Phil Campbell And The Bastard Old
Ones
Por
Trevas
O guitarrista galês,
fiel escudeiro de Lemmy Kilmister de 1984 até a hora de sua
morte, tinha na mente gravar um disco solo desde o final da década de 1990. A
correria com as atividades do Motörhead
sempre acabava por colocar essa ideia para escanteio, até que o falecimento de Lemmy mudou tudo. Com o inevitável fim
do lendário trio inglês, Phil se
concentrou em continuar a compor, lançando um Ep e um CD com o Phil Campbell And The Bastard Sons, banda que
traz três de seus filhos na formação, e preparando enfim o terreno para seu
primeiro disco solo.
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Nosso velho herói galês |
A ideia, simples, era fazer 10 canções que soassem diferentes umas das
outras, compostas especialmente para alguns artistas de quem Phil é fã e/ou tem algum grau de
amizade. O nome do disco foi sugerido por um dos filhos do guitarrista, tendo
em vista o tanto de veteranos que participam do trabalho, produzido pelo
próprio Phil e mixado por Soren Andersen. Na parte instrumental, os
filhos do Hômi dividem espaço com alguns convidados famosos e outros mais afeitos
ao underground.
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Capa da edição nacional |
A capa da versão nacional pregou a peça em muita gente, acreditando ser
um disco acústico. E a faixa de abertura, Rocking
Chair, ajuda a confundir. Uma bela
canção semi-acústica com letra autobiográfica (contando com a devida, e
inevitável, homenagem ao Lemmy). Na
voz Leon Stanford, do The People, The
Poet. A música tem uma puta pegada de Bruce
Sprigsteen e começa bem e de forma
curiosa o disco. Logo em seguida as guitarras são plugadas para Straight Up, um rockão contagiante contando com a voz de ninguém menos que o
próprio Metal God, Rob Halford.
O tom muda de novo, dessa vez temos o gigante Ben Ward cantando Faith In Fire, totalmente Stoner Metal, totalmente...Orange
Goblin! À tiracolo os não tão
conhecidos Tim Atkinson no baixo e a beldade Robyn Griffiths na
bateria. Alice Cooper e Chuck Garric dão as caras na boa Swing It, que é melhor que boa parte do material mais atual da Titia.
Ótima surpresa é a belíssima atuação vocal de Nev MacDonald (ex-Skin) em Left for Dead, petardo hard que ainda traz Martin
King (Level 42) no baixo. Que voz! Já Walk
The Walk erra o alvo, com o canadense Danko Jones fazendo uma parceria
desinteressante (mas pesadona) com Nick
Olivieri, o baixista peladão do Queens Of the Stone Age no Rock In Rio 2001. Para levantar de vez o ânimo, nada melhor que
o próprio jandirão, Dee Snider, mandando brasa em These Old Boots, música que
faz homenagem justamente aos dinossauros do rock. Não à toa, Mick Mars também está nessa. A bateria dessa faixa ainda
tem Chris Fehn, direto dos mascarados do Slipknot.
Possivelmente a melhor do disco.
Saudades
do Ugly Kid Joe? Não? Nem eu. Mas
até que Whitfield Crane manda razoavelmente bem na
moderna e pesada Love Survives. Muito melhor se sai o doidão Benji Webbe (Skindred) na
ótima balada Dead Roses, que conta ainda com Phil no
piano e Matt Sorum na bateria. Para encerrar, uma curta e bela instrumental que
conta com Joe Satriani e coroa a versatilidade
do capitão do barco, que desfila belos riffs e solos por todo o álbum. Pode ter
demorado a sair, mas o primeiro disco solo de Mr. Campbell é uma deliciosa surpresa!(NOTA: 8,51)
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Gravadora: Shinigami Records (nacional)
Prós: variado e inspirado
Contras: dificilmente será ouvido por
muitos
Classifique como: Hard Rock, Heavy Metal
Para Fãs de: Hard & Heavy em geral
Caro Gnomo Gritador, eu também fiquei belamente surpreso com o conteúdo e a extrema qualidade desse disco. Acho que merecia uma nota melhor, mas tá na boa. Espero que ele continue a lançar discos, bala na agulha nós já sabemos que o cara tem.
ResponderExcluirValeu!!
ML
Fala Lacerda!
ExcluirPois é, que legal que ainda nos aprontam surpresas como essas!
Ah, notas são só detalhes, para mim 8,50 já é nota alta bagarai!
Abraço
T