Burning Witches - Hexenhammer (CD-2018) |
Bruxaria
Suíça das Boas!
Por Trevas
Apesar de pouco
lembrada como um dos principais celeiros de bandas pesadas, a Suíça já nos
presenteou com um cardápio caprichado e variado que inclui iguarias como Celtic Frost (e seus Spin Offs), Krokus, Gotthard, Samael e Eluveitie. Já havia esbarrado com fotos e matérias com uma nova
banda vinda de lá em revistas especializadas, um quinteto de belas mulheres
claramente influenciadas pela era mais clássica do Heavy Metal, mas acabei
por não lembrar de buscar ouvir o som. Para minha sorte um amigo acabou puxando
minha orelha pela ausência de qualquer menção às suíças na Cripta, me
recomendando altamente o novo disco, Hexenhammer.
Curiosamente esbarrei com a bolachinha pouco depois dessa conversa, e fui
conferir o material com alta expectativa.
Segunda temporada de O Mundo Sombrio de Sabrina??? |
The Witch Circle é uma climática
introdução que nos prepara para a avassaladora Executed. A típica faixa que os fãs de metal tradicional sonham em
ouvir numa abertura de disco, dotada de todos os temperos certos: riffs
cortantes, solos tresloucados em profusão e uma cozinha rolo compressor. E a
voz? Seraina tem um gogó
privilegiado, ficando em algum lugar entre os gritos lancinantes da saudosa Jill Janus (Huntress) e o
sotaque carregado e sensual da eterna Doro.
Lords Of War e Open Your Mind mantém a
qualidade, dessa vez apostando em uma sonoridade mais Mid Tempo, o que nos
remete bastante aos trabalhos do Warlock
e Doro, só que com mais peso graças
à produção encorpada de VO Pulver junto ao onipresente Schmier.
Mas nem só de peso vive o bando de bruxinhas, a bela Don’t Cry My Tears é a típica power balada
obrigatória dos discos de hard/Heavy oitentistas, e vai fazer muito marmanjo
troozão ficar com aquele olhar perdido pensando naquela menina da época da
quinta série. Os belos solos mostram que a dupla de guitarristas Romana (que co-escreve todas as faixas
com a vocalista) e Sonia se adaptam
perfeitamente em qualquer terreno metálico. A faixa ainda aparece em uma versão
acústica em algumas edições, apostando em uma interpretação ainda mais sexy de Seraina.
Daí para a frente temos pancadas midtempo caprichadas (Maiden Of Steel, Dead Ender e a totalmente Huntress
Man Eater) alternadas com os tratores desgovernados que são a faixa
título e Possession. O que um disco
avassalador como esse definitivamente não precisava é encerrar com uma versão
totalmente manjada e pau mole para Holy
Diver, do mestre Dio. Uma bola fora que é amenizada nas
edições especiais pela presença da boa bônus Self Sacrifice e da já
citada versão acústica para Don’t Cry My
Tears.
Veredito
da Cripta
A presença feminina no Metal
cresceu bastante pós anos 1990, mas costuma se concentrar em suas vertentes
mais modernas ou sinfônicas, e essas moças aparecem de forma totalmente
convincente para resgatar o legado de gente como Leather Leone e Doro. Mas não se apegue ao fator “All Female Metal Band”, Hexenhammer é um puta disco de Heavy
Metal puro que vai fazer a alegria dos fãs mais tradicionalistas do estilo.
NOTA: 8,93
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Gravadora: Nuclear Blast (importado)
Prós: metal tradicional de primeira
Contras: a inclusão desnecessária de Holy
Diver
Classifique como: Heavy Metal
Para Fãs de: Huntress, Warlock, Doro
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