Unleashed – The Hunt For White Christ (Cd-2018)
Amon
Amarth Raiz?
Por Trevas
Os 13 discos e 30
anos de estrada afiançam a verdadeira instituição sueca de Death Metal que atende
pelo nome de Unleashed. E o novo
trabalho, produzido pelo próprio guitarrista Fredrik Folkare, nos
reserva uma sequência nada misericordiosa de ataques de um Death Metal poderoso,
por muitas vezes lembrando os poloneses do Vader. Desde as primeiras notas da
avassaladora Lead Us Into
War até os últimos instantes de Open To All The World, o que se escuta são os riffs cortantes, a bateria
destruidora e a destreza do Cookie Monster, baixista e dono da bola Johnny Hedlund vomitando suas letras que misturam mitologia nórdica,
tradição viking e ficção.
Sim, o disco marca o quarto
capítulo da história iniciada em 2010 com As
Yggdrasil Trembles. Mas o caráter conceitual da obra não eclipsa o conteúdo
musical não. E chamar o que a banda faz de Death
Metal old school é minimizar o
poder de fogo dos caras, há espaço para Metal Tradicional (talvez o que faça
com que por vezes a banda lembre o Vader)
e até mesmo Groove Metal (Stand Your Ground, Terror Christ e The City Of Jorsala Shall Fall). O
fato é que os caras conseguiram criar um disco daqueles que você escuta de uma
talagada só, sem nem prestar atenção no passar do tempo. Ótima pedida que fará
a felicidade de todo e qualquer fã de Death
Metal que se preze.
NOTA: 8,86
Gravadora: Urubuz Records (nacional)
Prós: porrada do início ao fim
Contras: doses de groove podem afastar os
puristas
Classifique como: Death Metal
Para Fãs de: Amon Amarth, Vader
Sorriam! |
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Brainstorm – Midnight Ghost (Cd-2018)
Canções
Para o Bicho-Papão
Por Trevas
Os alemães do Brainstorm tiveram um início algo
thrashy, rapidamente migrando para um Power
Metal tipicamente teutônico e
prontamente reconhecível tão logo Andy
B. Franck (Ivanhoe, Symphorce) se adonou dos microfones,
com maestria, por sinal. A banda, que conta com uma formação para lá de
estável, é reconhecida por muitos por supostamente conseguir manter um padrão
de qualidade (alto) bem homogêneo em sua discografia. O que também gera
acusações de outros tantos de raramente tentar escapar da mesmice. Talvez a
verdade resida em algum ponto entre esses dois polos. Midnight Ghost é o 12º
disco do quinteto, e continua a saga já conhecida de um Power Metal que
equilibra melodia e elementos modernos de maneira bem pensada.
Não há realmente nada de novo
no front, mas impossível não se deliciar com as cinco primeiras faixas, em
especial Devil’s Eye, The Pyre e Jeanne Boulet. Essa última inclusive evidencia a temática que
permeia as letras de toda a bolachinha, ao contar o triste destino de Jeanne Boulet, a jovem francesa cujo
nome entrou para a história como a primeira vítima documentada da terrível
“besta de Gévaudan”. Sim, todas as 10 faixas falam sobre monstros e fantasmas,
mas o que importa mesmo é que os alemães conseguiram gerar um pacote de músicas
viciante fadado a ganhar uma alta rotatividade nos sons dos fãs do estilo. Andy e sua trupe tem dito por aí que
esse é o trabalho definitivo do Brainstorm,
e talvez estejam realmente certos.
NOTA: 8,84
Gravadora: Valhall Music (nacional)
Prós: boa produção, músicas grudentas
Contras: não reinventa a roda
Classifique como: Power Metal
Para Fãs de: Symphorce
Brainstorm 2018 |
Bullet For My Valentine – Gravity (Cd-2018)
Gravitando
Na Mediocridade
Por Trevas
Outrora considerada a
maior aposta de renovação do Metal britânico, a galesa Bullet For My Valentine derrapou após seu meteórico início,
contrastando a ótima reputação em cima dos palcos com uma discografia que no
mínimo carece de algum direcionamento. Petardos como Venom se revezando com discos aguados como Temper Temper. Por isso
mesmo quando o frontman e
guitarrista Matt Tuck anunciou que o
quarteto novamente mudaria sua sonoridade no novo trabalho, não pegou
exatamente o mundo de surpresa. Mas dessa vez os caras foram mais longe do que
de costume. Gravity é um disco que
deve muito mais a bandas como Bring me
The Horizon e Linkin Park do que
ao próprio passado da banda, com eletrônica e climas calmos claramente fabricados
para valorizar refrões bem radiofônicos. O que por si só não deve ser
considerado um problema.
O que realmente incomoda é que
o poder de fogo instrumental da banda, que conta com uma dupla de guitarristas
invejável e uma ótima (e renovada) cozinha, acaba diluído em meio à essa
proposta de sonoridade mecanizada. De bom, há muita dinâmica nos arranjos do
disco e algumas boas faixas se salvam e podem render ainda mais em um ambiente
ao vivo, como Leap Of Faith, Piece Of Me, Don’t Need You (a mais pesada do disco) e até mesmo a inicialmente
polêmica Over It. Ainda que esteja longe da desgraça prevista por alguns fãs, Gravity se mostra um disco que
raramente escapa para além da mediocridade, fadado a apenas reiterar a fama de
inconstante dos galeses.
NOTA: 6,91
Gravadora: Spinefarm Records (importado)
Prós: boa produção, alguns bons refrães
Contras: um pouco mecânico demais
Classifique como: Metalcore, Nu Metal
Para Fãs de: Light The Torch, Linkin Park
Visual mais dark que o som: BFMV 2018 |
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Beyond The Black – Heart Of The Hurricane (Cd-2018)
O
Nome Dela É Jennifer
Por Trevas
O terceiro disco do
combo alemão de Power Metal/metal Sinfônico surgiu fruto de uma curiosa
reviravolta. Após o inesperado sucesso de venda dos dois primeiros trabalhos, a
banda decidiu demitir a estrela da companhia, a bela Jennifer Haben. Mas, santo Geoff
Tate, a moça conseguiu sair dessa
com o nome da banda, juntou uma penca de novos músicos e pum, temos um novo Beyond The Black! E esse recente
trabalho se assemelha tanto ao direcionamento atual do Within Temptation (e, por conseguinte, é os cornos do Delain), que chega a assustar. Mas a
despeito dos problemas de identidade, o disco é muitíssimo bem feito. O início
com Hysteria e a faixa título já
explica o porquê do sexteto ter conseguido um contrato com uma major do porte
da Universal, tudo aqui cheira a Metal
Mainstream, fadado a arenas e afins.
Duvida? Escute coisas como Million Light
Years, Beneath A Blackned Sky e Songs For The Godless e tente não ficar
com os refrães impregnados na cachola.
Haben tem
uma bela voz e um tino certeiro para ótimas melodias, e o disco transcorre como
a trilha sonora de algum filme futurista, com os teclados onipresentes fazendo
as vezes da orquestra (com bom gosto, nada brega) e o restante do instrumental atuando
com maturidade em performances acima da média (temos também backing vocals
masculinos aqui e acolá num contraponto à voz da dona da bola). Um trabalho
maduro e muito bacana, que a contar pela receptividade surreal nas paradas
teutônicas, provavelmente marcará o início de um novo reinado no planeta do
Metal Sinfônico.
NOTA: 8,54
Gravadora: Universal Music (importado)
Prós: ótima produção, boas músicas
Contras: muito semelhante ao trabalho
atual do Within Temptation
Classifique como: Metal Sinfônico
Para Fãs de: Delain, Within Temptation
O nome dela é...ah, tá deixa quieto... |
Po, você foi bonzinho com o Bullet. Pilha de merda esse disco novo deles, hahahaha
ResponderExcluirSerá, David?
ExcluirAcho que é por que eu esperava por algo ainda pior hehhehehehehhe
Abraço
T