Prólogo: a Cripta Offline
Sim, quem passa os olhos frequentemente ou bissextamente por
este Blog certamente reparou que nada é postado por essas bandas tem muito
tempo. Não é por falta de ideias e/ou material a ser resenhado. Apenas estou
sem computador e venho utilizando a internet com parcimônia, algo que deve
mudar no próximo mês. No mais, nesse período de ausência, pude assistir três
bandas em dois eventos que serão comentados a seguir.
Abraços
Trevas
LACUNA COIL + PAINSIDE – Circo Voador/RJ - 01.03.13
Sexta feira chuvosa na Lapa, longa fila, espera ainda mais
longa. A qualidade de som e luzes nos espetáculos de pequeno/médio porte no Rio
de Janeiro melhorou exponencialmente na última década, mas o mesmo infelizmente
não pode ser dito em relação ao respeito com os horários. Mais de uma hora após
o anunciado os portões finalmente são abertos. Hora de conferir a primeira
atração da noite, a promissora Painside.
PAINSIDE: Um Acidente com Desfecho Épico
Sevens, do Painside: uma prece ao Deus-Metal? |
Boas
músicas como Reject The Silence, Collapse The Lies e A Caustic Romance formaram
um impressionante cartão de visitas para quem nunca havia escutado a Painside
antes. Contando com uma cozinha bastante forte (cortesia de Eduardo Julião e
Thiago D), grandes guitarristas (o sempre ótimo Leandro Carvalho fazendo par
com Carlos Saione) e um vocalista com personalidade e muito carisma, na figura
de Guilherme Sevens (cujo timbre me recorda uma versão moderna do subestimado
Lizzy Borden), a banda vem trabalhando em novo material para seu segundo cd, e
mostrou nesse show que não fica a dever em qualidade em relação ao novo
material de estúdio que vem sendo apresentado em seus sites.
Dois dos guerreiros do Painside |
E a aceitação do
público, correta e respeitosa, cresceu absurdamente diante de um fato que
poderia ter acabado com o show. Já na reta final do set, Guilherme sai às
pressas do palco, sob olhares incrédulos tanto do público quanto da banda.
Pouco depois chega a notícia: a causa da retirada emergencial fora um ombro
deslocado. O restante da banda segura a batuta com muita simpatia e
simplesmente o mágico acontece: o público, mesmo após todo o atraso debaixo da
chuva não só foi compreensivo como também ajudou a banda – com uma garra
impressionante - a se reerguer, fazendo
do final desse curto show algo épico e único. Coisas dessas que só acontecem em
um show de Heavy Metal. Quanto ao futuro do Painside, esse promete. Como diria
o velho desenho animado: Stay Tuned!!!!
No Pain(side) no Gain! Sevens segura as pontas na raça! |
LACUNA COIL: Profissionalismo e Simpatia
Com um primor de iluminação e som beirando a perfeição, os
italianos do Lacuna Coil tomaram de assalto o Circo Voador, usando como armas
uma tríade de músicas de seus últimos dois álbuns (na minha opinião, os dois
melhores). Dark Adrenaline e Shallow Life, diga-se de passagem, foram os discos
que dominaram o longo set dessa noite.
Dupla Nada Sertaneja |
O show
do Lacuna Coil é um primor de profissionalismo, tudo é muito bem pensado, cada
movimento no palco devidamente estudado. Christina Scabbia, sonho de consumo de
9 entre 10 moleques que se vestem de preto, tem uma voz pequena, mas bonita e
cheia de personalidade. Andrea ferro, um dos caras mas feios do showbusiness,
não é um dos vocalistas mais talentosos do mundo, mas tem muito carisma e canta
com uma garra impressionante. O restante da banda, a saber, os guitarristas Marco
Biazzi e Cristiano Migliori e o baterista substituto Ryan Folden (o titular,
Cristiano Mozzati não pode participar dessa parte da turnê), assumem sem
nenhuma vergonha seus papéis de meros coadjuvantes. A ausência do baixista
Marco Zelati rendeu talvez a grande polêmica da noite. Em seu lugar a banda se
utilizou de bases pré-gravadas de baixo. O fato do Lacuna Coil utilizar
samplers contendo efeitos eletrônicos, linhas de baixo e até mesmo alguns
backing vocals chegou a render algumas acusações veladas de que o show inteiro
não passara de uma tétrica exibição de mero playback. Nem tanto amiguinhos, nem
tanto.
Christina solta o gogó |
Após
9 bem recebidas músicas a banda anuncia uma breve pausa e se retira do palco,
que é modificado para receber um segundo set, dessa vez acústico. Uma boa
ideia, o set acústico nos mostra a qualidade das canções dos italianos, valoriza
a boa (ops) voz de Christina e coloca o simpático Andrea em uma enrascada, já
que nesse set fica ainda mais clara a limitação técnica do vocalista. Shallow
Life encerra o quarto número desse segundo set, e então a banda novamente se retira.
Pegue seu banquinho...acústico gótico? |
O retorno
ao formato plugado levantou o já cansado público e novamente fomos agraciados
com os maiores sucessos da banda tocados com precisão cirúrgica. O grande final
ficou por conta de uma emocionante My Spirit, anunciada como uma homenagem
póstuma ao ídolo e amigo da banda, Peter Steele. A banda se despede com um
misto de felicidade e cansaço estampados nos rostos. Fica a promessa de um
retorno em breve, que tomando pela recepção do público, será um retorno muito
aguardado.
Christina e Andrea, a linha de frente italiana |
ANNEKE VAN
GIERSBERGEN – RIO ROCK & BLUES 17.03.13
Chuva torrencial em uma noite de domingo na Lapa. Nova demonstração
de desrespeito ao público carioca: os portões do simpático rio Rock &
Blues, previstos para serem abertos às 18:30h, permanecem fechados até as 20:00h.
A estreita calçada da Rua do Riachuelo somada à costumeira falta de educação
dos motoristas cariocas foi suficiente para deixar o pacato público que esperava
pacientemente do lado de fora da casa encharcado, a despeito do uso de guarda
chuvas. Público que pagou caro para assistir ao show. Triste.
Desrespeito de lado, a pequena, bela e extremamente simpática
Anneke sobe ao palco com sua banda armada de seu contagiante e onipresente
sorriso e da bela I Feel Alive, de seu mais recente trabalho.
Anneke: toda sorrisos |
Muitos sorrisos, declarações de amor vindas do público, 17
músicas (delas 4 do The Gathering, um cover do Eurythmics e outro do Devin
Townsend) e pouco mais de uma hora e quinze minutos depois, Anneke se despede,
deixando todos com aquele sentimento de que poderiam assistir ao show por horas
e horas à fio sem cansar.
Anneke feliz, fãs ainda mais felizes! |
Muito bom os textos pequeno, a banda Painside de abertura do Show superaram minhas expectativas, o instrumental da banda é muito boa, sem falar do jogo de cintura do vocal! O cara apesar do acidente mandou super bem.
ResponderExcluirOs Shows do lacuna Coil, da Anneke e da companhia da pessoa que amo absurdamente, não tenho palavras para traduzir de como foram momentos especiais pra mim!!!!
Te amo!
Olá, pequena
ExcluirPoe apostar que cada showzinho ao teu lado também é um evento pra lá de especial para mim!
bjos, te nhamo
T
Obrigadão!!!
ResponderExcluirPorra, Leandro
ExcluirA banda é boa pacas, mesmo, então nada de agradecimentos, hehe
abração
T