Elegância Sombria
Por Trevas
Annie Lennox, é você? |
Visite o The Metal Club |
Gravadora:
Shinigami Records (nacional)
Prós:
sombrio e sofisticado
Contras:
O material mais tradicional de Doom começa a destoar
Classifique
como: Doom Metal, Retro Rock
Para os malucos(as) que como eu tem prazer em destrinchar as histórias que permeiam a trilha sonora que escolhemos para nossas vidas. E quantas histórias interessantes se escondem em cada esquina desse vasto mundo do rock! Vocês encontrarão por aqui resenhas de shows, discos, livros, dvds (blu-rays) e notícias comentadas sobre o mundo do rock. Espero que vocês gostem e visitem sempre ou eventualmente. Eu, certamente, me divertirei muito escrevendo aqui.
Elegância Sombria
Por Trevas
Annie Lennox, é você? |
Visite o The Metal Club |
Gravadora:
Shinigami Records (nacional)
Prós:
sombrio e sofisticado
Contras:
O material mais tradicional de Doom começa a destoar
Classifique
como: Doom Metal, Retro Rock
Editora Constable (Importado, E-book)
272 páginas
Viajando Mais Alto Que Um UFO
Por Trevas
Um cara que recebia “sermões “ sobre o abuso de drogas de
gente como Lemmy Kilmister e Ozzy Osbourne definitivamente tinha que ser
estudado pela NASA!
Esse é Pete Way, um dos mais influentes baixistas da
história do Rock, que fez fama mundial com o UFO na década de 1970 e viveu (e
sobreviveu a) uma vida de excessos que fazem o filme do Motley Crue parecer um
longa do Barney, o Dinossauro Rosa.
É aquela velha história, biografias de astros do rock podem
parecer todas iguais depois de um tempo, os clichês de sempre, sua qualidade
dependendo bastante da prosa do autor.
Para nossa sorte, Pete (com ajuda de Paul Rees) conta a sua
turbulenta história de maneira para lá de divertida e sincera, mesmo quando no
terço final o livro acaba se convertendo no tradicional “épico do junkie
irrecuperável “.
Tem muita história bacana nessas páginas, em especial da
era de ouro do UFO, como as impagáveis sessões de gravação com o louco Ron
Nevison.
Uma biografia legal, com a prosa intercalada com
comentários de gente do naipe de Joe Elliot (Def Leppard), Geddy Lee (Rush),
Michael Schenker e Steve Harris (Iron Maiden).
Moisés, nosso convidado especial |
Para quem gosta de heavy metal,
Judas Priest é uma entidade e encontra-se normalmente no topo das bandas
preferidas. Foi essa a razão que me fez correr atrás de um livro que explicasse
mais em detalhes as origens da banda. E nada como ler diretamente do fundador,
do membro mais antigo da banda, daquele que pegou o nome emprestado e definiu o
visual da banda. O livro, em inglês, se chama Heavy Duty – Days and Nights in
Judas Priest. O livro contém uma série de fotos legais no meio dele que não me
atrevo a rebater, por questões de direitos.
O objetivo dessa resenha não é
traduzir o livro, pois seriam quase 300 páginas, mas sim dividir algumas
histórias que guardarei na memória e fazer um pequeno resumo desse belo livro
que, por enquanto, não possui sua versão em português.
- K.K. Downing nasceu como
Kenneth Downing Jr., ou Ken, em 27 de outubro de 1951 em Black Country, West
Bromwich, Inglaterra.
- Ken ficou louco com o som da
guitarra de Jimi Hendrix, em especial, Foxy Lady. Ele teve o privilégio de ver
alguns shows do mestre quando jovem e isso o influenciou bastante o querer
tocar guitarra.
- O ambiente em sua casa era
hostil. Não havia amor. Seu pai o proibia de interagir com outras crianças por
motivos psicológicos. O cara era um vagaba e apostava o que conseguia do
governo em cães e cavalos. Eram pobres e moravam um pouco afastados, na região
central da Inglaterra em um ambiente industrial. Bem Heavy, né?
- Com amigos, fez uma viagem
louca pela Europa, foi parar na Alemanha e, quando finalmente, retornou à sua
cidade, perdeu o bom emprego de cozinheiro que tinha em um bom hotel.
- Al Atkins já tinha um nome na
cena local e junto com K.K compuseram as primeiras canções do Judas Priest. Sem
novidade. Todo mundo já sabia.
- Após alguns shows com Al
Atkins, a falta de grana falou mais alto para quem já estava em outra fase da
vida. Sem vocalista, K.K. recebeu a dica de uma amida da namorada e bateu na
porta de Rob Halford.
- O contrato para a gravação do
1º álbum Rocka Rolla foi conseguida através da ralação dos shows e antes da
entrada de Glenn Tipton na banda. Momento bom para entrar numa banda. O Budgie
era uma das bandas parceiras para as quais o Judas abria os shows.
- Junto com o esforço e alegria
de um primeiro contrato e primeiro álbum, veio a decepção da mixagem ruim.
Lição aprendida sobre a importância da mixagem logo de cara.
- E a grana? Que grana? Veio
então com o 2º álbum Sad Wings of Destiny? Sem chance. A coisa só começou a
entrar de leve quando trocaram para Sony/CBS e gravaram Sin After Sin. Com ele,
fizeram uma pequena tour no U.S.
- A relação difícil com Tipton
vem dos primórdios com a divisão injusta dos solos e inicio do domínio de
Tipton sobre a banda. O perfil de K.K. nunca foi de confronto dado tudo que
passou e teve que enfrentar dentro de casa quando criança.
- O visual da banda na década de
70 era disparate. A imagem e as roupas que definiram o heavy metal vieram de
K.K. Downing. Ele definiu a imagem do Judas e a imagem do metal. Halford
comprou logo de cara a ideia das roupas de couro, tachas e chicote. Por que
será?
- O Judas sempre valorizou as
bandas de abertura assim como foi valorizado pelas bandas do início do
movimento no início da década de 70. Mas a treta com o Maiden foi real. Segundo
a versão deles, Paul Di’ Anno e cia eram meio metidos e intrusos, o que nunca
favoreceu uma boa relação entre as
bandas.
- Ibiza na Espanha foi o paraíso
onde foram gravados Point of Entry, Screaming for Vengeance, Defenders of the
Faith e outros.
- Assim como li em outros livros,
a importância do US Festival e a ostentação de chegar de helicóptero e ver um
planeta inteiro em um festival é inesquecível para os músicos que fizeram parte
do festival.
- Turbo foi polemicamente um
sucesso. Sintetizadores não foram um problema só para o Judas. Ahhh conhecem
Top Gun? Pois é, a banda não topou entrar na trilha do filme. Bola murcha.
- A banda sempre soube e
respeitou a posição sexual de Rob Halford. Bola dentro.
- A tour com Motorhead e Alice
Cooper foi o fim da banda. Desgaste de relacionamento, confusões, brigas e
acidente no palco determinaram a saída de Halford antes mesmo de K.K. entregar
sua própria carta de demissão - carta essa que só seria entregue muitos anos
depois em sua aposentadoria do Judas.
- Ralph Scheepers foi sim
cogitado. Ripper entrou e foi importante para a banda. Manteve a chama acesa e
fez seu papel da melhor forma possível. Profissional na entrada e saída.
- Com o retorno de Halford, a
banda voltou com força nos festivais e lançou Angel of Retribution que continha
material da fase Screaming for Vengeance como, por exemplo, Judas Rising, que
quase virou o título do álbum, o que estaria totalmente com a temática
metal-religiosa da banda ao longo dos anos.
- Nostradamus é um álbum bem
valorizado por K.K que, segundo ele, não funcionou ao vivo e perdeu uma grande
oportunidade cênica e teatral que poderia ter marcado ainda mais o Judas.
- O livro termina com a carta de demissão
ou aposentadoria em Abril de 2011. Será? Termina com algumas histórias da vida
como ela foi pós-Judas e algumas frustrações superáveis em especial com o
documentário Heavy Metal Britannia onde K.K. não foi convidado para contar a
origem do metal na Inglaterra industrial. Eu assisti ao documentário e
recomendo.
- Em resumo, um metaleiro com
infância difícil, guerreiro, riffeiro, determinado, que ajudou as mulheres e
pessoas que passou pela sua vida e, mais do que tudo, contribuiu para a
solidificação do heavy metal e de sua imagem.
Por Trevas
Já faz um tempo que os titãs
do Thrash germânico, seguem essa
fórmula: disco de estúdio lançado, certeza de que virá um registro da turnê
vindoura em seguida, tal qual fazem Iron
Maiden e Saxon. Joga a favor da banda que seus discos atuais são excelentes
e seus shows, garantia de muita energia e ferocidade, mesmo após tantos anos. London Apocalypticon nos traz o registro, em vídeo e áudio, de um show
como co-headliner de um evento na lendária Roundhouse,
em Londres (dã). Mas não é só isso, como já se faz um salutar hábito de Mille e
companhia, temos uma penca de material da banda encartado aqui, então vamos lá.
Apresentação
Qualidade
de Áudio e Vídeo
Extras
De brinde, ainda temos Violent Visions: trazendo os cinco videoclipes para Gods Of Violence, geralmente muito bem
produzidos.
CD
Talvez a parte menos
interessante do pacote todo, o CD ao vivo é bom, mas seja pela limitação do set
(que é o da Roundhouse), seja pela
qualidade de som (apenas boa), fica aquém de um Live Kreation. Vale como
bônus, mas não compraria a edição somente em CD.
Ou seja, London Apocalypticon nos
presenteia com cerca de quatro horas de Kreator,
em alta qualidade de som e imagem. Uma irresistível overdose Thrasher. (NOTA:9,00)
Gravadora: Nuclear Blast (importado)
Prós: Overdose de Kreator em três shows
diferentes
Contras: A edição do show principal irrita
um pouco
Classifique como: Thrash Metal
Para
Fãs de: Sodom, Testament
Por Trevas
Com o espirituoso título que
faz referência aos clássicos discos ao vivo de Deep Purple e Iron Maiden, os veteranos dinamarqueses nos presenteiam com seu primeiro
Blu-ray, gravado em 2018, em
Kawasaki.
Áudio
& Vídeo
Repertório
Com tudo parecendo tão feijão
e arroz assim, seria fácil imaginar se tratar de um lançamento mediano. Mas estamos
diante de uma banda para lá de afiada, com um repertório especial, comemorando
os 30 anos de um de seus grandes trabalhos: Future World. E é esse
disco na íntegra que toma boa parte do que vemos aqui, e todas as versões
ganham muito de energia ao vivo, soando ainda melhores que as originais. No encore, algumas faixas de trabalhos
mais atuais (com destaque para Mother Of
All Lies) e Sin-Decade fechando
a noite, em pouco mais de hora e dez de uma apresentação curta, mas matadora.
Performances
Extras
Se a atração principal é um
show curto, em contrapartida temos extras sobrando. Primeiramente, todos os
videoclipes da fase Frontiers da
banda, que totalizam 11, geralmente bem produzidos. Temos também dois
documentários curtos de turnê. Depois temos entrevistas bem bacanas com quatro
dos membros da banda, focando em fatos desde o início da carreira até agora. Sem
legendas, mas o inglês dos caras é tranquilo de entender, em especial de Ronnie e Ken.
Veredito
Um show curto, mas excelente,
amparado por uma quantidade para lá de satisfatória de extras interessantes. Obrigatório
para os fãs dos dinamarqueses, e uma boa porta de entrada em quem tem
curiosidade de expandir seu conhecimento sobre o som de uma das bandas mais únicas
da história do metal. (NOTA: 9,00)
Gravadora:
Frontiers Records (importado)
Prós:
Show curto e forte e uma penca de extras bacanas
Contras:
O show é curto...
Classifique
como: Hard/Heavy
Para
Fãs de: Bonfire, Eclipse
Deliciosa
Discórdia
Por Trevas
Gravadora: Rise Records (importado)
Prós: caótico e muito criativo
Contras: pode ser longo e caótico demais
para ouvidos sensíveis
Classifique como: Kvelertak? Black’n’Roll,
Metal Moderno
Para
Fãs de: Mastodon, Thin Lizzy