Ataque Nuclear Triplo No Odisseia
Fotos e texto por Trevas
A casa ainda estava vazia quando o Savant
adentrou o palco, soltando fogo pelas ventas. Na ativa há exatos 20 anos, o
quarteto carioca de Thrash Metal vive seus melhores dias ao vivo,
com o dono da bola (o sempre divertido e simpático) Antônio Vargas (voz e
guitarra) ganhando em Daniel Escobar (guitarra), Frederico Moshilão (baixo) e Felipe
Saboia (bateria) poderosos aliados.
Um show curto e certeiro, que teve como único revés o fato do público daqui
preferir encher a mufa de cerveja barata do lado de fora a acompanhar as bandas
de abertura. Azar desse povo (NOTA:8,00)
Savant |
O Odisseia já comportava mais um pouco de gente quando o Vorgok começou os trabalhos: e que
trabalhos! Um Thrash vigoroso
bastante calcado em Dark Angel. Entre uma trauletada e outra o
vocalista/guitarrista Edu Lopez (que parecia que ia ter um treco
tentando recuperar o fôlego após cada música, tamanha a velocidade das mesmas)
tentava em vão angariar pessoas para a frente do palco, o povo realmente estava
se guardando somente para o headliner,
o que é uma lástima. Apesar disso, quem esteve disposto a curtir o poderoso som
dos caras, deve ter saído bem satisfeito com o que viu e ouviu (NOTA:8,00).
Vorgok |
Duas grandes bandas autorais
de nossa cena Thrasher e o povo mal
dá bola, depois essa mesma galera vem reclamar de falta de renovação. Vai entender...
Mas para que ficar
resmungando desse povo esquisito? Não havia espaço para mal humor naquela noite
bacana, pois os galhofeiros estadunidenses do Nuclear Assault já
adentravam o palco! E só então a galera, que a princípio choramingava pela
ausência do baterista original Glenn
Evans, notou a rotunda e calva
silhueta por trás da bateria: ninguém menos que o Tio Chico do metal, Nicholas Barker (Dimmu Borgir, Testament, Old Man’s Child,
Brujeria, Cradle Of Filth) seria o dono das baquetas no
Odisseia. E isso só podia querer dizer uma coisa: Destruição!
Chuck, ops, John Connelly |
E destruição tivemos. Erik Burke desfilando riffs, Dan Lilker sendo a lenda de sempre (com uma
indefectível tulipa de cerveja em cima do amplificador) e um John Connelly que, a despeito de parecer atualmente o Chuck (o brinquedo assassino), continua
com a voz intacta! Pérolas como F#, Game Over, Hang The Pope, Critical Mass, Buttfuck, New Song e After The Holocaust se alternam. E engana-se quem
pensa que talvez a banda soe datada ou cansada – o nível de energia emanada pelo
quarteto seria o suficiente para abastecer a cidade do Rio de Janeiro com
sobras. A plateia, presente em número de razoável para bom, dessa vez agitou
sem parar. Também, seria impossível resistir ao poderio dos coroas, que ainda
ganham ponto extra pelo onipresente bom humor. Um set tão intenso que a curta
duração (pouco mais de uma hora) nem chegou a causar grandes reclamações.
Perfeito (NOTA:10)
Dan Lilker |
Muito obrigado pelo apoio meu camarada, receber uma nota dessas de um grande crítico, observador e que esta na cena. Pra nós é um prêmio. Valeu mesmo Sempre juntos.
ResponderExcluirEu que agradeço pelo ótimo show!
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