domingo, 20 de janeiro de 2019

Burning Witches – Hexenhammer (CD-2018)

Burning Witches - Hexenhammer (CD-2018)
Bruxaria Suíça das Boas!
Por Trevas

Apesar de pouco lembrada como um dos principais celeiros de bandas pesadas, a Suíça já nos presenteou com um cardápio caprichado e variado que inclui iguarias como Celtic Frost (e seus Spin Offs), Krokus, Gotthard, Samael e Eluveitie. Já havia esbarrado com fotos e matérias com uma nova banda vinda de lá em revistas especializadas, um quinteto de belas mulheres claramente influenciadas pela era mais clássica do Heavy Metal, mas acabei por não lembrar de buscar ouvir o som. Para minha sorte um amigo acabou puxando minha orelha pela ausência de qualquer menção às suíças na Cripta, me recomendando altamente o novo disco, Hexenhammer. Curiosamente esbarrei com a bolachinha pouco depois dessa conversa, e fui conferir o material com alta expectativa.


Segunda temporada de O Mundo Sombrio de Sabrina???
The Witch Circle é uma climática introdução que nos prepara para a avassaladora Executed. A típica faixa que os fãs de metal tradicional sonham em ouvir numa abertura de disco, dotada de todos os temperos certos: riffs cortantes, solos tresloucados em profusão e uma cozinha rolo compressor. E a voz? Seraina tem um gogó privilegiado, ficando em algum lugar entre os gritos lancinantes da saudosa Jill Janus (Huntress) e o sotaque carregado e sensual da eterna Doro.




Lords Of War e Open Your Mind mantém a qualidade, dessa vez apostando em uma sonoridade mais Mid Tempo, o que nos remete bastante aos trabalhos do Warlock e Doro, só que com mais peso graças à produção encorpada de VO Pulver junto ao onipresente Schmier.


Mas nem só de peso vive o bando de bruxinhas, a bela Don’t Cry My Tears é a típica power balada obrigatória dos discos de hard/Heavy oitentistas, e vai fazer muito marmanjo troozão ficar com aquele olhar perdido pensando naquela menina da época da quinta série. Os belos solos mostram que a dupla de guitarristas Romana (que co-escreve todas as faixas com a vocalista) e Sonia se adaptam perfeitamente em qualquer terreno metálico. A faixa ainda aparece em uma versão acústica em algumas edições, apostando em uma interpretação ainda mais sexy de Seraina.


Daí para a frente temos pancadas midtempo caprichadas (Maiden Of Steel, Dead Ender e a totalmente Huntress Man Eater) alternadas com os tratores desgovernados que são a faixa título e Possession. O que um disco avassalador como esse definitivamente não precisava é encerrar com uma versão totalmente manjada e pau mole para Holy Diver, do mestre Dio. Uma bola fora que é amenizada nas edições especiais pela presença da boa bônus Self Sacrifice e da já citada versão acústica para Don’t Cry My Tears.


Veredito da Cripta

A presença feminina no Metal cresceu bastante pós anos 1990, mas costuma se concentrar em suas vertentes mais modernas ou sinfônicas, e essas moças aparecem de forma totalmente convincente para resgatar o legado de gente como Leather Leone e Doro. Mas não se apegue ao fator “All Female Metal Band”, Hexenhammer é um puta disco de Heavy Metal puro que vai fazer a alegria dos fãs mais tradicionalistas do estilo.


NOTA: 8,93


Visite o The Metal Club

Gravadora: Nuclear Blast (importado)
Prós: metal tradicional de primeira
Contras: a inclusão desnecessária de Holy Diver
Classifique como: Heavy Metal
Para Fãs de: Huntress, Warlock, Doro



Nenhum comentário:

Postar um comentário