Uma
Jornada Nada Inglória
Por Trevas
O terceiro disco do
combo britânico de Hard/Classic Rock começa com uma pegada mais leve em
espírito e sonoridade do que o trabalho anterior. Where Are You Know cheira a Whitesnake
dos bons. Freak Show é um pouco mais moderna, e menos impressionante.
Never Alone tem muito do Bad Company e nela percebe-se claramente a
beleza do trabalho de produção da banda (com mixagem de Kevin Shirley): baixo,
bateria, guitarra e voz, tudo com muito espaço e ótimos timbres. Obviamente o
astro da companhia é Nathan James, o grandalhão advindo do The Voice britânico que certamente desponta como um dos grandes
talentos do rock atual. Que o diga sua performance na ótima Tomorrow. Mas ele
está muito bem acompanhado.
Nathan e seus novos garotos |
E a diferença no tom das composições em muito se deve justamente a essa
nova companhia. Sim, dos discos anteriores, somente sobraram Nathan e o baterista Phil Beaver. Andrew Lowe e Andreas Eriksson assumem
as guitarras em uma dupla que se sai imensamente bem nessa sonoridade que fica
entre o Blues Rock e um AOR. Mas o que
impressiona mesmo é como soa perfeito esse Collin
Parkinson em linhas de baixo criativas
e pulsantes. Collin ainda co-assina
boa parte do material, ao lado do patrão e de Eriksson. Queen segue a
toada alto astral da primeira metade do disco, com algo que poderia bem estar
na fase From Now On/Feel do Glenn Hughes.
O clima leve que segue pela boa Liar
e pela razoável Time to Go
repentinamente muda a partir de I Don’t
Know You, e a bolachinha, até então bonitinha e agradável, sobe alguns
degraus na escala de qualidade. A melancolia casa bem com a voz de Nathan nessa belíssima faixa, que
remete e muito aos melhores momentos de tio Paul Rodgers. E se isso
não é um baita elogio, não sei o que o é...
While She Sleeps é outro petardo
desse bem-vindo lado mais sombrio da banda. A épica faixa título é digna de não
sair mais do repertório dos caras, e a balada Glory Days encerra com
louvor os 43 bem aproveitados minutos de Ride
To Nowhere.
Veredito
da Cripta
O terceiro disco de Nathan e sua trupe é também o trabalho mais
variado do Inglorious até o momento.
Transitando com maestria entre o Hard
e o Classic Rock com musicalidade aprimorada por uma nova formação azeitada,
temos nesse Ride To Nowhere um dos
grandes discos desse 2019.
NOTA: 8,99
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Gravadora: Frontiers Records (importado)
Prós: ótimas músicas, performances e
timbres
Contras: o início do disco é alegre demais
para meu coração enegrecido gwhahhaha
Classifique como: Hard Rock, Classic Rock
Para Fãs de: Bad Company, Badlands, Whitesnake
Excelente blog. Parabéns. Estou acompanhando direto.
ResponderExcluirVocê aceita dicas para ouvir e resenhar? Caso a resposta seja sim, conheci uma banda nova, que estou achando excelente. HAUNT, dos EUA. Fazia tempo que não ouvia heavy metal tradicional tão puro e oxigenado. Acabaram de lançar o segundo play. Altamente recomendado.
Abraços! \,,/
MK
Obrigado pelas palavras e pela indicação MK
ExcluirEscrevo o blog no meu tempo livre, e geralmente me concentro nos itens que compro para minha coleção.
Confesso ter um pouco de dificuldade de resenhar coisas escutadas na Internet, até uso o Spotify, mas mais para conhecer mesmo hehehe. Então fica difícil prometer resenhas, mas certamente buscarei conhecer o Haunt!
Saudações
T