Lovell's Blade - Stone Cold Steel |
Lâmina
Afiada
Por Trevas
O britânico Pete Lovell fez fama na
cena metálica ao emprestar sua voz única aos pioneiros do Metal Holandês e uma
das bandas mais cultuadas do metal oitentista, o Picture. Com eles gravou cinco discos, sendo o destaque absoluto o
hoje clássico Eternal Dark. Pouco após a última vinda da
banda por aqui, em 2016, saiu a notícia simultânea de sua saída da banda e
formação do Lovell’s Blade. A sonoridade do novo projeto
parecia até então um grande mistério, tendo em vista até então não existir vida
musical do britânico fora da banda holandesa.
Lovell's Blade - 2017 |
Mas a única coisa que a nova
banda levou do Picture foi o nome,
inspirado em uma das canções mais marcantes de Eternal Dark. Desde os
primeiros minutos da primeira rodada na bolachinha já dá para matar a charada, Lovell’s Blade aposta numa mistura de Biker
Rock com Hard e Heavy mais
tradicionais, uma sonoridade que tem pouquíssimas chances de desagradar a um
vasto espectro do público de música pesada. E que se encaixa à perfeição na voz
encorpada e rouca de Pete.
Existem momentos onde
a mistura pende um pouco mais para o heavy metal, como na ótima faixa de
abertura, além de Devil’s Daughter (excelente), Rise and Fall e Out For Blood. Mas em boa
parte do material temos músicas que parecem feitas por um grande fã de
Creedence e Bruce Springsteen que também curte Heavy Metal e AC/DC.
Sim, a influência dos australianos fica clara em Dynamite, Nothing to Lose
e Rolling On. E Springsteen e CCR estão claramente presentes nas
linhas de voz de Lovell (cheque o Borntoruniano Ouououou de Dynamite),
que soa melhor do que nunca na ótima produção da banda com Serge Naberman. Há
também espaço até para um pouco de Southern
Rock, em Into the Sun.
Obviamente a banda não é só a voz de Pete. Os riffs e solos dos ex-companheiros de Picture, Andre Wullems e Mike Ferguson são sempre
bons (e que bacana, vem discriminado no encarte quem faz que solo, ô coisa bela
e Old School) e a cozinha formada por Patrick Velis e Noel Van Eersel soa cheia de
punch e precisa.
Saldo
Final
Ao final dos pouco mais de
quarenta minutos do disco de estreia do Lovell’s
Blade sobra aquela impressão de que Pete, Andre e Mike deviam ter
partido do Picture a mais tempo. Um
disco imensamente divertido e bem feito de um novo grupo que promete ser uma
delícia de assistir ao vivo. Grata surpresa!
NOTA: 8,56
Gravadora:
Classic Metal (nacional)
Pontos
positivos: fusão de rock/metal temperada por uma ótima voz
Pontos
negativos: nada a destacar
Para
fãs de: AC/DC, Krokus
Classifique como: Heavy Metal, Heavy Rock
Caraca meu camarada, banda do caralho. Hard furioso e energético, como há muito tempo não se fazia. Foda mesmo, vieram com sono na cara e pernada do rim.
ResponderExcluirFala, Moshilão!
ExcluirTambém achei animal!
Pete é gente boa pacas e tem uma voz muito maneira
Abraço
Trevas