quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Curtas: Swallow the Sun, Gus G, Slayer, Soilwork

Swallow The Sun, Gus G, Slayer, Soilwork


Swallow the Sun - Songs From The North, I, II& III
Swallow The Sun – Songs From The North, I, II & III (Cd Triplo – 2015)

Uma Bela e Longa Jornada Pelo Inverno Nórdico

Em plena era do short spam e da falta absoluta de interesse na aquisição de edições físicas de discos, uma banda finlandesa pouco conhecida de Doom Metal me resolve lançar um disco triplo. Sim, triplo! E que bom que o fizeram. Songs From The North divide suas 21 músicas em três partes que representam conceitos musicais diversos e que tem vida própria. A primeira parte, intitulada Gloom, representa o material mais equilibrado, exatamente o que se espera do STS, uma mistura equilibrada de Doom, Death e Gothic Metal. Soturno e pesado, com um grau de maturidade que a banda ainda não havia apresentado.


O segundo disco, Beauty, mostra uma faceta ainda não explorada pelos finlandeses. Um material semiacústico, folk e etéreo, de uma beleza soturna, com a qualidade das composições ainda lá no alto (me lembrando um pouco o Katatonia e o que o Green Carnation fez em Acoustic Verses). O terceiro disco possui um título autoexplicativo: Despair. Nele a banda aposta num Funeral Doom pesado à pampa, com a música mais curta batendo a casa dos nove minutos e proporcionando a sensação de que estamos afundando num mar de piche no meio do gélido inverno nórdico. A jornada pelas trevas finlandesas talvez seja longa demais para ser apreciada de uma só tacada, mas esse Songs From the North é a prova cabal e irrefutável da evolução de uma banda. Uma obra fantástica!

NOTA: 93

Classifique como: Doom Metal, Gothic Metal
Para fãs de: Green Carnation, My Dying Bride, Novembers Doom, Katatonia
Fuja se sofrer de déficit de atenção.

Olá, senhor, você teria mais de duas horas de seu tempo para ouvir a palavra do senhor Doom Metal? Swallow the Sun 2015
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Gus G - Brand New Revolution
Gus G – Brand New Revolution (Cd - 2015)

Presente (repetido) de Grego

Terceiro disco solo do guitar hero grego, Brand New Revolution segue a fórmula que funcionou muito bem em I Am The Fire (ver resenha da Cripta). A despeito da veloz abertura instrumental, o que temos aqui é um Hard/Heavy bem moderno, com músicas bem construídas e com refrãos bacanas. Tal qual o disco anterior, Gus apelou para convidados nos vocais. Quase todos são figuras repetidas do trabalho anterior, como Jeff Scott Soto, Jacob Bunton e Mats Levén, mas há espaço também para a bela Elize Ryd, do Amaranthe, na bacana What Lies Below (ver vídeo).


Dois pequenos pontos fazem desse disco novo um pouco menos interessante que o I Am The Fire: o primeiro é a qualidade do material, bacana, mas menos inspirada. O segundo se refere a opção pelo uso de Jacob (Lynam, Adler, Mars Electric) como vocalista da maior parte do material. O cara não é ruim, soa por vezes como um improvável rebento entre Ray Alder (Fates Warning) e Zack Stevens (Circle II Circle), mas falta alguma coisa nas linhas melódicas, talvez um pouco de punch e personalidade. De toda forma, um disco divertido e muito bem tocado.

NOTA: 77

Classifique como: Hard Rock
Para fãs de: Talisman, Pink cream 69
Fuja se tiver problemas com toques modernos em seu Hard Rock.

O que diabos será que Elize disse ao pé do ouvido do nosso amigo grego?
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Slayer - Repentless
Slayer – Repentless (Cd-2015)
Vida Após Hanneman?
Muita gente boa encarou com ressalvas a insistência do Slayer em prosseguir suas atividades após a morte de Jeff Hanneman. Pior ainda foram as reações quando Kerry King anunciou que a banda estava produzindo um novo disco. Mas qualquer dúvida quanto à qualidade do material sobrevive apenas à duração da bacana intro, pois a trinca de faixas composta por RepentlessTake Control e Vices é capaz de devastar os exércitos do Senhor. A faixa título por si só valeria o disco, diga-se. Ah, e que clipe divertido que ela ganhou, uma espécie de Vila Sesamo do inferno (ver abaixo).


A dobradinha Chasing DeathImplode faz as vezes de ponto fraco do material e até mesmo a inicialmente criticada When the Stillness Comes acaba de se mostrar boa com a repetição da bolachinha. O mestre Gary Holt pode não ter participado ativamente das composições, mas as dobradinhas que faz com Kerry King deixariam um sorriso no rosto de Hanneman, em especial em You Against You. Atrocity Vendor tem em sua urgência punk uma grande virtude, e curiosamente o acelerado disco termina com uma faixa (boa) faixa arrastada. Sim, o Slayer está vivo, e Repentless é um baita disco. Slayeeeerrrrr!!  

NOTA: 82

Classifique como: SLAYEEEEEERRRRRRR!!!!
Para fãs de: SLAYEEEEEERRRRRRR!!!!
Fuja se SLAYEEEEEERRRRRRR!!!!

SLAYEEEEEEEEEERRRRRRR!!!
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Soilwork - The Ride Majestic
Soilwork – The Ride Majestic (Cd-2015)

Majestoso

Um dos grandes nomes da cena de Gotemburgo que originou o Death Metal Melódico na década de 1990, o Soilwork tomou as rédeas de uma carreira que vinha titubeando com o ambicioso e excelente disco duplo The Living Infinite (ver resenha da Cripta). Após uma bem sucedida turnê, a banda resolveu aproveitar os bons ventos e retornar rapidamente ao estúdio. Mas as gravações de Ride Majestic foram bem conturbadas, com alguns dos músicos perdendo pessoas próximas. Com a morte rondando a banda em seu refúgio criativo, nada mais natural que a mesma se esgueirasse para a temática central do novo trabalho. Mas nada de negativismo aqui, The Ride até possui uma aura bela, o término de uma existência é encarado nas letras mais como uma passagem, uma viagem. O direcionamento musical por sua vez está mais direto e até mesmo melodioso, como podemos checar na excelente faixa título e na música de trabalho Death In General (ver vídeo).


O Soilwork trabalha seu melodeath com influências diversas, que vão do progressivo ao Power Metal, passando pelo AOR e Hard Rock. Por vezes essas nuances ameaçam tornar algumas músicas algo esquizofrênicas, mas de alguma maneira mágica tudo se encaixa e soa bem. Muito bem. Méritos tem que ser dados ao excelente Bjorn Strid, possivelmente o melhor vocalista nesse nicho musical, soando extremamente bem tanto nos guturais quanto nas vozes limpas. The Ride Majestic não beira a perfeição como fizera o trabalho anterior, mas ainda assim rivaliza com alguns dos melhores trabalhos dos suecos. Um disco matador (ops)!

NOTA: 88

Classifique como: Melodic Death Metal
Para fãs de: At The Gates, In Flames, Killswitch Engage
Fuja se tiver problemas com a alternância entre o extremo e o melódico.

Bjorn está careca de saber como fazer um grande disco - Soilwork 2015

2 comentários:

  1. ÇILEIAAAAAARRRRR...

    Melhor resenha desde o início do blog!

    Jundas.

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    Respostas
    1. Slayeeeeeeeerrrrrrrrr
      Slayeeeeeeeeeeeerrrrrrrr Slayeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeerrrrrr, Slayeeeeeeeeeeeeeeeeerrrrr.
      Slayeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeerrrrrrr??
      Slayerrrrrrrr, Slayeeeeeeeeeeeeeeeerrrrrrrr
      p.s.: Slayeeeeeeeeeeeeeeeeerrrrrrrrrrrr

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