Retro Rock com Blues e ...Chucrute?
Com um nome absolutamente nada
original (tente buscar por Zodiac Band no google e acharás grupos de todos os
estilos, países, raças e crenças), o Zodiac
nasceu em 2010, de jams realizadas entre músicos amigos de diversas bandas
teutônicas.
Sem muito alarde gravou um EP homônimo em 2011,
que chamou a atenção de jornalistas de veículos como a Classic Rock Magazine e Rock
Hard. As críticas surpreendentemente positivas encorajaram os músicos a
seguir em frente e gravar um disco completo, dando origem a esse A Bit Of Devil.
Zodiac - EP de 2011 |
Stoner My Ass!
Carnival
começa com um baixo gorduroso (cortesia do bom Ruben Claro, que também cuida do órgão) ditando o ritmo e guitarras
dobradas que lembram os melhores exemplares da música de outrora. O vocal
roufenho de Nick Van Delft demora um
pouco a chamar a atenção, mas assim que dá o clique, contagia e casa
perfeitamente com o som. Mas a mágica da banda reside na outra função de Nick, seu timbre e pegada na guitarra
solo seriam suficientes para fazer a audição dessa bolachinha valer a pena, e
isso pode ser sentido em doses menores já no bonito solo de Carnival.
Zodiac |
E é
na terceira faixa que o disco decola para além da estratosfera. Nick e sua
trupe simplesmente conseguem algo raro no mundo do rock e executam uma versão
para Blue Jean Blues, do ZZ Top, que não só rivaliza com a
original, como a deixa a comer poeira. Nick
simplesmente destrói a guitarra e canta com tanta poeira na voz que você
pagaria uma dose de Bourbon para o cara se pudesse. Fica claro então que a
banda está muito mais para o retro rock recheado de Blues de bandas como o Rival Sons, Witchcraft, The Answer e
Graveyard que coisas como o
superfaturado The Sword, por
exemplo.
A maquinaria
de riffs contagiantes da dupla de guitarristas Nick Van Delft e Stephan
Gall continuada afiada em músicas bacanas como Horrorvision e Diamond Shoes,
mas mostra que sabe também visitar o Southern
Rock com maestria em belezuras como Assembly
Line (que me lembrou o ótimo Pride
& Glory) e na magistral, empoeirada e semiacústica Thunder, um dos destaques aqui (ver vídeo).
A cereja
do bolo ainda estava por vir: a fantasmagórica e soturna Coming Home (ver vídeo) é uma daquelas faixas que por si só
valeriam o investimento no disco. Saída diretamente de algum vinil mofado dos
anos 1970, além de muito bem construída (e de contar com um belo trabalho de
bateria de Janosch Rathmer), essa
faixa mostra um trabalho de guitarra impressionantemente forte, com um feeling
que evoca gente como Rory Gallagher
e Gary Moore de seus túmulos. Seria um
excelente encerramento, mas ainda somos apresentados à boa instrumental Dying Done, que não consta no
repertório oficial impresso à contracapa.
Saldo Final
A Bit Of devil é um ótimo cartão de visitas dessa promissora banda,
que se sai melhor nos momentos mais bluesy que nos mais diretos e roqueiros. Certamente
ficarei atento aos futuros lançamentos do Zodiac
e em qualquer coisa que contenha as guitarras de Nick Van Delft.
NOTA: 8,5
Banda (nacionalidade): Zodiac
(Ale)
Mídia: CD
Faixas: 9
Duração: 48’
Lançamento: Honest Hound Records
(importado)
Rotule Como: Blues Rock, Retro rock, Heavy
Rock, Stoner (vá lá...)
Indicado para: Fãs de rock
setentista e do retro rock atual
Cri... Cri...
ResponderExcluirCri... Cri...
Em meio a um cenário árido, com uma bola de feno rolando sob o som de um vento quente e cortante, ouve-se uma voz mecânica:
ResponderExcluirParabéns Mr. Krill, você é nosso visitante número: ÚNICO!
hehehehehehe
Abracetas
T