segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Curtas: Nordic Union, The Night Flight Orchestra, Visigoth & Lords Of Black

Curtas da Cripta





Nordic Union – Second Coming (Cd-2018)

União Sonolenta
Por Trevas
O segundo trabalho que une os talentos do multi-instrumentista sueco Erik Martensson (Eclipse, WET) com o veteraníssimo vocalista dinamarquês Ronnie Atkins (frontman do Pretty Maids) traz 11 faixas inéditas e escritas pela própria dupla. Mas vem com um problema à tiracolo: se a primeira bolachinha tinha como trunfo unir o lado AOR do Pretty Maids com a expertise da ala moderna do estilo de Erik, aqui fica evidente que a fonte está começando a secar.



O AOR algo tristonho da bolachinha (que remete ao Starbreaker de Tony Harnell e Magnus Karlsson) combina bem com os talentos da dupla, mas faltam músicas mais marcantes, e terminar a audição de um disco de AOR sem ter um punhado de refrãos imediatamente grudados na mente definitivamente não é um bom indicativo. Ainda assim, Second Coming está longe de ser um disco ruim, apenas não tem nada que o eleve do patamar do competente para o memorável.


NOTA: 6,96


Gravadora: Frontiers Records (importado)
Prós: boa produção, sonoridade interessante
Contras: parece feito para cumprir tabela
Classifique como: AOR
Para Fãs de: Starbreaker

Erik, erh...acho que você deve prestar mais atenção na sua esposa...
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The Night Flight Orchestra – Sometimes The World Ain’t Enough (Cd-2018)

Mullet-Rock
Por Trevas

Mais um capítulo do incrível projeto paralelo que se tornou gigante, o novo disco da NFO mergulha ainda mais naquele AOR que parece feito em algum momento entre 1978 e 1985. A fórmula já não é mais nenhuma surpresa, mas a capacidade de escrever canções grudentas de Bjorn e David Andersson (os cabeças do projeto, direto do Soilwork) permanece aguçada.



A produção impressiona, cada timbre e arranjo mergulhado em glitter e calçado em polainas, como deveria ser para as intenções do projeto. Os músicos são todos excelentes, mas Bjorn e Sharlee D’Angelo impressionam ainda mais pela capacidade de expressar seu talento de maneira tão absurda num estilo totalmente diferente daquele que catapultou seus nomes na cena. De negativo, apenas a impressão de que a cada disco que passa dessa patota e temos menos músicas talhadas para sobreviver ao teste do tempo. Talvez devessem dar um espaço maior entre os discos. Ainda assim, um Cd que é daqueles Guilty Pleasures para o banger troozão!    


NOTA: 7,72


Gravadora: Shinigami Records (nacional)
Prós: te coloca numa máquina do tempo direto para o tempo dos mullets
Contras: músicas divertidinhas, mas a banda vem perdendo poder de fogo
Classifique como: AOR
Para Fãs de: Foreigner, Journey, Survivor


Alô, poderiam enviar mais um carregamento de polainas por favor?
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Visigoth – Conqueror’s Oath (Cd-2018)

Barbaridade!
Por Trevas

Os bárbaros de Salt Lake City chegam ao temido segundo disco tendo que lidar com as altas expectativas criadas diante do improvável sucesso do Debut The Revenant King. Mas é só colocar para rodar a faixa de abertura, Steel And Silver, que o headbanger mais tradicionalista abrirá um sorriso maior que a ferida feita por um machado afiado. O som dos caras transita entre o metal tradicional oitentista e cargas de sonoridade épica que tornam a mistura algo polarizadora. Os vocais operísticos adornados por corais bem macho-man de Jake Rogers por exemplo, a depender do ouvido receptor, podem soar como uma benção ou como a coisa mais ridícula do planeta. E as letras são aquela coisa capa e espada nada cerebral regurgitada de novo e de novo desde o início dos tempos por bandas do estilo.



Mas para quem curte esse tipo de Heavy Metal forjado na linha tênue entre a breguice e a genialidade, fica difícil resistir aos charmes de faixas como Hammerforged, Blades In The Night e Warrior Queen. E o que dizer das épicas Traitor’s Gate e a faixa título? Metal épico de primeira, gravado com esmero e feito sob medida para a galera cantar junto nos shows, com punhos e cervejas em riste.

NOTA: 8,69

Gravadora: Urubuz Records (nacional)
Prós: mais épico que a tanguinha de guaxinim do Joey de Maio
Contras: vai dizer que tu não foi olhar a foto da tanguinha de guaxinim?
Classifique como: Heavy Metal
Para Fãs de: Grand Magus, Hammerfall


Minhas férias na floresta, parte 666
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Lords Of Black – Icons Of The New Days (2Cds – 2018)

Fechando A Trilogia
Por Trevas

O terceiro disco dos espanhóis do Lords Of Black marcaria o canto de cisne do vocalista chileno Ronnie Romero junto à banda. Sua saída foi anunciada pouco após o lançamento da bolachinha, que ganhou edição especial repleta de bônus espalhados por dois discos. Uma pena, já que sua voz rascante, a exata mistura de Dio com Freddie Mercury (conforme palavras do patrão do chileno, Ritchie Blackmore), combina muito bem com o Metal dos espanhóis, uma espécie de Heavy/Power moderno que deve tanto ao Kamelot e Masterplan quanto ao próprio Rainbow. A despeito da estrela do cantor, o dono da bola é o guitarrista Tony Hernando, que assina todas as 12 faixas do repertório da edição padrão.


O disco é menos sombrio que seus antecessores, mas continua a apostar em faixas midtempo repletas de dramaticidade e sem grandes arroubos de virtuosismo, tudo aqui é feito em prol da musicalidade. A produção de Roland Grapow é seca e moderna, e todos os músicos aparecem com igual destaque. As doze faixas são boas, mas a faixa título e a longa e pesadíssima King’s Reborn fazem as vezes de grandes destaques. No disco bônus, boas covers para Edge Of The Blade (Journey), Innuendo (Queen), Only (Anthrax) e Tears Of The Dragon (Bruce Dickinson) e mais duas inéditas. Resta desejar boa sorte para a banda, pois um vocalista como Romero não se acha todo dia.


NOTA: 8,35


Gravadora: Frontiers Records (importado)
Prós: bem construído e com ótimos vocais
Contras: menos impactante que seus antecessores
Classifique como: Heavy Metal, Power Metal
Para Fãs de: Kamelot, Masterplan

Ronnie fazendo sua última aparição com os amigos espanhóis







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