Uriah Heep - Living The Dream |
Continuando
o Sonho
Por Trevas
O 25º disco de estúdio dos britânicos do Uriah Heep chegou ao mundo sem muito alarde. Fui conferir quinto trabalho
de estúdio a trazer a cozinha composta por Dave
Rimmer e Russell Gillbrook junto
ao consolidado núcleo composto pelo líder Mick
Box, pelo vocalista canadense Bernie Shaw e pelo tecladista Phil
Lanzon sem esperar grandes coisas. E
às vezes essa falta de expectativa é a melhor aliada ao se analisar discos de
bandas clássicas.
O disco começa de maneira surpreendente, com Grazed By Heaven. Não entenda mal, a música é Uriah Heep clássico, pesadona e excelente. A surpresa reside no fato da mesma
ser de autoria do “novo” baixista (Dave
Rimmer) em parceria com Jeff Scott Soto, com letra inspirada
na breguíssima série de livros para tiazona tarada 50 Tons de Cinza.
A boa faixa título segue com vocalizações
clássicas da fase Bernie Shaw (o mais longevo e subestimado dos
vocalistas Heepianos) e tem
excelentes momentos instrumentais (que belo baterista é esse Russell Gillbrook), engrandecidos pela exímia produção de Jay Ruston. Discípulo de Desmond
Child, Ruston já havia feito bons trabalhos nos discos do Steel Panther e nos novos trabalhos do Anthrax.
Take Away My Soul (ver vídeo) é
uma das melhores coisas que o Uriah Heep fez nesses últimos 20 anos, com
seu refrão para lá de grudento e com Phil
Lanzon remetendo a alguns temas nos
teclados que parecem saídos de algum clássico da banda no passado. Ah, e o
mestre Mick Box detona de maneira inspiradíssima ao final da faixa.
A produção de Ruston, repleta de peso e dinâmica, acerta tão em cheio que até
faixas menos brilhantes, como Knocking
At My Door e Waters Flowing não parecem enfadonhas ao lado de belezuras como Rocks On The Road, com uma matadora jam instrumental
em seu final e da épica e sombria It’s
All Been Said.
A veloz e roqueira Goodbye
To Innocence quebra um pouco o clima sombrio, enquanto Falling Under Your Spell por algum motivo me remete ao período de John Lawton na banda. O encerramento da bolachinha vem com a ótima Dreams Of Yesterday, a típica
especialidade da casa, fundindo climas diferentes e muita dinâmica em seus
parcos 5 minutos de duração.
Veredito
Da Cripta
Living The Dream é uma grata surpresa, um disco repleto de criatividade e
vigor vindo de uma banda com tantas décadas de estrada nas costas. Talvez seja
o sangue novo trazido já a alguns discos por Gillbrook e Rimmer,
talvez seja o dedo do produtor. Seja lá o que for, esse ingrediente secreto faz
desse Living The Dream um dos
melhores discos da história Heepiana
pós fase clássica. Excelente!
NOTA: 9,29
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Prós: produção perfeita, ótimas músicas e ótima execução
Contras: lançado sem muito alarde, provavelmente muita gente nem sabe dele
Classifique como: Heavy Rock, Classic Rock
Para Fãs de: Deep Purple, Lucifer's Friend
Escutando agora meu camarada, nem sabia que pretendia fazer um disco novo. Realmente esta muito foda, parece que a banda não evelheceu nada. Continua com o mesmo vigor de quando começaram. Valeu pela dica, abração
ResponderExcluirFala, Moshilão!
ExcluirSim, o disco pegou todo mundo de calças arriadas hehehehe. E mais surpreendente ainda é que os caras estão com tudo. Espero poder ver a banda nessa turnê!
Abraço
T