Lobo
Sueco Banguela
Por Trevas
O nono disco de
estúdio do Power Trio sueco, adornado novamente pela
belíssima arte de capa de Anthony Roberts, vem com 10 músicas e parcos 38
minutos de duração. Na minha mente, residia apenas a esperança de que a banda
retornasse à forma de seus quatro primeiros discos, abandonando o Power/Epic Metal enfadonho e
sem sal do decepcionante Sword Songs.
Grand Magus 2019: a foto é muito mais pesada que o disco |
Mas a desnecessária intro,
seguida da faixa título mais broxante que a banda já escreveu, colocaram uma
segunda pulga atrás de minha orelha. Wolf
God até tenta produzir um refrão
para ser cantado pelas multidões, mas é difícil se empolgar quando o próprio JB solta as palavras como se estivesse
no fim do expediente de uma entediante segunda feira numa repartição qualquer.
O trio seguinte melhora
bastante o nível. A Hall Clad In Gold,
primeira faixa de trabalho, tem uma bela melodia que cresce com as repetidas
audições. Brother Of The
Storm tem uma ponte que gruda de
imediato e Dawn Of Fire é exatamente o
tipo de petardo que já foi bem mais comum nos discos da banda. Mas mesmo nesses
momentos mais inspirados, 3 coisas saltam aos ouvidos:
1. A produção de Staffan Karlsson (Arch Enemy, Spiritual Beggars) tenta
demasiadamente soar Old School, mas só consegue mesmo deixar
tudo sem peso e punch, com andamentos bem mais “para trás” do que as músicas
pedem: ficamos o tempo inteiro com a sensação de que o disco está na rotação
errada;
2. JB a cada disco soa mais e
mais como um Messiah Marcolin sofrendo de gripe aviária:
zero vontade na voz (vide o início de Brother
Of The Storm);
3. Talvez numa tentativa
de recuperar a sonoridade do passado, o tom do disco é de uma melancolia
onipresente.
E assim se seguem as medianas e preguiçosas Spear Thrower e To Live
And To Die In Solitude
e a fraquíssima He Sent Them All To Hel
(que lembra os piores momentos do The
Rods). Mas ainda há momentos que nos
fazem lembrar da banda que o Grand Magus um dia foi, como a boa Glory To The Brave, com seu ótimo refrão, e a
apoteótica Untamed, definitivamente a
melhor faixa dos nórdicos nos dois últimos discos.
Veredito
da Cripta
Novamente o Grand Magus rateia numa sonoridade murcha e sem peso, longe de clássicos poderosos
como Wolf’s Return e Iron Will. E distante até mesmo de Triumph And Power, disco que
consolidou o novo caminho seguido pelos suecos. Ainda assim, existem bons
momentos em Wolf God, que elevam a experiência final, talvez
o suficiente para agradar aos fãs menos exigentes de metal oitentista. E,
convenhamos, nós sabemos que o Grand
Magus pode fazer bem mais que isso.
NOTA: 7,43
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Gravadora:
Shinigami Records (nacional)
Prós:
Untamed e Dawn Of Fire são Grand Magus de primeira
Contras:
produção para lá de murcha e um JB burocrático
Classifique
como: Heavy Metal
Para Fãs de: Visigoth, Manowar
Escutei ontem. Achei quase a mesma coisa que você; fica muito aquém do que eles poderiam fazer - será que o fogo virou brasa?
ResponderExcluirSe eu tivesse que dar uma nota, não seria mais que 6,5.
Abração, caro bugio trevoso!
Fala, camarada
ExcluirÉ, talvez eu tenha sido mega bonzinho hehhehehehhe
Abraço
T