Terror Teutônico, Suor Brasuca
Fotos e texto, por Trevas
O sucesso da passagem do Accept pelo Brasil no ano passado, abrindo os
shows do Judas Priest e participando do Monsters of Rock (ver resenha aqui) foi
tamanho que a banda teutônica resolveu retornar dentro da mesma turnê. Mas
dessa vez eles são o prato principal dos eventos, contando com repertório
completo e tocando para os próprios fãs.
Baltes regendo o Monsters 2015 |
E
quem achava que o retorno em tão pouco tempo faria o show ficar esvaziado, se
enganou. O renovado Imperator podia não estar entupido de gente, mas havia
público mais que suficiente para ajudar a noite a se tornar memorável.
Sim, por que num show
do Accept, diferentemente do que ocorre com muita banda por aí, o público
participa e faz a diferença. Tudo facilitado pelas grandes composições da banda
nessas mais de três décadas de discos clássicos. Ao contrário de boa parte das
bandas clássicas do heavy Metal, o poderio do repertório do Accept não se
esconde totalmente no passado, o que pudemos conferir com o início com um trio
novo e arrasador: Stampede abriu o show de maneira acelerada, e nem o som
confuso, corrigido aos poucos durante as cinco primeiras músicas, foi capaz de
privar o Imperator de uma torrente impressionante de energia, fruto de uma
incível sinergia Público/banda, que já se mostrou quase palpável no pula-pula
instaurado no transcorrer da já clássica Stalingrad. Hellfire também foi muito bem
recebida, seguida pelo primeiro resgate do passado sob a forma de London
Leatherboys.
Accept - ou ao menos 4/5 do Accept |
O sessentão Mark Tornillo, a despeito de sua performance algo tímida e
seu jeito Bon Scottiano, canta perfeitamente o material da era UDO, e parece
não se importar nem um pouco em entregar os holofotes de verdadeiro Frontman da
banda ao incansável patrão Wolf Hoffman. Wolf continua com suas guitarras
afiadíssimas, dividindo essa responsabilidade com o veterano Uwe Lullis
(ex-Grave Digger), e rege o público como um maestro, destilando poses caras e
bocas em profusão.
Wolf regendo sua orquestra de brasileiros suados e felizes |
Peter Baltes, o outro remanescente da fase clássica, também vaga pelo
palco com muita autoridade, seu baixo marcante e backing vocal preciso dando
cores à clássicos como Living For Tonite, Midnight Mover, Starlight, e
engrandecendo os ótimos sons novos (Shadow Soldiers, Final Journey, Dying
Breed). O novo baterista, Christopher Williams (Blackfoot, John Corabi)
demonstrava imensa felicidade em estar ali, tocando muito bem e com estilo
performático casando com a proposta da banda.
Vovô Tornillo gastando o gogó |
É o Bruce Willis na guitarra? |
Tornillo em seu malemolente momento Bon Scott |
O
repertório contou com 21 músicas, abrangendo quase toda a discografia, com
destaque para Princess of the Dawn, Teutonic Terror, Balls To The Wall e Metal Heart,
todas elas contando com os emocionados “ôôôô” dos cariocas. De surpresa, Son Of
A Bitch, ainda que ela tenha custado a saída de Breaker do set de quase duas
horas de duração. Um espetáculo vigoroso que agradou tanto aos novos fãs quanto
aos veteranos que nunca haviam assistido a banda em seus tempos áureos. Um daqueles
shows que fazem a gente lembrar o por que amamos tanto o Heavy Metal em sua
forma mais pura. Inesquecível! (NOTA:10)
Muito bem pontuado!!
ResponderExcluirShow espetacular! =)
Do teu lado, então, melhor ainda!!!
Excluirbjos
T
Perfeito, bro Trevas!
ResponderExcluirDestaco: "O sessentão Mark Tornillo, a despeito de sua performance algo tímida e seu jeito Bon Scottiano, canta perfeitamente o material da era UDO, e parece não se importar nem um pouco em entregar os holofotes de verdadeiro Frontman da banda ao incansável patrão Wolf Hoffman." ha ha ha E o bom humor de sempre: Vovô Parafuso, Bruce Willis e Malemolência :D
Valeu, camarada! Muito bom ver você de volta ao batente metálico! E com chave de ouro, que esse show foi foda demais!!!
ExcluirAbraço!
T
Na audição que selou sua (dele) entrada na banda, Tornillo cantou para o B. Willis simplesmente... "Você precisa de um pato rouco pra chamar de seu, mesmo que o pato rouco seja eu!"...
ResponderExcluirE foi um massacre pleno o show de ontem!!! Com direito a set list e palheta, então...
Jundis.
Krill, o enviado sem ser...
Prezado EnVIADO
ExcluirLá vem o pato, pato aqui pato acolá...lá vem o pato cantar Balls To The Waaaaaallllll!!!
Abracetas
T
Na audição que selou sua (dele) entrada na banda, Tornillo cantou para o B. Willis simplesmente... "Você precisa de um pato rouco pra chamar de seu, mesmo que o pato rouco seja eu!"...
ResponderExcluirE foi um massacre pleno o show de ontem!!! Com direito a set list e palheta, então...
Jundis.
Krill, o enviado sem ser...
Eco-eco-eco-eco
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