quarta-feira, 1 de maio de 2019

Nuclear Assault + Vorgok + Savant (23.04.19 – Teatro Odisseia – Rio de Janeiro/RJ)


Ataque Nuclear Triplo No Odisseia
Fotos e texto por Trevas

A casa ainda estava vazia quando o Savant adentrou o palco, soltando fogo pelas ventas. Na ativa há exatos 20 anos, o quarteto carioca de Thrash Metal vive seus melhores dias ao vivo, com o dono da bola (o sempre divertido e simpático) Antônio Vargas (voz e guitarra) ganhando em Daniel Escobar (guitarra), Frederico Moshilão (baixo) e Felipe Saboia (bateria) poderosos aliados. Um show curto e certeiro, que teve como único revés o fato do público daqui preferir encher a mufa de cerveja barata do lado de fora a acompanhar as bandas de abertura. Azar desse povo (NOTA:8,00)

Savant
O Odisseia já comportava mais um pouco de gente quando o Vorgok começou os trabalhos: e que trabalhos! Um Thrash vigoroso bastante calcado em Dark Angel. Entre uma trauletada e outra o vocalista/guitarrista Edu Lopez (que parecia que ia ter um treco tentando recuperar o fôlego após cada música, tamanha a velocidade das mesmas) tentava em vão angariar pessoas para a frente do palco, o povo realmente estava se guardando somente para o headliner, o que é uma lástima. Apesar disso, quem esteve disposto a curtir o poderoso som dos caras, deve ter saído bem satisfeito com o que viu e ouviu (NOTA:8,00). 

Vorgok

Duas grandes bandas autorais de nossa cena Thrasher e o povo mal dá bola, depois essa mesma galera vem reclamar de falta de renovação. Vai entender...

Mas para que ficar resmungando desse povo esquisito? Não havia espaço para mal humor naquela noite bacana, pois os galhofeiros estadunidenses do Nuclear Assault já adentravam o palco! E só então a galera, que a princípio choramingava pela ausência do baterista original Glenn Evans, notou a rotunda e calva silhueta por trás da bateria: ninguém menos que o Tio Chico do metal, Nicholas Barker (Dimmu Borgir, Testament, Old Man’s Child, Brujeria, Cradle Of Filth) seria o dono das baquetas no Odisseia. E isso só podia querer dizer uma coisa: Destruição!

Chuck, ops, John Connelly

E destruição tivemos. Erik Burke desfilando riffs, Dan Lilker sendo a lenda de sempre (com uma indefectível tulipa de cerveja em cima do amplificador) e um John Connelly que, a despeito de parecer atualmente o Chuck (o brinquedo assassino), continua com a voz intacta! Pérolas como F#, Game Over, Hang The Pope, Critical Mass, Buttfuck, New Song e After The Holocaust se alternam. E engana-se quem pensa que talvez a banda soe datada ou cansada – o nível de energia emanada pelo quarteto seria o suficiente para abastecer a cidade do Rio de Janeiro com sobras. A plateia, presente em número de razoável para bom, dessa vez agitou sem parar. Também, seria impossível resistir ao poderio dos coroas, que ainda ganham ponto extra pelo onipresente bom humor. Um set tão intenso que a curta duração (pouco mais de uma hora) nem chegou a causar grandes reclamações. Perfeito (NOTA:10)

Dan Lilker







2 comentários:

  1. Muito obrigado pelo apoio meu camarada, receber uma nota dessas de um grande crítico, observador e que esta na cena. Pra nós é um prêmio. Valeu mesmo Sempre juntos.

    ResponderExcluir