domingo, 18 de maio de 2014

Lacuna Coil – Circo Voador (RJ) – 11.05.14/ Amon Amarth – Circo Voador (RJ) – 16.05.14


Lacuna Coil/Amon Amarth
Lacuna Coil – Circo Voador (RJ) – 11.05.14/ Amon Amarth – Circo Voador (RJ) – 16.05.14


A temporada de shows esse ano anda inspirada para os Cariocas, e maio vem sendo um mês especial, com uma miríade de opções para todos os tipos de headbangers.
E como que para exemplificar esse fenômeno venho agora com essa resenha para dois shows que aconteceram no mesmo local no espaço curtíssimo de 5 dias: os góticos italianos do Lacuna Coil e os Vikings fedegosos do Amon Amarth!

p.s.: Maio também foi um mês de marasmo aqui na Cripta, meu computador ficou no estaleiro, mas agora já está tudo em ordem e voltaremos com nossa programação habitual em breve...ou não...
Abraços
Trevas


Poster da Turnê Latino Americana
Lacuna Coil – Circo Voador (RJ) – 11.05.14

Gothic Spaghetti
Texto e fotos – Trevas

Aproximadamente um ano após o memorável show dos italianos por essas bandas (Ver resenha aqui), o Lacuna Coil retorna ao mesmo palco para apresentar seu novo show, para um público quantitativamente inferior ao daquela ocasião.

Se naquele dia a banda foi escoltada pelos ótimos brasileiros do Painside, dessa vez não dividiram a noite com ninguém, e pontualmente o show teve início, curiosamente com uma canção do disco anterior.

A bela...
Com um set bem menos abrangente e variado que no show de 2013, tivemos vários representantes do último lançamento (o ótimo Broken Crown Halo) no repertório, como Die & Rise, Victims, Zombies e Hostage To The Light. Estranhamente a atual música de trabalho, I Forgive (But Won’t Forget Your Name) foi deixada de fora.

...e a fera.
Mas apesar da ausência de algumas favoritas do público (cadê Senzafine?), ninguém pode reclamar muito do show. Novamente impecavelmente profissionais, os italianos proporcionaram um show intenso, com ótimo trabalho de iluminação somado a um cuidado estético que passa pelo figurino e termina na estudada postura de palco dos dois vocalistas, a belíssima, simpática e talentosa Christina Sccabia e o esforçado Andrea ferro. Andrea teve em Broken Crown Halo sua melhor performance em estúdio até o momento, o que parece ter refletido em sua atuação vocal superior nessa turnê.

Christina Sccabia
O profissionalismo por vezes quase mecânico do show não contaminou o público, que respondeu com bastante energia a cada música tocada. E um toque de espontaneidade foi adicionado ao espetáculo graças a duas coroas arremessadas ao palco pelos fãs, que serviram de uma indumentária lúdica aos vocalistas, que claramente se divertiram com a situação. Talvez por se tratar do último show da perna brasileira da turnê e por conta do cansaço acumulado, a banda cortou uma música do set programado, se retirando um pouco antes do palco.  O bis curiosamente trouxe um apanhado de músicas relativamente recentes, mas com um público fiel e conhecedor de cada trabalho dos italianos, as mesmas foram recebidas com empolgação e intensidade. O show chega ao fim, todos voltam para casa felizes, mas fico com a impressão de que o Lacuna Coil está andando um pouquinho demais no piloto automático (NOTA: 7,5).


Lacuna e seus amigos do Circo Voador

Amon Amarth - poster oficial


Amon Amarth – Circo Voador (RJ) – 16.05.14


Happy, happy Ragnarök!!!
Texto, Foto e Vídeo por Trevas

Meu ingresso dizia expressamente:
Abertura da casa - 22h
Início do show - 23h

Qual não foi minha surpresa ao chegar às 21:50 na porta do Circo Voador e ouvir o Tamuya Thrash Tribe tocando em alto e bom som para uma casa que já contava com ótimo público (a essa hora já superior ao que testemunhou o show do Lacuna Coil resenhado acima). Entrei a tempo de ver o TTT anunciar sua última música, terminando o show ovacionado efusivamente pelo público, o que só me fez amaldiçoar ainda mais a falta de respeito da organização do evento. Por que diabos temos problemas em cumprir com os horários programados, isso eu nunca vou saber. Além de ter perdido o show de abertura, me deparei com a bancada de merchandise dos suecos vazia, com todo o material tendo sido vendido faltando ainda uma hora para o início do show. Prenuncio de que os barbudões teriam em sua primeira passagem por solo carioca um público fiel e sedento nas mãos.

Com um belo backdrop representando a arte de capa do novo trabalho, Deceiver Of The Gods, mas sem parte da produção costumeira de seus shows em solo europeu (nada do Drakkar nem de efeitos pirotécnicos), o Amon Amarth sobe ao palco triunfante ao som de Father Of The Wolf. A reação do público se repetiria a cada nova música anunciada: punhos ao alto e animados moshpits.

Vamos lá, Vikings tupiniquins!
O som está perfeito e a banda executa as músicas com tamanha precisão que a impressão de que estamos escutando aos discos só é quebrada porque o público canta cada palavra das letras a plenos pulmões. O gigante Johan Hegg, com sua imensa barba só rivalizando com a rotunda pança e possante voz, parece maravilhado com a recepção calorosa. Sua postura portentosa de campeão Viking desmoronando perante o sorriso pueril incontido a cada vez que percebia os fãs cantando até mesmo as linhas melódicas das guitarras.

Faltaram o Drakkar e os fogos...
A costumeira pose belicosa e ameaçadora da banda esconde um punhado de suecos para lá de descontraídos e bem humorados, e a ferocidade do show foi quebrada por um momento que gerou uma sensação generalizada de vergonha alheia. Johan resolve homenagear a cidade, fazendo a banda brindar e beber uma “típica” birita brasileira, ao som de uma bizarra e festiva música de caserna. A cara de incredulidade do público, que pela primeira e única vez durante o set faria um sepulcral silêncio, talvez tenha parecido misteriosa aos olhos da banda. É que ninguém avisou aos grandalhões que “Underberg” não é exatamente uma bebida típica e muito menos popular por aqui...de qualquer maneira, foi um momento pitoresco.

Moshpit em nome de Odin!
Com músicas novas como Blood Eagle, As Loke Falls e Warriors Of The North tão bem recebidas quanto as já clássicas Runes To My Memory (ver vídeo abaixo) e Cry of the Black Birds, a banda se retira do palco pela primeira vez com a sensação de vitoria estampada nos felizes e hirsutos rostos. O retorno se dá ao som da destruidora Twilight Of The Thunder God, seguida de Pursuit Of Vikings. Exausta e extasiada, a platéia grita efusivamente “Amon, Amon” ao final do que parecia ser o prenúncio do ragnarök. E pelo olhar de todos na banda ficamos na certeza de que não demorará muito até que os guerreiros vikings retornem em solo fluminense para repetir a pilhagem que presenciamos essa noite (NOTA 10).



2 comentários:

  1. Show do lacuna eletrizante, pena q não fui no Amon :(

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    Respostas
    1. Pequena
      Foi legal sim, mas preferi muito mais o do ano passado.
      E o Amon Amarth foi daqueles shows para entrar em listinha dos melhores que já vi.
      Bjos
      T

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