quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Sabaton – Teatro Rival (Rio de Janeiro – 17.09.14)



Pica Das Galáxias!!
Fotos e Texto por Trevas

Bastava adentrar o sempre simpático Teatro Rival para descobrir o tipo de acolhida que os suecos do Sabaton receberiam em sua primeira passagem por solo carioca: pouco após o horário de abertura da casa, nenhuma camisa ou Cd da banda sobrara na loja de merchandise. O clima de apreensão era palpável no saturado ar de uma calorenta noite de quarta-feira, quando pontualmente ás 20:30 as luzes se apagam sob o som mecânico de Final Countdown, do Europe. Logo os Suecos correm para suas posições e tal qual um pelotão desses que ilustram suas letras, tomam de assalto o palco, com a empolgante Ghost Division executada a perfeição. Já na introdução da segunda música, To hell And Back, do novo disco, percebia-se que o público não estava para brincadeira, cada palavra sendo cantada em um coro potente e empolgado que arrancava sorrisos incontidos da banda.

Recepção calorosa
A proficiência do Sabaton na execução de seus instrumentos poderia indicar uma postura comportada no palco, certo? Nada disso, a banda se movimenta e brinca bastante, em especial o vocalista Joakim Brodén, com sua habitual performance atlética anabolizada por doses cavalares de simpatia e carisma. Logo após a apoteótica Carolus Rex, Brodén brinca sobre o perigo que eles correm ao tentar aprender algumas palavras em português, dizendo que alguém ensinara uma expressão em nossa língua nativa: “Pica dos galáxias”, disse o grandalhão num impagável sotaque carregado, para risos gerais. Após a galhofa, Brodén diz que é o momento de nos ensinar um pouco de Sueco, emendando então a versão para Gott Mit Uns em sua língua natal.

Brodén, um galhofeiro visivelmente feliz
Uprising e Attero Dominatus seguem para delírio geral e então Brodén pega o celular de um fã que vinha filmando o show, vira a câmera para fitar a plateia, filma o próprio pênis e finge atender a uma ligação, dizendo “estou na porra de um show”. Ainda em tom divertido, Brodén afirma que jamais haviam visto uma recepção tão calorosa por uma plateia de um lugar nunca antes visitado pela banda. Seu sorriso e gestos indicam que essa declaração está longe de ser mera demagogia. A resposta do lisonjeado público é efusiva e mesmo as novas Resist And Bite e Soldier Of 3 Armies são recebidas com incrível empolgação. No intervalo entre as músicas, mais galhofa, Brodén teve sua calça rasgada no meio de uma performance mais empolgada, diz se tratar de um ar condicionado peniano, e que a única maneira dele parar de falar do próprio pênis seria começar logo a tocar a próxima música. Swedish Pagans encerra a primeira parte do set, e os fãs não dão o menor sinal de cansaço.

Pär Sundström e Chris Rörland
Hannes Van Dahl
Cobras Fumantes...
Os gritos de “Sabaton, Sabaton” ainda ecoavam quando a banda recomeça o set com a estonteante Night Witches. Ao final da mesma, Brodén cita que a próxima música deveria ter sido tocada ao vivo pela primeira vez em solo brasileiro. A grande ovação indica que todos na casa já sabiam o que viria. E então Brodén anuncia em péssimo português: “A cobra Vai Fumaaaarrr”, e lá temos Smoking Snakes, música feita em homenagem à Força Expedicionária Brasileira (FEB), cantada em uníssono. Destaque para a felicidade da banda ao ouvir o público cantar o trecho em português da música. Impossível ficar impassível num momento desses. O momento de euforia é coroado com Primo Victoria, clássico mor dos suecos, seguido do tiro de misericórdia galhofeiro de Metal Crue, a divertida bobagem que homenageia diversas bandas dos anos 1980 em sua letra.

Brodén e seu exército carioca
Ao final do curto set (parcos 75 minutos) os imensos sorrisos de todos na casa, seja na plateia ou no palco, parecem concordar que aquela expressão aprendida pela banda se encaixaria bem para ilustrar o show: “PICA DAS GALAXIAS”

Que retornem logo!

2 comentários:

  1. Fotos iradas, e a banda é um estilo que curto, mando bem na resenha!!!!

    Love u :*

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Pequena!
      As fotos foram obra de um orangotango que contratei, o testo continua sendo escrito pelo chimpanzé ghost writer de sempre.
      Te amo
      Bjos
      T

      Excluir