Blood Ceremony - Lord Of Misrule |
Sombriamente Inspirado
Por
Trevas
Sinopse: Alia O'Brien, uma multi-instrumentista canadense
aficionada por Jethro Tull e filmes de horror se junta ao
guitarrista Sean Kennedy, um ávido consumidor de qualquer
coisa que tenha sido pensada por Tony
Iommi e formam uma banda que mistura
Doom, psicodelismo e folk. A banda assina pela Rise Above de Lee Dorrian, lança dois discos, é abraçada por gente como Electric Wizard e Ghost, com quem
excursiona a Europa (aproveitando a onda Retro Rock), ganhando críticas
elogiosas no velho continente e obtendo reconhecimento na sua Canadá de origem.
Aproveitando a boa fase o quarteto se enfurna no estúdio britânico Toe Rag, onde inicia a gravação de seu quarto disco, com a produção de Liam Watson, vencedor do Grammy
por seu trabalho com o White Stripes.
A faixa de abertura, The Devil’s Widow é o cartão de visitas perfeito para o novo trabalho. Um que
junta folclore Escocês na letra com elementos de Renaissance, Jethro Tull e Black Sabbath – candidato
a clássico instantâneo!
Alia e suas armas |
Loreley é uma balada psicodélica bem bacana e
com belo solo de Kennedy (que compõe
quase todo o material), onde fica evidente que Liam Watson achou o tom
certo na produção. Não parece nem um pouco uma banda tentando soar sessentista.
Você simplesmente pode JURAR que É uma gravação dos anos sessenta aqui.
The Rogue’s Lot retorna ao lado mais
pesado e Doom, engrandecida pela
reviravolta em seu final e pelas flautas virulentas de Alia, que assina também os vários instrumentos de teclas usados,
todos extremamente vintage, diga-se. A ótima faixa título (ver vídeo) é puro Jethro Tull, isso caso Ian Anderson tivesse feito um pacto com
alguma entidade sombria.
Eu
disse Jethro Tull? Half Moon Street tem toneladas de JT!
E tem também em seu andamento folk, letra sobre bruxaria, flautas e guitarras
sujas tudo o que um fã de occult rock pode querer em pouco mais de 5 minutos. The Weird Of Finistère é uma não mais que interessante
balada sombria que prepara o terreno para Flower
Phantoms, um rockão direto que
rescende a incenso e fumígeros ilegais.
Blood Ceremony |
Old Fires
traz a maldade dos primeiros discos de volta e é um dos destaques de um trabalho
já bem acima da média, com Alia
brilhando na voz e no Hammond. A
bolachinha fecha de maneira fantasmagoricamente folk seus 44 minutos de duração
com a bela Things Present, Things Past.
Saldo Final
Quarta
tentativa, quarto gol. Os canadenses acertaram em cheio em letras, produção
clima e, principalmente, boas canções para fazer um disco de Occult Rock que
deve agradar em cheio a todos os fãs de coisas sombrias e empoeiradas. Presença
certa na listinha de fim de ano!!!
NOTA: 90
Indicado
para:
Fãs
de Jethro Tull, Purson, Black Sabbath.
Fuja
se:
Você
tem alergia a mofo...
Classifique
como: Occult Rock, Retro-Rock, Folk Rock, Doom