quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Uriah Heep – Living The Dream (Cd-2018)

Uriah Heep - Living The Dream
Continuando o Sonho
Por Trevas

O 25º disco de estúdio dos britânicos do Uriah Heep chegou ao mundo sem muito alarde. Fui conferir quinto trabalho de estúdio a trazer a cozinha composta por Dave Rimmer e Russell Gillbrook junto ao consolidado núcleo composto pelo líder Mick Box, pelo vocalista canadense Bernie Shaw e pelo tecladista Phil Lanzon sem esperar grandes coisas. E às vezes essa falta de expectativa é a melhor aliada ao se analisar discos de bandas clássicas.  

O disco começa de maneira surpreendente, com Grazed By Heaven. Não entenda mal, a música é Uriah Heep clássico, pesadona e excelente. A surpresa reside no fato da mesma ser de autoria do “novo” baixista (Dave Rimmer) em parceria com Jeff Scott Soto, com letra inspirada na breguíssima série de livros para tiazona tarada 50 Tons de Cinza.


A boa faixa título segue com vocalizações clássicas da fase Bernie Shaw (o mais longevo e subestimado dos vocalistas Heepianos) e tem excelentes momentos instrumentais (que belo baterista é esse Russell Gillbrook), engrandecidos pela exímia produção de Jay Ruston. Discípulo de Desmond Child, Ruston já havia feito bons trabalhos nos discos do Steel Panther e nos novos trabalhos do Anthrax.


Take Away My Soul (ver vídeo) é uma das melhores coisas que o Uriah Heep fez nesses últimos 20 anos, com seu refrão para lá de grudento e com Phil Lanzon remetendo a alguns temas nos teclados que parecem saídos de algum clássico da banda no passado. Ah, e o mestre Mick Box detona de maneira inspiradíssima ao final da faixa.



A produção de Ruston, repleta de peso e dinâmica, acerta tão em cheio que até faixas menos brilhantes, como Knocking At My Door e Waters Flowing não parecem enfadonhas ao lado de belezuras como Rocks On The Road, com uma matadora jam instrumental em seu final e da épica e sombria It’s All Been Said.



A veloz e roqueira Goodbye To Innocence quebra um pouco o clima sombrio, enquanto Falling Under Your Spell por algum motivo me remete ao período de John Lawton na banda. O encerramento da bolachinha vem com a ótima Dreams Of Yesterday, a típica especialidade da casa, fundindo climas diferentes e muita dinâmica em seus parcos 5 minutos de duração.


Veredito Da Cripta

Living The Dream é uma grata surpresa, um disco repleto de criatividade e vigor vindo de uma banda com tantas décadas de estrada nas costas. Talvez seja o sangue novo trazido já a alguns discos por Gillbrook e Rimmer, talvez seja o dedo do produtor. Seja lá o que for, esse ingrediente secreto faz desse Living The Dream um dos melhores discos da história Heepiana pós fase clássica. Excelente!


NOTA: 9,29


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Prós: produção perfeita, ótimas músicas e ótima execução
Contras: lançado sem muito alarde, provavelmente muita gente nem sabe dele
Classifique como: Heavy Rock, Classic Rock
Para Fãs de: Deep Purple, Lucifer's Friend






sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Saxon + FM + Wayward Sons – Thunderbolt Tour Pt 2 (18/10/18 – The Barrowland Ballroom – Glasgow/Escócia)

Poster final da segunda parte da turnê europeia

Unleash The Gods Of War!!!
Fotos e texto por Trevas


Trevas e Saxon

Monsters Of Rock de 1998, um jovem Trevas viajava com amigos a São Paulo para uma jornada metálica que incluía gente do naipe de Glenn Hughes, Megadeth, Manowar, Slayer, Savatage, Dream Theater, Korzus, Dorsal Atlântica e...Saxon. Um evento inesquecível, repleto de grandes shows. E no meio dessa constelação, fora justamente o bando de veteranos da NWOBHM que roubou a cena, num show apoteótico que entrou para o hall de meus favoritos em todos os tempos. Eu já era fã dos caras, mas a partir dali o Saxon galgou terreno e se tornou uma de minhas bandas favoritas. Mas por acasos do destino (e também culpa da inexplicável ausência do Rio nas tours brasileiras da banda), foi a única vez em que consegui ver os britânicos em ação. E dessa vez precisei ir mais para longe do que São Paulo para conseguir assistir o Saxon. De viagem marcada e longamente planejada para a Escócia, conseguimos conciliar a estada em Glasgow com um pacote que prometia muito: Saxon +Y&T + Wayward Sons. Ingressos comprados, baixa anunciada: Dave Meniketti machuca gravemente a coluna e o Y&T é então substituído pelos veteranos AOR do FM. A princípio, um anúncio que não me fez nem um pouco feliz, mas vamos em frente...

O line up original, com Y&T

The Barrowland Ballroom

O local do evento, situado a 20 minutos de caminhada do Centro de Glasgow, fora uma importante casa de shows no passado. Recentemente substituída em importância pela O2 Academy no Centro da Cidade, voltou a ser palco de shows importantes após um incêndio ter posto abaixo a nova arena. Curiosamente, a Barrowlands, como é popularmente conhecida, também fora vítima de um incêndio no passado. A casa existe desde a década de 1930, tendo sido refeita após o referido incêndio no final da década de 1960. E então parece ter parado no tempo. Entrada estreita, sobe-se um jogo de velhas escadas até um saguão onde temos as cabines de merchandise das bandas e um bar anexo. Mais um jogo de escadas leva ao salão da casa de shows, totalmente plano e de frente para um palco bem largo, comportando 2.100 pessoas. O imenso palco já apresenta a estrutura das três bandas armada, cada uma podendo aproveitar um espaço maior que a anterior conforme os equipamentos fossem retirados. Parece que ao entrar na Barrowlands somos arremessados de volta aos anos 1980. O que vem a calhar nessa noite.

Eu, Dressa e a nada sutil fachada da Barrowland

Wayward Sons

Chamar os britânicos do Wayward Sons de novatos seria talvez um exagero. A banda foi montada a pedido da Frontiers como novo projeto do vocalista/guitarrista Toby Jepson, e o cara simplesmente tem no currículo Little Angels, Gun e até mesmo o Fastway. E está muito bem acompanhado, o cara e sua trupe aproveitam cada um dos parcos 30 minutos de apresentação para deixar seu recado, concentrando integralmente o set nas músicas do ótimo debut, Ghosts Of Yet To Come. Foram 7 músicas que bebem intensamente de Thin Lizzy executadas com muita energia. Aliás, dá para confundir facilmente os caras com o Black Star Riders. A banda certamente ganhou alguns novos fãs com o curto e detonante show, e eu estou entre eles (NOTA: 8,50).




Jepson e sua trupe de filhos rebeldes..

FM

Em parcos 15 minutos de operação por parte dos roadies e da própria banda, tudo estava pronto para a segunda atração da noite. Confesso que tenho uma estranha relação com o chamado AOR. Embora curta bastante muita coisa do Journey e reconheça a proficiência dos músicos do estilo, por vezes tudo soa tão pasteurizado e polido ao extremo que dá no saco. Então fui encarar o show dos enrugados "velhinhos" do FM, um veterano grupo britânico do estilo que nunca chegou a emplacar os milhões de vendas típicos para essas bandas nos anos 1980, com os dois pés atrás. Mas foi o carcomido Steve Overland abrir o bico e meu queixo cair. O cara parece ter 789 anos, mas a voz, essa parece saída de um exímio cantor de 20 anos de idade, tamanha a pureza e perfeição de cada nota. A banda, que ainda conta com a ótima cozinha da formação original, tocou por 45 minutos e fez um set calcado em seus maiores sucessos. Ao ouvir coisas como Tough It Out, That Girl e a impossivelmente grudenta I Belong To The Night fiquei me perguntando o que faltou para os caras estourarem na cena... Bom, o que importa é que mesmo musicalmente deslocados no cast, os caras fizeram um show tecnicamente impecável e conquistaram mesmo os mais sisudos troozões com muita humildade e simpatia. Uma grata surpresa (NOTA: 9,00).


FM: tiozões afiados!

Saxon

Era chegado o grande momento. It’s A Long Way To The Top, do AC/DC tomou conta do som mecânico enquanto as luzes se apagaram. A curta introdução Olympus Rising não nos prepara a bordoada que foi Thunderbolt abrindo o show. Confesso que havia um certo receio de um show morno, por se tratar do quintal da casa da banda, mas esse meu receio caiu por terra tão logo vi a reação da plateia a sons recentes como Sacrifice e Nosferatu. A cada pausa ouviam-se gritos repletos daquele sotaque carregado de “Saxon, Saxon” a plenos pulmões. A felicidade estampada no rosto de Biff, 67 anos, mas que, além de cantar melhor do que nos tempos áureos, ainda comanda a plateia como ninguém, apostando na rivalidade entre ingleses e escoceses para provocar os ânimos de maneira para lá de divertida. No repertório, números recentes como Battering Ram e The Secret Of Flight dividiam igual receptividade com clássicos como Motorcycle Man e Dallas 1 PM.
Ah, vamos lá, os Ingleses gritam mais alto que vocês, diz o quizumbeiro vovô Biff
A banda está no auge, a despeito da idade dos membros. Doug Scarratt e Paul Quinn fazem uma dupla dos sonhos para qualquer fã de metal tradicional que se preze, e Nigel Glockler ainda detona mais do que muito baterista com menos da metade de sua idade. E Nibbs Carter, esse certamente não passaria num eventual exame antidoping, o cara agita, salta, gira, quica pelo palco o tempo todo e ainda acha tempo para ajudar o patrão nos backing vocals. A plateia, constituída por um misto de pelo menos três gerações (muitas famílias inteiras curtindo o show juntos, diga-se), e que até então permanecera respeitosa nos shows de abertura, mostra-se absolutamente ensandecida. Na dobradinha They Played Rock And Roll (homenagem a Lemmy)/The Bands Played On, o que se viu foi uma profusão de crowdsurfing de fazer inveja a muito show Punk. O vocalista, coberto de suor, ri e diz “aqui é onde muitas bandas terminam seu show, mas não nós. Nós estamos apenas começando”. Não era bravata nem promessa de campanha.

Mais energia que 99% das bandas com menos da metade da idade dos caras, pode apostar
A partir daí, o número habitual de Biff em rasgar o set (dessa vez ele comeu o set list na verdade) e dar opções à plateia quanto ao repertório, resultou em loucura absoluta. Never Surrender e 747 cantadas em uníssono terminaram com o anúncio de mais uma faixa nova, Sons Of Odin. A energia caiu um pouco, mas logo após o refrão a música para e a famosa introdução dedilhada de Crusader põe os pescoços escoceses à prova novamente. Princess Of the Night toma nossos ouvidos de assalto e a banda sai do palco.

Doug posando para smartphones alheios

Nibbs: antidoping nele!

Menos de um minuto depois (no qual os escoceses gritavam o nome da banda sem parar), somos presenteados por uma inspiradíssima The Eagle Has Landed (uma de minhas favoritas), seguida da absurda Heavy Metal Thunder. O saxon se retira, dessa vez por poucos segundos. O retorno parece aquela coisa do exército que acabara de dizimar o outro em uma batalha retornando ao campo onde a mesma havia sido travada só para se certificar de finalizar os moribundos caídos ao chão. Então as obrigatórias Wheels Of Steel e Denim And Leather põe por terra qualquer esqueleto que ousasse ter permanecido inerte até então, numa celebração rocker que poucas vezes presenciei. Duas horas de show e 22 músicas depois, o quinteto enfim agradece efusivamente a plateia sob intensa ovação. E eu e minha esposa, infiltrados entre os 2.100 escoceses suados e felizes que esgotaram os ingressos da Barrowlands, agradecemos de volta, certos de termos presenciado um dos maiores shows de nossas vidas (NOTA: 10)



Obrigado, Saxon!
Nos vemos em breve?















quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Ghost – Prequelle (CD-2018)

Ghost - Prequelle
Fasntasminha Inspirado
Por Trevas

Prequelle é o quarto disco do outrora enigmático combo de Shock Rock conhecido pela alcunha de Ghost. Seu lançamento ocorreu após o rastro de polêmicas e acusações de ex-membros da banda contra Tobias Forge, o vocalista sueco que (agora se sabe) encarna os vários “Papas” presentes no bestiário Ghostiano. As acusações dos Nameless Ghouls? De que Forge trapaceou e tomou para si as composições e (principalmente) as finanças da banda. A resposta de Forge? O Ghost seria desde o início um projeto criativo única e exclusivamente dele, e os músicos, meros contratados para executar sua visão e estariam cientes disso. Veredito? Difícil dizer e complicado até mesmo definir se esse bafafá todo não passou de mais uma estranha estratégia de marketing, tal como a criação de mais um “Papa”, dessa vez uma figura canastrona que atende pela alcunha de Cardinal Copia. Diante desse cenário, fui conferir Prequelle, com sua belíssima capa e produção ao encargo do renomado Tom Dalgerty (Siouxie, Simple Minds, Pixies e Killing Joke, dentre muitos) sem saber muito o que esperar.

Cardinal Copia ao centro, músicos sem rosto nas sombras, ao fundo. Assim dita o ego de Forge 
Ashes é a curta introdução parte sussurrada parte orquestrada de filme de terror, que é seguida pela apoteótica Rats. Absurdamente grudenta e radiofônica, sem deixar de ser virulenta, em especial em sua letra (um ataque aos ex-membros? Talvez), Rats tem elementos que muito bem poderiam estar em discos do ABBA (leves pinceladas) e Blue Öyster Cult (toneladas). Uma das faixas mais legais desse 2018.



Os riffs que remetem a filmes de horror barato prosseguem em Faith, e a capacidade de Forge de forjar (ops) melodias tão grudentas que poderiam muito bem tomar nossos ouvidos em uma FM qualquer é realmente impressionante. Duvida? Escute See The Light e tente não sair cantando junto.



Miasma é uma instrumental com tino de trilha sonora e com muita cara de progressivo final de anos 1970, início dos 1980. Não sei a identidade dos músicos que acompanham Forge, mas certamente é tudo fera. A destacar, como são legais os solos de todas as músicas. Ah, e por falar em 1980, Dance Macabre bem poderia ser do Survivor, se os membros da banda frequentassem boates góticas.



Sobre o trabalho vocal, o Cardinal Copia de Tobias Forge apresenta basicamente a mesma coisa já mostrada nos discos anteriores. Quem curtiu, irá se deliciar, pois as canções estão bem caprichadas. Mas se você é fã apenas de vocalistas cheios de maneirismos e elasticidade, provavelmente terá uma síncope. Quem ama a capacidade de interpretação ficará estarrecido com a beleza sutil da melodia de números como a Jethro Tullesca Pro Memoria. Witch Image também é muito boa, apenas um cadinho menos impressionante do que o material que a antecedeu. Helvetesfönster é outra instrumental digna dos melhores momentos do Neo Progressivo, e prepara o terreno para o encerramento com o belo hino Life Eternal.




Veredito da Cripta
Pouco após o lançamento do medíocre Infestissumam, cravei que seja lá qual magia o Ghost tivesse, ela havia sido efêmera, concentrada apenas no espetacular álbum de estreia e se esvaído rapidamente a partir dali. Como de costume, uma previsão estúpida. Prequelle é ainda mais espetacular que Opus Eponymous, justamente por conseguir reinventar a banda em um cenário quase Pop Rock, sem abandonar os elementos de Heavy Metal, Progressivo e Classic Rock explorados até então. Um álbum perfeito, daqueles raros, sobre o qual falaremos daqui a 20 anos, com melodias tão simples e grudentas que ficamos estarrecidos por ainda não terem sido inventadas antes.


NOTA: 10


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Gravadora: Universal Records (nacional)
Prós: cada uma das músicas gruda no cérebro instantaneamente
Contras: não é um disco calcado no peso
Classifique como: Heavy Metal, AOR, Shock Rock
Para Fãs de: Blue Öyster Cult, Mercyful Fate



segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Halestorm – Vicious (Cd-2018)

Halestorm - Vicious

Mostrando As Garras
Por Trevas

Uma potência da nova cena rocker estadunidense, o quarteto Halestorm, capitaneado pelos irmãos Lzzy e Arejay Hale, conseguiu respeito tanto junto aos fãs mais tradicionais do Hard Rock quanto com a galera do mainstream, tudo baseado em shows repletos de energia e pegada. Mas se em cima dos palcos a banda é vista com ótimos olhos, em estúdio a história é diferente. Seus três discos anteriores diluíram boas composições em uma produção pasteurizada que deixou a voz de Lzzy sempre muito acima na mixagem. Com a missão de enfim conseguir canalizar o poderio visto nos shows para o estúdio, o Halestorm compôs o novo disco, Vicious, ao lado do renomado Nick Raskulinecz.

Joan Jett and the Heartbreakers?

Black Vultures chega chutando a porta, uma delícia de Hard moderno, pesado e grudento. Como já vi esse filme antes segui em frente bangueando, mas com o pé atrás.



O início pop de Skulls parece querer corroborar meu medo, mas logo fica claro que aparentemente até os momentos mais radiofônicos o Halestorm enfim soa com uma pegada rocker, lembrando o que a banda faz ao vivo. Bela música, por sinal. Uncomfortable, primeiro single, é um pouco menos legal, mas mantém a pegada firme.



Lzzy Hale, o fenômeno vocal encarna a rebelde rocker nas letras, em grande maioria inteligentemente provocativas, como em Buzz e na funky, ótima e quase erótica Do Not Disturb. Nela a beldade, bissexual assumida, convida um estranho a uma noite de amor no quarto de hotel antes dela ir embora para outra cidade, dizendo ainda que é para trazer a namorada, pois a três é melhor que a dois. Ehr, mais tarde termino a resenha...



Conflicted quase esbarra nos problemas do disco anterior e Killing Ourselves To Live tem sem eu refrão pegajoso algo que me remete ao Poppy Punk muito em voga nos anos 1990, com belo solo de Hottinger. A produção de Raskulinecz deixou o disco com uma sonoridade excelente e na cara, sem polimentos desnecessários. A voz de Lzzy impressiona, mas não está acima de tudo e todos como aconteceu no disco anterior. O maninho Arejay tem tudo para se tornar um Drum Hero para uma nova geração e Josh Smith talvez tenha realmente menos espaço nos arranjos, mas seu baixo é correto e joga para o time.



Mas Lzzy, essa é realmente uma em um milhão, e quem duvidar experimente lidar com o feeling e potência da voz da moça na emocionante faixa acústica Heart Of Novocaine. Dá para sentir o coração na ponta do microfone. Painkiller volta a atacar no Hard moderno com guitarras espertas e ótimas melodias.



White Dress é a declaração de intenções musicada da vocalista/guitarrista em abraçar um estilo de vida distante do que se espera. A faixa título é quase uma versão Heavy Metal de algo que poderia estar num trabalho do Black Eyed Peas, mas funciona muito bem. Os pouco mais de 40 minutos do disco terminam com chave de ouro com a excelente The Silence, com ar setentista adornado pela bela voz da senhorita Lzzy.


Veredito da Cripta

O Halestorm estava nos devendo um Cd à altura de seus poderosos shows. Estava. Vicious enfim mostra ao mundo um som encorpado e com produção que faz justiça a natureza rocker e rebelde do quarteto. E Lzzy, essa coloca novamente suas garras de fora e vai galgando espaço aos poucos no panteão das grandes mulheres da história do Rock. Um baita disco.


NOTA: 9,03


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Gravadora: Warner (nacional)
Prós: Boas músicas, e enfim com pegada
Contras: é um Hard Rock moderno, pouco afeito a maneirismos do passado
Classifique como: Hard Rock
Para Fãs de: Joan Jett, Stone Sour, Crucified Barbara