Poster da Turnê de 2016 |
Bah, os infortúnios dessa existência. Sabe quando você tem noção de que um show vai ser imperdível e que deveria fazer de tudo para comparecer ao mesmo, mas ao mesmo tempo o universo parece conspirar para que você fracasse em sua missão. Pois bem, esse foi o caso com o show do Iron. Por sorte, um grande amigo e Maidenmaníaco, Señor Freddy Krill, biólogo e professor de respeito (sic), tornou-se o enVIADO especial da Cripta nas longínquas terras da Barra da Tijuca, e nos contou o que aconteceu por lá. resta agradecer ao cabrunco (e à Srta Claudia Speroto) e passar um pouco mais de gelol nos meus doloridos cotovelos.
Divirtam-se!
Trevas
INTRO:
ENFIM, CHEGOU NOSSA VEZ!!!
(texto por Freddy Krill, fotos por Krill e Claudia Speroto)
Nota do Trevas: o equivalente Krillzístico do Santo Graal |
A
banda resolveu enveredar por um caminho muito progressivo, desde o “Dance
of Death”. Composições longas, complexas e de difícil palatabilidade
(por vezes) arrefeceram aquele entusiasmo juvenil pela minha banda predileta.
“The
Book of Souls” não fugiu a essa “nova” regra... É Iron Maiden, mas não
é “aquele” Iron Maiden de antanho... Enfim... Sem muitas digressões...
Depois de toda a zika
(com bastante trocadilho) envolvendo a perna sul-americana da turnê (Ed Force
One avariado no Chile; Eddie levando um tombo no palco na Argentina), CHEGOU O
DIA!!! Como tudo aqui na terra de Big
Foot “tá tranquilo, tá favorável”, no mesmo dia a Barra teria Simply Red
(no redivivo Metropolitan) e Wesley Safadão (no Barra Music). Aquele trânsito,
maravilhoso por ele, foi tornado ainda mais gostoso pelas obras olímpicas... Alternativa?
Sair muito cedo de casa! Após um curto trajeto Tijuca-Barra de 1:35h pela Linha
Amarela, chegamos!!! Estacionamento fácil, mas um curral insano, onde todos
eram separados de acordo com sua lotação, para serem reunidos na rampa de
acesso e separados DE NOVO lá em cima...
Praticamente um senhor de idade, pagando esse "Kong" (foto por Claudia Speroto) |
THE
RAVEN AGE: Nada como ser filho do homem...
Originalmente
previsto para iniciar às 19h, eram ainda 18:48h quando o THE RAVEN AGE, banda de
George Harris, filho caçula do “The Boss” adentrou o palco. De cara, o
baterista Jai Patel inicia uma surra impiedosa nos surdos, enquanto rolava a intro no background. A banda entra e... A impressão era estar num show do
famigerado Avenged Sevenfold!!! Tá certo que não há novidades no metal, mas... Aquela
batida pesada e pegajosa, que não empolga nem dá vontade de botar pra correr do
palco...O vocalista Michael Burrough (que veio com um visual de Jack Bauer - felizmente não foram 24h de show!) canta bem, de verdade. George na guitarra solo é muito eficiente! Seu parceiro Dan Wright e o baixista Matt Cox mostram que a banda tem MUITO potencial, mas precisa urgentemente encontrar um norte! Um set curto, com menos de 30 minutos de duração, em que tocaram seu EP (auto-intitulado) na íntegra (mais uma música), que agradou as meninas e os fãs-não-tão-troos-de-coração-de-melão...Lauren Harris nos deu o Richie Faulkner. Talvez eles façam melhor daqui para frente...
- Nota: 6,5.
- Indicado para: quem curte A7X.
- Fuja se: você não admite nepotismo e/ou “meritocracia”.
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ANTHRAX:
Baixei o “For All Kings” só pra irritar o Scott Ian…
Quando
estiveram por aqui, não consegui ir. Sempre por captação deficiente de ativos
voláteis no mercado financeiro... Mas dessa vez não escaparam! Após uma rápida
preparação, eram 19:50h quando os bacilos mais extremos do thrash pisaram o
palco! Pra começar, entra o onipresente John Dette na bateria, substituindo o
operado/convalescente Charlie Benante (que sofre de síndrome do túnel do
carpo... ÓTIMO para um baterista!). Antes de qualquer coisa, e por dever de
justiça: TOCA MUITO!!! Aliás, ele detém o recorde mundial de se apresentar com
o Anthrax e o Slayer NA MESMA NOITE!!!... Estrearam o novo guitarrista solo
Jonathan Donais, absolutamente preciso!
Isto
posto, vamos ao show: começam logo mandando três petardos absolutos: Caught In A Mosh, Got The Time e Antisocial!!!
Suores heteros rolaram pelas minhas vistas... Scott Ian, cada vez mais careca e
barbudo... Frank Bello, cada vez mais insano e ritmado... Joey Belladona (O VOCALISTA do Anthrax! – sorry Neil
Turbin, John Bush & Dan Nelson...), cada vez mais com o cabelo parecendo
arame... Seguiram mandando Fight ‘em ‘til
You Can’t (do Worship Music, originalmente gravado pelo Nelson mais bizarro
citado acima...), Evil Twin (do novo For
All Kings), Medusa (Spreading
the Disease) e Breathing
Lightning (For All Kings). Para encerrar, o mega clássico Indians, em que alguns mosh-pits foram abertos, para desespero
de velhos rock’n’rollers presentes na
Arena... Faltaram Madhouse e I Am The Law, mas não se pode ter
tudo... Prometeram voltar em 2017 para um show completo...
- Nota:
9,0.
- Indicado
para: bangers velhos, senis e
decrépitos como eu.
- Fuja
se: você queria estar no Barra Music.
An-fuckin-thrax!!!!! |
Caught In A Moooosh |
IRON MAIDEN: OLÊ, OLÊ, OLÊ, OLÊ…
À
medida que se via o palco sendo preparado, aumentavam a expectativa e o “amassation of the wicked”... Black
Sabbath & AC/DC rolando baixinho no som da Arena tornavam o clima mais
elétrico. Até que, às 21:15h... DOCTOR DOCTOR entra rugindo nas caixas! Todo
Maidenmaníaco SABE que (1) Esta
música prenuncia a entrada da Besta; (2) Steve Harris morre de raiva de não
tê-la composto; (3) Steve Harris morre de raiva de ter colocado o Blaze para
cantá-la...
Tensão máxima... O palco é liberado dos panos que cobrem os adereços... Um templo Maia surge. Sobre a bateria, uma pira começa a soltar fumaça... É a deixa para um etéreo Bruce Dickinson iniciar If Eternity Should Fail quase Acapella... Se alguém tinha dúvidas de que o câncer descoberto após as gravações do novo disco (quem mandou botar a boca onde DEVIA???) teria detonado sua voz... Nada! Confira no vídeo:
Na
sequência vem a mais rápida e enérgica do “Book”: Speed Of Light, seguida por uma belíssima (e cada vez mais
indispensável) Children Of The Damned,
em que o duo Smith / Dickinson prova ser IMPRESCINDÍVEL à Donzela! Tears Of A Clown homenageia Robin
Williams, enquanto The Red And The Black
mostra um vigor ao vivo insuspeito na gravação!
The Trooper (uma
das eternas do set) e Powerslave (meu
mega clássico absoluto!) provam que o passar dos anos em nada tirou seu brilho,
peso e adoração por parte dos fãs!
(Uma
bandeira Brasileira é atirada no palco. Bruce a pega, abre, diz que a tem visto
muito na CNN e que “espera que os ‘bad
guys’ se fodam, quem quer que sejam”... Difícil saber por quem começar...
Os ‘good guys’ certamente estão entre
os ‘worse guys’... O Tempora, O Mores...).
Death Or Glory é muito boa, mas poderia ter dado lugar a outra mais antiga... (The Evil That Men Do ou Killers... Sempre vou esperando por esta última... Sei que não rolará, mas vai que...). Daí vem a faixa título e, como dito por Bruce, a “última do disco novo que tocaremos”... Uma daquelas faixas destinadas a virar clássico eterno, que depois dessa turnê nem eles sabem se voltará a ser apresentada... Hora do Eddie no palco (sem tombos!) e Bruce Dickinson: Vocalista, Historiador, Esgrimista, Piloto Profissional de aviões comerciais e Cirurgião Cardíaco:
Pausa.
Um sino começa a tocar junto ao dedilhado de Dave Murray. Hallowed Be Thy Name chegou! É de longe a minha predileta do “Number”.
Bruce se enforca cenograficamente sobre a bateria, surrando os pratos com a
corda durante o solo e regendo um extático e abarrotado HSBC Arena. Nunca mais a
tirem do set, seus putos!!!
Fear Of The Dark é aquela
que digo não aguentar mais... Junto com The
Trooper e The Number Of The Beast, está em TODO set, de todas as turnês... Faço
beicinho, digo que não canto / pulo mais, mas... Ôô.. ôôôôôô... ôôôôôô...
Iron Maiden traz o segundo Eddie. Hino absoluto.
Blood Brothers segue
após um discurso de Bruce, proclamando que “Impérios se levantam, mas sempre
caem! O que permanece são os laços de sangue, porque nós somos Irmãos de
Sangue!”. Certamente uma das melhores do Brave New World, e muito bem
recebida por um público já cansado, mas disposto a mais!
So, understand... Don’t waste
your time… Wasted Years
fecha de forma improvável o show, após quase duas horas ininterruptas! Sorrisos,
agradecimentos, fotos, palhetas, peles, munhequeiras, baquetas, tudo voa… E
voltamos para casa certos de mais um espetáculo que só senhores sessentões
(quase todos) sabem proporcionar.
Bruce
Dickinson é Bruce Dickinson, Dave Murray é Dave Murray. Sem mais. Adrian Smith
é a cola que une a banda. O melhor e mais técnico dos guitarristas, melódico e
absolutamente preciso nas composições, linhas base e solos. Simples assim... Janick
Gers? Claro... Está lá! Neste show fez muito menos presepada... Rodou a
guitarra nos braços, jogou pro alto, pegou... Zoou o Eddie... O de sempre...
Mas nos solos... PQP... O “Ovelha bem nascido” DEBULHOU como NUNCA vi!!!...
Steve Harris, com seus 60 completos e cabelos escuros tal qual um adolescente
cavalga as quatro cordas, corre de um lado pro outro, faz backing vocal... O HEAVY METAL SÓ MORRERÁ COM ELE!!! Lemmy &
Dio Live Forever!!! Nicko McBrain é o enfermo de sempre! Técnico e preciso, mas
lamentavelmente cada vez mais lento, compensando com doses cavalares de mão de pedra
na bateria.
UP
THE IRONS!!!!
- Nota:
10,0.
- Indicado
para: UP THE IRONS!!!!
- Fuja
se: UP THE IRONS!!!!
Setlist: http://www.setlist.fm/setlist/iron-maiden/2016/hsbc-arena-rio-de-janeiro-brazil-7bf0c238.htmlNT: Os The Airumeidi!!! |
NT: Filhodopínton, recuperadíssimo!! |
NT: o show é tão bom que o Capiroto em pessoa vem prestigiar |
NT: e aí, babou com o visual do novo palco? |
NT: nosso enVIADO especial em seu momento groupie assanhada (foto por "Rédibênzi Desconhecido") |
Chorei! Que resenha fantástica!!! Transportei-me para o show!!!
ResponderExcluirMas, por dever de justiça, a última foto não foi feita pela Claudia Speroto, mas por um cabrunco qualquer perdido na pista... Hahahaha
Gwhahhahahaha
ExcluirJá foi devidamente corrigido!
Abraço e valeu
T
"Suor hétero " !!! Excelente resenha , me senti lá .... Infelizmente fugi dos diversos obstáculos e não fui , espero que todos sobrevivam e retornem ao Rio!
ResponderExcluirOlá, Lilian
ExcluirTambém adorei a resenha, embora saiba que vou me arrepender dos elogios, o ego do Señor Krill já está do tamanho do Godzilla, hehehehhehehe
Bjos
T
Tragam um Pulitzer para este mito!!! Hahahahaha
ExcluirAí, Trevaz
ResponderExcluirEsse maluco escreve muito melhor que você e não gosta dessas merdas moderninhas, deixa ele no comando por aqui, kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Abrá do Danilo
Porra, Danilo, VTNC!! Já demiti o chimpanzé que escrevia minhas resenhas, vou contratar um chinês
ExcluirVou mandar o Krill te fazer uma visita aí, vista algo confortável sua groupie imunda!
bjundis
T
Tragam DOIS Oscar para este mito!!! Vai que ele perde um!!! Hahahahaha
ResponderExcluirCaraca!!! Perfeita essa resenha...fui relembrando de cada momento do show!! Na falta de uma máquina do tempo, essa resenha ajudou a reviver um pouco a emoção!! Valeu demais!!!! Abraços, Alê :) :)
ResponderExcluirValeu, Alê!
ExcluirUma pena que perdi esse show!
Saudações
T