Judas Priest - Battle Cry |
O Ataque do Padre Rejuvenescido
Por Trevas
Agosto de 2015. O palco do Wacken com o gigantesco crânio em chamas
adorna a noite alemã como o funeral de um Rei Viking. A introdução solene de Battle Cry soa nos alto falantes enquanto uma profusão de efeitos
luminosos rasga os céus. E quando a cortina monstruosa despenca, o que vemos
por detrás é a maior banda de Heavy metal em sua forma mais pura em ação.
A Banda
Ver o incendiário Richie Faulkner causa um
nó no cérebro. Fica a clara impressão que KK
Downing encontrou a fonte da
juventude e nela se banhou. Seu estilo mais moderno revigorou também um padre
que andava cansado em tempos recentes após décadas carregando um legado tão
pesado quanto seus clássicos.
Os
sessentões Ian Hill e Glenn Tipton mostram todas as rugas que os
anos os trouxeram, mas suas almas também parecem ter sido contaminadas pelo
poder da fonte da juventude. O cinquentão Scott
Travis continua demolindo tudo com
aquela postura de quem está brincando no parque.
Já Halford, o próprio Metal
God, esse sofreu a maior das
mutações. A dor lancinante das hérnias de disco que robotizaram seus movimentos
ao longo das últimas décadas se dissipou após uma arriscada cirurgia. Meses
preso a uma cadeira de rodas não tiraram do gigante a vontade de retornar
retumbante e imponente aos palcos. Halford
brinca com a situação ao começar o show apoiado na bengala que se tornou
companheira inseparável nas últimas turnês. Logo no meio da música de abertura,
Dragonaut, Rob se livra da mesma e mostra que se não se movimenta como
outrora, ao menos já não se parece com um autômato. A voz? Halford vive uma de suas melhores fases, e tive o prazer de ver o
velhinho detonando por duas noites seguidas no Monsters Of Rock do ano passado com a voz tinindo. Infelizmente a performance vocal aqui não é nada impressionante. Rob estava em uma noite apenas regular. Longe da performance do Monsters e de muitas outras que são facilmente encontradas para a mesma turnê no youtube. Mas ainda assim capaz de chutar bundas de 80% dos vocalistas do mundo com metade dos 65 anos do Metal God.
Repertório
Ah, mas e o show? Bom, um dos
trunfos do Priest em relação a
outros baluartes do Metal é saber mudar seu repertório de turnê para turnê,
sempre resgatando alguma pérola de seu extenso bestiário. Além das ótimas Reedeemer Of Souls e Halls Of Valhalla do último
trabalho, temos aqui a reintrodução de Jawbreaker,
Devil’s Child e Beyond The Realms Of Death. Ah, e além dessas faixas, as
usuais Painkiller, Breaking The Law, Electric Eye, Turbo Lover e grande companhia podem ser
encontradas nos pouco mais de hora e noventa de show.
Imagem, Edição e Som
Como é de costume nas filmagens
oficiais do Wacken, tudo é correto e
bem feito, mas sem muita margem para arroubos artísticos nas tomadas e cortes.
Os tons de vermelho predominam e o Judas há muito usa as projeções de imagens a
seu favor, numa produção e palco de primeira. O Som está absurdo, pesado e
nítido, com o mago Tom Allom assumindo a mixagem como no
passado. A única crítica aqui é em relação ao som do público, bem baixo em
relação ao todo.
Extras
Temos três surpreendentes faixas
gravadas num festival na Polônia, em dezembro de 2015. São elas, Screaming For Vengeance, The Rage e Desert Plains. A qualidade do material é
excelente e deixa a gente com aquela vontade de que esse show pudesse constar
integralmente do pacote.
Saldo Final
Mais um grande registro
audiovisual de uma banda que é absolutamente incapaz de fazer um show ruim.
Talvez um pouquinho aquém do excelente Epitaph, mas ainda assim uma grande
pedida.
NOTA:
82
Judas. Quem nunca viu é total-tr00-false-metal!!!
ResponderExcluirCaro Krill
ExcluirYou are, defeendeeer of the faaaaaaithhhh, We aaare, defendeers of the faaaaaith!
Abracetas Troo!
T
Judas. Quem nunca viu é total-tr00-false-metal!!!
ResponderExcluirIsso foi um eco?Eco?Eco????
ExcluirEco-zinho...
ResponderExcluirEco de bêbado não tem dono
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