito rabugento para não se divertir ao menos um pouco com preciosidades como a
bizarra Praise Abort, a faixa título
ou Golden Shower (“Let me sip champagne,
let cry your pinky flower, gimme gimme Golden Shower”). Pérolas da
incorreção política que se tornam ainda mais especiais pela escolha de Peter por alguns timbres de teclado
propositalmente ultrapassados e no uso do inglês como língua, com o sotaque
macarronesco de Till fazendo tudo
soar assustadoramente engraçado, bem cine trash. Todas as músicas aqui são
interessantes e a produção do sueco, responsável por tudo exceto os vocais,
equilibra bem entre a grandiosidade e a crueza. Extremamente divertido.
NOTA: 80
Classifique como: Industrial Metal
Para
fãs de: Rammstein, Pain, Deathstars
Bolsonaro chamaria esse belo casal para um jantar? |
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Halestorm - Into the Wild Life |
Halestorm – Into the Wild Life – Deluxe Edition (Cd – 2015)
Talento Pasteurizado Rumo ao Topo
Os irmãos Lzzy (voz e guitarra) e Arejay
Hale (bateria) podem ser cinicamente apresentados como uma espécie de Sandy e Júnior do Hard americano. Na
estrada desde tenra idade, finalmente eles explodiram com o disco The Strange Case Of, um misto de Hard
Rock vigoroso com pitadas um pouco demais de um pop rock mundano. Lzzy é uma das vozes mais poderosas da
nova geração e uma frontwoman de raro talento, e com um Grammy em mãos,
imaginei que talvez eles pudessem dar um passo à frente e lançar um discaço de
Hard Rock. Infelizmente o caminho que os irmãos escolheram foi o do Mainstream,
optando por uma produção hollywoodiana que cairia como uma luva para as Pinks e Britneys da vida, mas que dilui o potencial de rockões como Scream, I Am The Fire, Sick
Individual e Amen colocando a
voz de Lzzy lá na estratosfera em
conjunto com efeitos em profusão. O restante da banda fica enterrado no mix, em
especial as guitarras. Ah, e ainda temos baladas radiofônicas em profusão,
resvalando no pop mais rasteiro, como a pavorosa Dear Daughter. Mas não, não estou dizendo que se trata de um disco
ruim, em absoluto. A voz de Lzzy por
si só é uma força da natureza, e existem boas ideias ao longo de todo o disco,
que em se tratando de Pop Rock é realmente uma bela obra. Mas para amantes de
um rock mais encorpado, fica aquela sensação de que o Halestorm perdeu uma grande chance de renovar as esperanças do Hard
moderno.
p.s.: A edição deluxe conta com
duas faixas mais roqueiras que a média do repertório do disco, as boas Jump the Gun e Unapologetic.
NOTA: 72
Classifique como: Hard Rock, Hard Pop
Para
fãs de: Def Leppard, Lita Ford, Joan Jett, The Runnaways
Lzzy e sua turma |
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Disturbed - Immortalized |
Disturbed – Immortalized – Deluxe Edition (Cd-2015)
Previsivelmente Poderoso
Longe dos holofotes desde o
razoável Asylum, de 2010, o Disturbed foi dado como extinto por
quase todos na mídia especializada, ainda mais depois que o falastrão vocalista
David Draiman engatou sua carreira
como produtor e lançou seu projeto Industrial, o Device. Immortalized foi
gravado sobre raro sigilo e muitos só souberam que a banda estava voltando à
ativa quando lançaram o primeiro single, a já clássica Vengeful One. Previsível e ao mesmo tempo empolgante como sempre, Immortalized é um dos melhores
lançamentos da carreira da banda. Músicas como a excelente faixa título, Open Your Eyes, Fire It Up e You’re Mine,
engrandecidas pelos riffs certeiros de Dan
Donegan e pela produção caprichada de Kevin
Churko, farão a felicidade dos adeptos do “Metal para malhar” que é a especialidade
dos Estadunidenses. Claro que temos algumas faixas que destoam, como o
absolutamente desnecessário e xaropesco cover para The Sound Of Silence (Simon
and Garfunkel), que é de fazer vergonha até para trilha sonora de desenho
da Disney. Mas mesmo assim, Immortalized pode ser considerado um
dos trabalhos mais fortes da banda, ao lado de Ten Thousand Fist. A versão deluxe conta com três faixas bônus
bacanas, mas nenhuma delas um clássico escondido em potencial.
NOTA: 82
Classifique como: Heavy Metal, Alternative Metal
Para fãs de: Five Finger Death Punch, Godsmack
Draiman estranhamente não apostou nos habituais sons de macaco dessa vez |
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