Grand Magus - Triumph And Power (2014) |
De
Volta à Boa Forma
Por Trevas
Prólogo:
Do Doom Ao Tradicional
Banda sueca nascida com vocação para o Epic Doom Metal, o Grand Magus ao longo de sua carreira rumou aos poucos em direção a
um metal tradicional com elementos épicos e pitadas para lá de esporádicas de Doom. Se aproveitando que o nicho mais tradicional
do Heavy Metal ficou esvaziado na
última década com o crescimento de uma miríade de subestilos mais refinados e
complexos, a banda brandiu sua espada com firmeza na cena, angariando uma
reputação formidável com um som absurdamente simples para os padrões atuais.
Grand Magus |
Após o sucesso de discos como Iron Will (2008) e Hammer Of The North (2010), a banda resolveu incorporar alguns
elementos do hard/heavy oitentista com mais afinco em The Hunt (de 2012, ver resenha aqui). O resultado foi recebido com
uma mistura de empolgação ressabiada com críticas de que o Grand Magus estava amansando seu som em demasia. Percebendo a
reação temerosa de boa parte dos fãs, JB
(líder, guitarrista e vocalista da banda) prometeu que o novo disco viria com
uma pegada bem mais encorpada que os trabalhos anteriores. Ornado com bela
ilustração de capa (cortesia de Anthony Roberts),
Triumph and Power chegou às
prateleiras recheado de expectativas.
Deixe
a Batalha Começar!
Após uma introdução algo climática,
o riff inicial de On Hooves Of Gold
entrega a especialidade da casa com louvor: heavy metal mid tempo tradicional e
épico com um refrão para cantar junto já na segunda repetição. A produção está
absolutamente mais encorpada que no disco anterior e a voz de JB soa em sua melhor forma nessa
música.
O baixo e bateria introduzem Steel Versus Steel, outra faixa mid
tempo que exala anos 1980. Menos impressionante que a abertura do disco, ainda
assim é difícil passar incólume ao seu grudento refrão, sempre trazendo aquelas
letras deliciosamente idiotas de batalhas épicas características do metal em
sua vertente mais “true”.
Fight
promete um puta Doom Metal a tomar
como parâmetro seu riff inicial, mas se desenvolve como uma faixa mais
acelerada que as duas primeiras, com resultado bastante empolgante. Lembra um
pouco algo de Wolf’s Return (de
2005), o que é uma boa coisa. Triumph
and Power, faixa título e de trabalho (ver vídeo abaixo), já nasceu
clássica. Versos iniciais marcados por um baixo gorduroso (cortesia de Fox) e
boa interpretação por parte do limitado, mas sempre eficiente JB, a música cresce até explodir num
daqueles refrães pelos quais as platéias costumam aguardar avidamente num show.
Um deleite para qualquer fã de metal tradicional.
Uma virada do preciso e esporrento Ludwig introduz a acelerada Dominator, com mais um riff matador e
refrão altamente cantável, nos remetendo as melhores faixas velozes que a banda
produzira no passado. Após a curta e instrumental Arb, Holmgang mantém a pegada
épica, mas a falta de um refrão tão marcante quanto os anteriores dá a injusta
sensação de se tratar de uma faixa menor no contexto do disco. Se refrão é um
problema, a música seguinte resolve a questão: The Naked And The Dead poderia bem figurar em qualquer (bom) disco de
hard/heavy dos anos 1980 e conta com mais um ótimo trabalho de bateria e linhas
melódicas contagiantes.
Fox, JB e Ludwig - Grand Magus 2014 |
Ymer
serve de prelúdio para a última música do repertório regular do CD, The Hammer Will Bite, o épico do trabalho.
Pesadona e com uma letra que de tão idiota parece ter sido escrita por alguma
banda piada no estilo Massacration,
a faixa de encerramento promete mais do que cumpre, mas ainda assim deve ser
capaz de trazer um leve sorriso ao rosto dos fãs mais ardorosos de Power/True Metal.
A faixa bônus presente na edição
brasileira, Blackmoon, é bem legal e
não faz feio perante o restante do repertório.
Saldo Final
JB
prometeu e cumpriu, Thiumph and Power
é muito mais forte e épico que The Hunt.
Longe de soar inovador, certamente fará felizes todos aqueles que sentem falta
de um Metal mais direto e simples como aquele feito na década de 1980. Um prato
cheio para fãs de bandas como Hammerfall e Manowar. Agarre seu machado, vista
sua calça de couro e ponha a bolachinha para rodar sem medo!
NOTA:
8
Prós:
Direto e sem frescuras, com ótimos
refrães.
Contras:
As letras são tão idiotas que fariam
inveja ao Axel Rudi Pell.
Classifique como: Heavy Metal
Tradicional, Epic Metal, True Metal, Power Metal
Para Fãs de: Manowar, Hammerfall, Judas
Priest.
Ficha Técnica
Banda: Grand Magus
Origem: Suécia
Site Oficial: http://www.grandmagus.com/
Disco (ano): Triumph And Power (2014)
Mídia: CD
Lançamento: Nuclear Blast Brasil (Importado)
Faixas (duração): 10 (43’). 11 na
edição limitada (46’)
1. On Hooves Of Gold; 2. Steel Versus Steel; 3. Fight; 4. Triumph and
Power; 5. Dominator; 6. Arb; 7. Holmgang; 8. The Naked And The Dead; 9. Ymer;
10. The Hammer Will Bite; 11. Blackmoon*.
* Faixa bônus
Produção: Nico Elgstrand
Arte de Capa: Anthony Roberts
Formação:
JB - voz, guitarra;
Fox - baixo, voz
Ludwig - bateria.
Senti firmeza, muito bom!!!
ResponderExcluirValeu, Pipi!
ResponderExcluirEsse disco tem realmente a tua cara, metal bem tradicional sem invencionices!
Abração
T