segunda-feira, 25 de abril de 2016

Blood Ceremony – Lord Of Misrule (Cd-2016)

Blood Ceremony - Lord Of Misrule
Sombriamente Inspirado
Por Trevas

Sinopse: Alia O'Brien, uma multi-instrumentista canadense aficionada por Jethro Tull e filmes de horror se junta ao guitarrista Sean Kennedy, um ávido consumidor de qualquer coisa que tenha sido pensada por Tony Iommi e formam uma banda que mistura Doom, psicodelismo e folk. A banda assina pela Rise Above de Lee Dorrian, lança dois discos, é abraçada por gente como Electric Wizard e Ghost, com quem excursiona a Europa (aproveitando a onda Retro Rock), ganhando críticas elogiosas no velho continente e obtendo reconhecimento na sua Canadá de origem. Aproveitando a boa fase o quarteto se enfurna no estúdio britânico Toe Rag, onde inicia a gravação de seu quarto disco, com a produção de Liam Watson, vencedor do Grammy por seu trabalho com o White Stripes.




A faixa de abertura, The Devil’s Widow é o cartão de visitas perfeito para o novo trabalho. Um que junta folclore Escocês na letra com elementos de Renaissance, Jethro Tull e Black Sabbath – candidato a clássico instantâneo! 

Alia e suas armas


Loreley é uma balada psicodélica bem bacana e com belo solo de Kennedy (que compõe quase todo o material), onde fica evidente que Liam Watson achou o tom certo na produção. Não parece nem um pouco uma banda tentando soar sessentista. Você simplesmente pode JURAR que É uma gravação dos anos sessenta aqui.

The Rogue’s Lot retorna ao lado mais pesado e Doom, engrandecida pela reviravolta em seu final e pelas flautas virulentas de Alia, que assina também os vários instrumentos de teclas usados, todos extremamente vintage, diga-se. A ótima faixa título (ver vídeo) é puro Jethro Tull, isso caso Ian Anderson tivesse feito um pacto com alguma entidade sombria.


Eu disse Jethro Tull? Half Moon Street tem toneladas de JT! E tem também em seu andamento folk, letra sobre bruxaria, flautas e guitarras sujas tudo o que um fã de occult rock pode querer em pouco mais de 5 minutos. The Weird Of Finistère é uma não mais que interessante balada sombria que prepara o terreno para Flower Phantoms, um rockão direto que rescende a incenso e fumígeros ilegais.

Blood Ceremony
Old Fires traz a maldade dos primeiros discos de volta e é um dos destaques de um trabalho já bem acima da média, com Alia brilhando na voz e no Hammond. A bolachinha fecha de maneira fantasmagoricamente folk seus 44 minutos de duração com a bela Things Present, Things Past.

Saldo Final

Quarta tentativa, quarto gol. Os canadenses acertaram em cheio em letras, produção clima e, principalmente, boas canções para fazer um disco de Occult Rock que deve agradar em cheio a todos os fãs de coisas sombrias e empoeiradas. Presença certa na listinha de fim de ano!!!

NOTA: 90

Indicado para:
Fãs de Jethro Tull, Purson, Black Sabbath.
Fuja se:
Você tem alergia a mofo...

Classifique como: Occult Rock, Retro-Rock, Folk Rock, Doom

sábado, 23 de abril de 2016

Candlemass - 30 Years/Latin American Tour (20/04/16 - teatro Odisseia - Rio de Janeiro/RJ)

Flyer do Show
Doom The Night Away!!
Texto e fotos por Trevas

Um dos baluartes (e pioneiros) do Doom Metal, o Candlemass é daquelas bandas que amo e que já havia riscado da minha lista de show a assistir. Imaginei que nunca os veria por aqui. Vejam só, depois da banda ter anunciado o fim das atividades eis que não só sou surpreendido pela notícia de uma turnê de retorno, mas também com o anúncio de que essa turnê passaria pelo Brasil, com uma data no Teatro Odisseia.

Odisseia, te odeio!

Aviso ao incauto leitor, se quiser saber mais sobre o show em si, pule esse parágrafo, um mero muro de lamentações em relação ao local do show. Já falei trocentas vezes aqui e repetirei quantas vezes for: como o Teatro Odisseia é ruim! Além da visibilidade precária para os gnomos (meu caso), o som é bem ruim 789% das vezes. Mas além disso somos sempre obrigados a conviver com a inexplicável fila na entrada mesmo quando a casa está vazia, além dos preços medonhos das cervejas vendidas por lá. E os preços dos ingressos não acompanham a falta de qualidade do local, vide o valor quase equivalente para se assistir o Symphony X no Circo (com som e estrutura um bilhão de vezes superiores). Até compreendo a falta de opções de casas de shows desse porte, mas após ter assistido My Dying Bride, Sabaton e Anneke no ótimo Teatro Rival (de capacidade semelhante e bem próximo dali) fica difícil aceitar pagar caro no Odisseia, sorry.

Backdrop digital projetado ao fundo do palco
A Missa Negra

Bom, vamos ao que interessa: às 21:20 a marcha fúnebre toma de assalto os combalidos ouvidos de um público majoritariamente de meia idade. E dali para frente o que se viu foi uma missa negra onde cada palavra e até mesmo guitarra emitidos pelos pastores sombrios eram fielmente replicados pelos súditos. Um raro caso onde 100% da plateia conhecia o material executado de cabo a rabo.

Candlemass e seus súditos
Começar a apresentação com a dobradinha Mirror Mirror e Bewitched foi como anotar um gol de bicicleta logo aos 5 minutos de jogo. O que viesse dali para frente já deixaria todo mundo feliz. Mas felizes mesmo ficaram os suecos ao ver a nova Prophecy ser cantada com tanta avidez quanto os clássicos. O cinquentão Mats Leven (Malmsteen, At vance, Therion, Krux) pode não ser a escolha que eu faria para a banda, mas mantém seu gogó afiadíssimo, executando à sua maneira algo estridente músicas de todas as fases com resultados melhores do que Robert Lowe conseguiu. 

Mats Levén recuperando o fôlego com o gigante Lord K ao fundo 
Muitos foram surpreendidos pela ausência do patrão Leif Edling no palco. Acometido por enfermidade, Leif vem abdicando dos palcos não só com o Candlemass quanto com o Avatarium. Aqui no Brasil o escolhido para representar Mr. Edling foi o carismático grandalhão Lord K (nome artístico do sueco Kentha Phillipson, multi-instrumentista do Project Hate). O resto da banda, os comparsas de longa data Mats "Mappe" Björkman (único original no palco) e Jahn Lindh demonstravam imensa felicidade de estar ali, ainda mais após os problemas no show da Argentina, onde a apresentação foi interrompida por quedas de luz e teve que ter seu som diminuído por solicitação da polícia local. O canhoto Lars Johansson, outro membro da formação clássica, debulhou sua guitarra com aquela sonoridade típica dos grandes guitarristas dos primórdios do Heavy Metal.

Lars, ou como disse Mr. Croce, o canhotinha de ouro do Candlemass
Sobre o repertório, é bem complicado resumir 30 anos de uma banda de Doom Metal, repleta de longas músicas, em cerca de uma hora e meia de apresentação. Belezuras obrigatórias como A Sorcerer's Pledge e At the Gallows End se misturaram com algumas surpresas como Emperor Of the Void (faixa de abertura do melhor disco da fase Lowe, mas curiosamente a de pior recepção) e A Cry From the Crypt (Cripta, alguém falou Cripta???). Claro que cada um dos presentes tem suas preferidas e faria opção diferente, mas garanto que se jugarmos o show pelo que foi tocado (e não pelo que não foi), colheremos só sorrisos. Sorrisos esses que quase viraram choro compulsivo quando a banda iniciou a estupenda Solitude. Nela fica claro que Mats tem problemas nas partes mais graves das músicas, mas ninguém deu a mínima, ele nem precisava se esforçar, o público cantou a plenos pulmões cada sílaba. O fim da missa se aproximava, e após aquela encenação básica, a banda finge estar atendendo excepcionalmente a pedidos dos fãs (eles fizeram isso em todos os shows da turnê, mas poxa como nos sentimos especiais, hehehe) e então executam Samarithan. E fez-se Doom, e cada um dos presentes voltou para casa feliz com a aula sombria que presenciou. Um showzaço (NOTA 9).




Class Dismissed!!!

domingo, 10 de abril de 2016

Accept – Blind Rage Tour (09/04/16 - Imperator – Rio de Janeiro/RJ)



Terror Teutônico, Suor Brasuca
Fotos e texto, por Trevas

O sucesso da passagem do Accept pelo Brasil no ano passado, abrindo os shows do Judas Priest e participando do Monsters of Rock (ver resenha aqui) foi tamanho que a banda teutônica resolveu retornar dentro da mesma turnê. Mas dessa vez eles são o prato principal dos eventos, contando com repertório completo e tocando para os próprios fãs.

Baltes regendo o Monsters 2015
E quem achava que o retorno em tão pouco tempo faria o show ficar esvaziado, se enganou. O renovado Imperator podia não estar entupido de gente, mas havia público mais que suficiente para ajudar a noite a se tornar memorável.

Sim, por que num show do Accept, diferentemente do que ocorre com muita banda por aí, o público participa e faz a diferença. Tudo facilitado pelas grandes composições da banda nessas mais de três décadas de discos clássicos. Ao contrário de boa parte das bandas clássicas do heavy Metal, o poderio do repertório do Accept não se esconde totalmente no passado, o que pudemos conferir com o início com um trio novo e arrasador: Stampede abriu o show de maneira acelerada, e nem o som confuso, corrigido aos poucos durante as cinco primeiras músicas, foi capaz de privar o Imperator de uma torrente impressionante de energia, fruto de uma incível sinergia Público/banda, que já se mostrou quase palpável no pula-pula instaurado no transcorrer da já clássica Stalingrad. Hellfire também foi muito bem recebida, seguida pelo primeiro resgate do passado sob a forma de London Leatherboys.

Accept - ou ao menos 4/5 do Accept
O sessentão Mark Tornillo, a despeito de sua performance algo tímida e seu jeito Bon Scottiano, canta perfeitamente o material da era UDO, e parece não se importar nem um pouco em entregar os holofotes de verdadeiro Frontman da banda ao incansável patrão Wolf Hoffman. Wolf continua com suas guitarras afiadíssimas, dividindo essa responsabilidade com o veterano Uwe Lullis (ex-Grave Digger), e rege o público como um maestro, destilando poses caras e bocas em profusão.

Wolf regendo sua orquestra de brasileiros suados e felizes
Peter Baltes, o outro remanescente da fase clássica, também vaga pelo palco com muita autoridade, seu baixo marcante e backing vocal preciso dando cores à clássicos como Living For Tonite, Midnight Mover, Starlight, e engrandecendo os ótimos sons novos (Shadow Soldiers, Final Journey, Dying Breed). O novo baterista, Christopher Williams (Blackfoot, John Corabi) demonstrava imensa felicidade em estar ali, tocando muito bem e com estilo performático casando com a proposta da banda.

Vovô Tornillo gastando o gogó

É o Bruce Willis na guitarra?
Tornillo em seu malemolente momento Bon Scott


O repertório contou com 21 músicas, abrangendo quase toda a discografia, com destaque para Princess of the Dawn, Teutonic Terror, Balls To The Wall e Metal Heart, todas elas contando com os emocionados “ôôôô” dos cariocas. De surpresa, Son Of A Bitch, ainda que ela tenha custado a saída de Breaker do set de quase duas horas de duração. Um espetáculo vigoroso que agradou tanto aos novos fãs quanto aos veteranos que nunca haviam assistido a banda em seus tempos áureos. Um daqueles shows que fazem a gente lembrar o por que amamos tanto o Heavy Metal em sua forma mais pura. Inesquecível! (NOTA:10)  


quinta-feira, 7 de abril de 2016

Judas Priest – Battle Cry (Blu-Ray – 2016)

Judas Priest - Battle Cry
O Ataque do Padre Rejuvenescido
Por Trevas

Agosto de 2015. O palco do Wacken com o gigantesco crânio em chamas adorna a noite alemã como o funeral de um Rei Viking. A introdução solene de Battle Cry soa nos alto falantes enquanto uma profusão de efeitos luminosos rasga os céus. E quando a cortina monstruosa despenca, o que vemos por detrás é a maior banda de Heavy metal em sua forma mais pura em ação.

A Banda

Ver o incendiário Richie Faulkner causa um nó no cérebro. Fica a clara impressão que KK Downing encontrou a fonte da juventude e nela se banhou. Seu estilo mais moderno revigorou também um padre que andava cansado em tempos recentes após décadas carregando um legado tão pesado quanto seus clássicos.


Os sessentões Ian Hill e Glenn Tipton mostram todas as rugas que os anos os trouxeram, mas suas almas também parecem ter sido contaminadas pelo poder da fonte da juventude. O cinquentão Scott Travis continua demolindo tudo com aquela postura de quem está brincando no parque. 


Halford, o próprio Metal God, esse sofreu a maior das mutações. A dor lancinante das hérnias de disco que robotizaram seus movimentos ao longo das últimas décadas se dissipou após uma arriscada cirurgia. Meses preso a uma cadeira de rodas não tiraram do gigante a vontade de retornar retumbante e imponente aos palcos. Halford brinca com a situação ao começar o show apoiado na bengala que se tornou companheira inseparável nas últimas turnês. Logo no meio da música de abertura, Dragonaut, Rob se livra da mesma e mostra que se não se movimenta como outrora, ao menos já não se parece com um autômato. A voz? Halford vive uma de suas melhores fases, e tive o prazer de ver o velhinho detonando por duas noites seguidas no Monsters Of Rock do ano passado com a voz tinindo. Infelizmente a performance vocal aqui não é nada impressionante. Rob estava em uma noite apenas regular. Longe da performance do Monsters e de muitas outras que são facilmente encontradas para a mesma turnê no youtube. Mas ainda assim capaz de chutar bundas de 80% dos vocalistas do mundo com metade dos 65 anos do Metal God.

Repertório

Ah, mas e o show? Bom, um dos trunfos do Priest em relação a outros baluartes do Metal é saber mudar seu repertório de turnê para turnê, sempre resgatando alguma pérola de seu extenso bestiário. Além das ótimas Reedeemer Of Souls e Halls Of Valhalla do último trabalho, temos aqui a reintrodução de Jawbreaker, Devil’s Child e Beyond The Realms Of Death. Ah, e além dessas faixas, as usuais Painkiller, Breaking The Law, Electric Eye, Turbo Lover e grande companhia podem ser encontradas nos pouco mais de hora e noventa de show.

Imagem, Edição e Som

Como é de costume nas filmagens oficiais do Wacken, tudo é correto e bem feito, mas sem muita margem para arroubos artísticos nas tomadas e cortes. Os tons de vermelho predominam e o Judas há muito usa as projeções de imagens a seu favor, numa produção e palco de primeira. O Som está absurdo, pesado e nítido, com o mago Tom Allom assumindo a mixagem como no passado. A única crítica aqui é em relação ao som do público, bem baixo em relação ao todo.

Extras

Temos três surpreendentes faixas gravadas num festival na Polônia, em dezembro de 2015. São elas, Screaming For Vengeance, The Rage e Desert Plains. A qualidade do material é excelente e deixa a gente com aquela vontade de que esse show pudesse constar integralmente do pacote.

Saldo Final

Mais um grande registro audiovisual de uma banda que é absolutamente incapaz de fazer um show ruim. Talvez um pouquinho aquém do excelente Epitaph, mas ainda assim uma grande pedida.

NOTA: 82

terça-feira, 5 de abril de 2016

Magnum – Sacred Blood Divine Lies (Cd-2016)

Magnum - Sacred Blood Divine Lies 
O Novo Feitiço dos Bruxos de Birmingham
Por Trevas

Prólogo - Um Estranho Feitiço

O Magnum é um grupo formado em 1972, em Birmingham, cidade que também já nos brindou com baluartes como Black Sabbath e Judas Priest. Mas seu som está bem distante do de seus conterrâneos. Tal qual acontece com os estadunidenses do Blue Öyster Cult, o Magnum tem um som para lá de difícil de explicar. Aura mística, canções baseadas num vocalista que prima muito mais pelas belas melodias e timbres do que pelos gritos e agressividade (o clone do Ovelha, Bob Catley) e uma impressionante capacidade de misturar Hard, heavy, AOR e Progressivo sem soar forçado – essa é a melhor definição do som do Magnum.


Ok, nem sempre essa mistura foi tão equilibrada. Em seu início, a banda pendia muito mais para o progressivo. Na década de 1980, um inesperado sucesso comercial fez com que o som descambasse para o AOR explícito (ver clipe para Vigilante).


E após um hiato que durou seis anos, ao final dos anos 1990, o Magnum retornou em 2002 com o excelente Breath Of Life, que marcou o início da fase de equilíbrio do som dos britânicos. O retorno atraiu surpreendentemente uma nova leva de fãs, que conheceram a voz magnética de Bob Catley através do projeto Avantasia. De lá para cá, sete discos foram lançados, alternando entre bons discos e outros que rivalizam em qualidade com os clássicos da época áurea. Novamente adornado com bela arte gráfica de Rodney Matthews (responsável por capas seminais de Praying Mantis e Asia, entre muitos outros), Sacred Blood Divine Lies chega com a missão de provar que os velhinhos ainda estão longe da aposentadoria em termos de criatividade.

Rumo ao Sagrado

A faixa título é o típico épico à lá Magnum: clima místico, instrumental relativamente simples e a bela e hipnótica voz de Bob Catley aos poucos ganhando nossos ouvidos como as palavras sagradas de um sábio e velho bruxo.

Crazy Old Mothers é um péssimo título para uma música mid tempo para lá de boa. Mas Gypsy Queen é ainda melhor, uma power ballad carregada de um clima misterioso. Princess In Rags traz aquela aura de AOR anos 1980 em seu início, caindo também na onda mística nos versos, outro exemplo da maestria de Tony Clarkin como compositor. Infelizmente o refrão perde um pouco da magia. Mas só um pouco.


Your Dreams Won’t Die é a obrigatória balada com toneladas de Beatles. Talvez funcione para os Beatlemaníacos, mas é uma fórmula que se repete nos últimos lançamentos e que sempre falha em me conquistar. Que bom que Afraid Of the Night sobe de volta os degraus rumo a excelência do material, baseando muito de seu sucesso no poder de interpretação de Bob Catley e nas orquestrações do sempre funcional tecladista Mark Stainway.

A Forgotten Conversation trilha com impressionante tranquilidade aquele caminho pedregoso entre o AOR, o neoprogressivo e o hard Rock. Um caminho mais perigoso que a estrada para Mordor, onde só o Magnum ousa se aventurar com sucesso. Excelente.

Magnum 2016, Ovelha...erh, Bob Catley, ao centro
Tivesse o riff principal de Quiet Rhapsody toneladas de fuzz e estaríamos diante de uma ideia de música do Saint Vitus.  A música parece enjoativa, mas tem uma reviravolta para lá de interessante em sua metade final e acaba por se tornar mais um bom momento do disco.

O início de Twelve Men Wise And Just parece indicar mais uma música na seara dos rapazes de Liverpool, mas depois se torna um pequeno épico com a cara dos grandes clássicos do Magnum. Don’t Cry Baby é uma power ballad algo sombria que mostra novamente o quanto Mr. Catley é um cara de voz privilegiada. Uma bela maneira de encerrar um belo álbum.



Saldo Final

Não é nenhum mistério que a segunda vinda do Magnum tem sido muito mais de acertos que erros. Mas mesmo dentro da para lá de qualificada discografia recente dos magos britânicos, esse Sacred Blood Divine Lies tende a se destacar. Um forte pretendente a entrar na listinha e melhores de 2016 aqui na Cripta. Obrigatório!

NOTA: 92

Para fãs de: Demon, Ten, Avantasia

Fuja se: não tiver paciência para músicas que se baseiam mais em boas melodias e climas que peso

Classifique como: AOR à lá Magnum