segunda-feira, 1 de abril de 2019

Inglorious – Ride To Nowhere (CD-2019)



Uma Jornada Nada Inglória
Por Trevas

O terceiro disco do combo britânico de Hard/Classic Rock começa com uma pegada mais leve em espírito e sonoridade do que o trabalho anterior. Where Are You Know cheira a Whitesnake dos bons. Freak Show é um pouco mais moderna, e menos impressionante.



Never Alone tem muito do Bad Company e nela percebe-se claramente a beleza do trabalho de produção da banda (com mixagem de Kevin Shirley): baixo, bateria, guitarra e voz, tudo com muito espaço e ótimos timbres. Obviamente o astro da companhia é Nathan James, o grandalhão advindo do The Voice britânico que certamente desponta como um dos grandes talentos do rock atual. Que o diga sua performance na ótima Tomorrow. Mas ele está muito bem acompanhado.


Nathan e seus novos garotos
E a diferença no tom das composições em muito se deve justamente a essa nova companhia. Sim, dos discos anteriores, somente sobraram Nathan e o baterista Phil Beaver. Andrew Lowe e Andreas Eriksson assumem as guitarras em uma dupla que se sai imensamente bem nessa sonoridade que fica entre o Blues Rock e um AOR. Mas o que impressiona mesmo é como soa perfeito esse Collin Parkinson em linhas de baixo criativas e pulsantes. Collin ainda co-assina boa parte do material, ao lado do patrão e de Eriksson. Queen segue a toada alto astral da primeira metade do disco, com algo que poderia bem estar na fase From Now On/Feel do Glenn Hughes.



O clima leve que segue pela boa Liar e pela razoável Time to Go repentinamente muda a partir de I Don’t Know You, e a bolachinha, até então bonitinha e agradável, sobe alguns degraus na escala de qualidade. A melancolia casa bem com a voz de Nathan nessa belíssima faixa, que remete e muito aos melhores momentos de tio Paul Rodgers. E se isso não é um baita elogio, não sei o que o é...




While She Sleeps é outro petardo desse bem-vindo lado mais sombrio da banda. A épica faixa título é digna de não sair mais do repertório dos caras, e a balada Glory Days encerra com louvor os 43 bem aproveitados minutos de Ride To Nowhere.



Veredito da Cripta

O terceiro disco de Nathan e sua trupe é também o trabalho mais variado do Inglorious até o momento. Transitando com maestria entre o Hard e o Classic Rock com musicalidade aprimorada por uma nova formação azeitada, temos nesse Ride To Nowhere um dos grandes discos desse 2019.


NOTA: 8,99

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Gravadora: Frontiers Records (importado)
Prós: ótimas músicas, performances e timbres
Contras: o início do disco é alegre demais para meu coração enegrecido gwhahhaha
Classifique como: Hard Rock, Classic Rock
Para Fãs de: Bad Company, Badlands, Whitesnake



2 comentários:

  1. Excelente blog. Parabéns. Estou acompanhando direto.
    Você aceita dicas para ouvir e resenhar? Caso a resposta seja sim, conheci uma banda nova, que estou achando excelente. HAUNT, dos EUA. Fazia tempo que não ouvia heavy metal tradicional tão puro e oxigenado. Acabaram de lançar o segundo play. Altamente recomendado.
    Abraços! \,,/
    MK

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    Respostas
    1. Obrigado pelas palavras e pela indicação MK
      Escrevo o blog no meu tempo livre, e geralmente me concentro nos itens que compro para minha coleção.
      Confesso ter um pouco de dificuldade de resenhar coisas escutadas na Internet, até uso o Spotify, mas mais para conhecer mesmo hehehe. Então fica difícil prometer resenhas, mas certamente buscarei conhecer o Haunt!
      Saudações
      T

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