Bad Company - Live 1977 & 1979 |
Baú do Tio Rodgers
Por
Trevas
Um dos maiores
expoentes do Rock de Arena em todos os tempos, o Bad Company foi a
galinha dos ovos de ouro de Peter Grant (o empresário-gângster por detrás
do sucesso do Led Zeppelin) no período em que Paul Rodgers esteve na banda. Seus discos podiam até sofrer um pouco nas
mãos dos críticos. Afinal, era um supergrupo britânico que fazia um som bem de
acordo com o que o público estadunidense esperava que tocasse nas rádios rock.
Mas ao vivo, nenhum crítico tinha força o suficiente para discutir com os
ingressos sempre esgotados ao redor do mundo. Com todo o poder de fogo do BC em cima dos palcos, é assustador perceber
que não existia nenhum registro oficial (bootlegs tem aos montes) da fase
clássica da banda ao vivo.
É, até que dava uma galerinha boa nos shows dos caras... |
Bom,
esse disco duplo recém lançado vem para suprir essa “falha curricular”, nos
presenteando com duas apresentações da banda. Uma, de 1977, nos Estados Unidos,
na turnê do mediano Burning Sky. A segunda, de 1979, na Inglaterra,
representa a turnê do Desolation Angels. Ao contrário do que geralmente
acontece nesses apanhados de shows, o grande trunfo aqui se baseia no fato dos
repertórios serem bastante diferentes um do outro. Das 30 músicas que compõe o pacote,
apenas duas se repetem.
Paulo Rogério, o bad boy pinguço e karateca do Bad Company |
Som e performance também variam bastante. A primeira apresentação traz
um Paul Rodgers um pouco mais instável e uma banda numa noite boa, mas que
dá a impressão que pode render mais. São cerca de uma hora contando como
destaques as baladas Simple Man e Ready For Love. O som é cru, mas a falta de retoques
nos leva diretamente à primeira fila do espetáculo, o que é uma sensação sempre
válida.
O quarteto fantástico em ação |
Bom,
o disco 2 vem mostrar ao velho Trevas
uma máxima do Rock: a de que as vezes o período de estagnação criativa de uma grande
banda nem sempre coincide com um período de apresentações ao vivo ruins. Se em
1979 a banda já rateava comercialmente e em termos de crítica, ao vivo estava
afiada como nunca. O show possui repertório e performance perfeitos. Embora a
voz de Rodgers seja o carro chefe de
qualquer banda em que ele tenha participado e Mick Ralphs seja
competente como sempre, quem brilha mesmo é a cozinha formada por Simon Kirke e pelo saudoso Boz
Burrell, cujo baixo marcante pulsa
em destaque na mixagem.
Saldo Final
Dois
repertórios distintos, em duas turnês distintas, representam um retrato fiel,
sem retoques, de uma das grandes potências musicais do final dos anos 1970. Um
material que se faz obrigatório nas prateleiras de qualquer fã que se preze da
década de ouro do blues rock. Tomara que o depósito de onde saiu esse disco
ainda tenha mais material raro guardado!
NOTA: 90
Para fãs de: Free, Foghat,
Humble Pie
Fuja se: teu negócio for
gente pintada de defunto gritando que nem demonho
Classifique como: Blues Rock, Hard Rock, Classic
Rock
Sabe tudo!!!
ResponderExcluirOlá, Rodrigo, tudo bem?
ExcluirSei de nada não, mas invento tudo com convicção hehe
Abraço
Trevas