Para os malucos(as) que como eu tem prazer em destrinchar as histórias que permeiam a trilha sonora que escolhemos para nossas vidas. E quantas histórias interessantes se escondem em cada esquina desse vasto mundo do rock! Vocês encontrarão por aqui resenhas de shows, discos, livros, dvds (blu-rays) e notícias comentadas sobre o mundo do rock. Espero que vocês gostem e visitem sempre ou eventualmente. Eu, certamente, me divertirei muito escrevendo aqui.
sábado, 19 de setembro de 2020
Black Swan – Shake The World (CD-2020)
Lago
do Super Cisne Geriátrico
Por Trevas
Supergrupos, um
assunto que suscita uma das raras unanimidades dentro da imprensa musical: de
modo geral, eles raramente dizem ao que vieram e se vão tão rapidamente quanto
foram anunciados, sem deixar muitas saudades. E o que é pior, ao menos aos
olhos dos idealizadores: o sucesso comercial quase nunca paga a conta da soma
dos egos envolvidos. O selo italiano Frontiers,
discordando disso tudo, se especializou em juntar astros da cena MelodicRock, AOR, Hard Farofa de eras (e glórias) passadas
em combos que devem estar dando algum retorno, pois a fórmula se mantém ano após
ano. No geral, o resultado das empreitadas da Frontiers nesse nicho sempre soa pasteurizado e sem alma aos meus
ouvidos, então não me empolguei nem um pouco quando anunciada a junção de Robin Mcauley (MSG, GrandPrix, Survivor), JeffPilson (Dokken, Foreigner, Dio), RebBeach (Winger, Whitesnake, Dokken) e MattStarr (MrBig, AceFrehley).
Cisne geriátrico?
Mas quando esbarrei com o vídeo (e primeiro single), justamente para a
faixa título, meu queixo ímpio foi ao chão e lá ficou. Shake The World é facilmente uma das faixas mais legais de Hard/Heavy deste 2020. Bom, geralmente esses catadões tem sempre uma
música de destaque, mantive meu cinismo, que felizmente durou somente até
perceber que as quatro primeiras faixas são todas igualmente excelentes!
Não, o quarteto definitivamente não reinventa a pólvora aqui, e o que
temos é um Hard/Heavy que poderia
muito bem ter sido assinado pelo Scorpions
da era Crazy World/Face The Heat. O
irlandês RobinMcauley ficou razoavelmente fora dos holofotes, mas sua ótima voz,
essa não envelheceu um dia sequer desde os tempos do MSG! A cozinha Pilson/Starr soa infalível para esse tipo de
som. E a despeito da minha pinimba épica com o Winger, sei bem que Reb
é um monstro da guitarra. E aqui ele faz o serviço com maestria, em uma
sonoridade que remete justamente à era de ouro dos Shredders. A produção de Pilson
é coisa de craque, repleta de punch
e com modernidade na medida certa. E talvez o pulo de gato desse projeto em
relação a outros semelhantes da gravadora resida no fato de que todas as
composições foram escritas pelo quarteto, e não pelos pistoleiros de aluguel
tradicionais da Frontiers.
Não que isso faça que o disco seja perfeito, o meio da bolacha tem uns
momentos mais caidinhos, como a balada xarope Make It There e a mediana The
Rock That Rolled Away. Mas a reta final retoma a força de seu início, em
especial com as excelentes. Shake The
Wold é prova cabal de que supergrupos podem sim funcionar, um disco que
resgata aquela arte fronteiriça de Hard/Heavy,
que possivelmente agradará tanto os afeitos à farofagem explícita quanto aos
fãs de metal tradicional, com uma roupagem digna dos tempos atuais. Um dos
discos mais divertidos do ano. (NOTA: 9,21)
Contextualizando... Supergrupo de "astros" da segunda divisão, convenhamos. Dito isso, torna-se mais compreensível que nos surpreendam, já que não esperamos um nível guitarrístico e/ou composicional à la Iommi ou dos irmãos Young - pra ficar entre poucos exemplos. Hard & Heavy "honesto", sem firulas ou frescuras, bem direto e limpo (no bom sentido) - ao menos nas músicas que escutei aqui, nos dois clipes que você postou. Agora é conferir o resto do material - e se você deu mais de 9, acho que realmente vale a pena conferir. Vamos nessa... Abração, mizifio!!! ML
Fala, camarada Sim, da segunda divisão, fato hehehhehehe Sempre lembrando que as notas são o de menos. Um disco muito bom, dentro da proposta. Abraço T
Contextualizando... Supergrupo de "astros" da segunda divisão, convenhamos. Dito isso, torna-se mais compreensível que nos surpreendam, já que não esperamos um nível guitarrístico e/ou composicional à la Iommi ou dos irmãos Young - pra ficar entre poucos exemplos.
ResponderExcluirHard & Heavy "honesto", sem firulas ou frescuras, bem direto e limpo (no bom sentido) - ao menos nas músicas que escutei aqui, nos dois clipes que você postou.
Agora é conferir o resto do material - e se você deu mais de 9, acho que realmente vale a pena conferir. Vamos nessa...
Abração, mizifio!!!
ML
Fala, camarada
ExcluirSim, da segunda divisão, fato hehehhehehe
Sempre lembrando que as notas são o de menos. Um disco muito bom, dentro da proposta.
Abraço
T